Após oito anos integrando bandas como Moons e Transmissor, a compositora mineira retoma sua carreira solo, lançando já o segundo single do novo disco

Se na Moons e na Transmissor o indie folk é o som mais presente, a carreira solo de Jennifer Souza vai por um caminho igualmente melodioso, mas com texturas mais densas, que passam desde a MPB ao pop barroco. Em seu primeiro disco solo, Impossível Breve (2013), as camadas percussivas também tinham uma complexidade particular junto à voz perene. Agora em 2021, a sofisticação e intensidade da artista se encontra com uma certa espontaneidade, a começar pela faixa-título de seu novo disco, Pacífica Pedra Branca, a ser lançado em 14 de outubro através da Balaclava Records e Disk Union

Num impulso criativo, Jennifer compôs “Pacífica Pedra Branca” nos ares, quando ainda estava em turnê com a banda Moons, em 2019. Àquela altura, ela vinha pensando várias ideias para esse seu segundo álbum solo, chegando a ter em mente até um nome para o trabalho, que foi então renomeado com o título da música. A aparente abstração do título ganha corpo e texturas com a ambientação intimista porém arrojada da música.

Jennifer Souza por Luiza Ananias

 

 

Se no vocal Jennifer lembra célebres cantoras do indie pop nacional como Céu e Tiê, o som encorpado remete a trabalhos pianísticos recentes, como God’s Favorite Customer(2018) do Father John Misty, e Have We Met (2020) do Destroyer. Assim, a música conta com uma base sólida entre o piano, baixo e violão, com arranjos pontuais de metais. Entre versos e refrões, a letra passeia num clima de devaneio, como se a visão da pacífica pedra branca abrisse sentimentos e sensações. Em versos como:  “Que águas vão nos levar pra perto do nosso amor? O olhos acesos, os peitos abertos”, a música mostra seu lado mais pessoal, através de figuras de linguagem delicadamente sensitivas.

Acompanhando Jennifer, que além da voz assume o violão de aço, a guitarra e a percussão, os músicos presentes em Pacífica Pedra Branca são os mesmos com quem ela trabalhou 8 anos atrás em seu primeiro disco, sendo eles: Marcus Abjaud (piano), Frederico Heliodoro (baixo), Felipe Continentino (bateria). Além da adição de Fred Selva nos sintetizadores. Responsável pela linha guitarra cheia de fuzz de “Pacífica Pedra Branca”, Leonardo Marques também assina a produção do disco como um todo. 

Capa de Pacífica Pedra Branca | Foto da capa: Luiza Ananias; Design: Yannick Falisse

O segundo álbum de Jennifer Souza, Pacífica Pedra Branca está com lançamento previsto para 14 de outubro desse ano.

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Autor

  • Luan Gomes

    Viciado em descobrir sons novos e antigos, mas sem abrir mão de uns hits batidos tipo "The Real Slim Shady" do Eminem. Perde um dia de vida toda vez que vê a pergunta "o rock morreu?"

Escrito por

Luan Gomes

Viciado em descobrir sons novos e antigos, mas sem abrir mão de uns hits batidos tipo "The Real Slim Shady" do Eminem. Perde um dia de vida toda vez que vê a pergunta "o rock morreu?"