Procurando novos artistas? Confira essa lista de lançamentos de Clara Bicho, Awich, andre ribeiro, FERALKAT e mais, da nossa caixa de e-mail pra sua playlist.

Se você está querendo descobrir novos artistas ou lançamentos que talvez ainda não tenha visto, damos as boas vindas ao melhores do e-mail. Essa é uma coluna sem periodicidade, mas que sempre retorna quando é tempo. Esse é o melhor do garimpo do nosso e-mail e você também pode mandar seu som no blogminutoindie@gmail.com. Confira dicas pros fãs de dream pop, rap, synthpop e mais na lista de hoje.

“o que será de nós” de andre ribeiro

Dar play no disco do andre ribeiro foi uma surpresa. Quem vê a capa pensa logo num som meio James Blake, um sofrimento torto, mas não é o que ganha. O som do andre é pop e eletrônico como as primeiras do Troye Sivan, mas menos ingênuo. Tem faixa pra dançar chorando ou chorar dançando, como  “noite” e “mente pra mim”, mas também tem aqueles que abraçam o silêncio e a contemplação como “me deixe ir”. Fica mais fácil entender o clima de isolamento que paira o disco quando se sabe que ele foi finalizado ainda em 2021, apesar do lançamento agora em 2023. Quando li “oqsdn” lembrei logo do hino da nossa geração do rock triste, “vcnvqnd” da gorduratrans, mas a música do andre logo te faz esquecer. É triste, mas esperançosa, calma, bonita. É um constante resgate de referências e quebra de expectativas. É envolvente e novo. Boa dica pros fãs de Jão ou Bon Iver, nesse meio termo ali, por incrível que pareça.

“Corpo no Mundo // Corpo que Habito” de FERALKAT

Pros fãs dos sons mais viajados, chegou o álbum de estreia da carreira solo da Natasha Durski – uma cantora, compositora, produtora musical, multi-instrumentista e artista visual de Curitiba. Esse é um álbum-conceito e que brilha justamente nos momentos em que mergulha nas reflexões mais densas sobre a existência humana em sociedade. É o caso da ótima Lynchiana que, como o nome diz, bebe nas trilhas dos filmes do David Lynch para abordar o duro tema da morte. Daqueles sons que você se perde dentro. FERALKAT passeia pelo dream pop e o shoegaze, com muito synth envolvido. Uma boa pra quem curte Beach House e afins. 

“The Union” da Awich

Se você curte rap e não conhece a Awich, recomendo parar uns minutos para sacar esse som. A rapper japonesa é uma das principais da cena do hip hop asiático no momento e não é estreante – esse é o quinto álbum da artista. Mas, apesar de ser estourada por lá, aqui ela ainda não recebeu os holofotes que merece. Além do som, vale ver os clipes da Awich, como do hit RASEN in OKINAWA com participação dos artistas também japoneses Tsubaki, OZworld e CHICO CARLITO.  Essa dica é pouco indie, é mais pra quem curte Travis Scott ou Megan Thee Stallion. Rap mainstream do bom. 

“Tarde” de Clara Bicho

Saindo de álbuns, vamos falar desse excelente single de estreia de Clara Bicho. É um synthpop leve, divertido, chiclete, tudo que se pode querer de um som pra te acompanhar nos dias mais quentes (que não tem faltado). No maior estilo Billie Eilish e Finneas, Clara se juntou ao seu irmão Gabriel Campos para produzir a faixa e gravar boa parte dos instrumentos em casa. Clara também é artista visual e poeta, inclusive assina a arte da capa deste single, que captura bem demais o som. Tem cara de artista que daqui dois anos a gente vai tá vendo tocar nos festivais pelo país. Pros fãs de Clairo e Ana Frango Elétrico, vale ouvir.

“TxPx.Mixtape.012 #1: Third World Democracy” de Twin Pumpkin

Alô, rockeiros e fritos, Twin Pumpkin acaba de voltar com uma nova mixtape com 3 singles… pesados. Esse é o projeto do Izzy Castro que, além da banda-de-um-homem-só Twin Pumpkin, também já trabalhou com uma galera como a Day Lims e a banda Far From Alaska. E tem até um remix com a Fresno. O som da Twin Pumpkin tá na interseção do rock e da eletrônica tal qual os Bring Me The Horizon ou os novos trabalhos do LVCAS, mas tem ali uma originalidade que talvez seja proveniente do DDD 12, de Taubaté. Faixas como a “Let’s Put The Fun in Funeral” evocam o My Chemical Romance da piscadinha de olho do Danger Days, mas com uma guitarra como os stone rock da vida, por exemplo. É um som tão completinho que fica difícil acreditar que é ele que faz tudo sozinho dentro do quarto.

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Escrito por

Maria Luísa Rodrigues

mestranda em comunicação, midióloga de formação e jornalista de profissão. no Minuto Indie desde 2015 e em outros lugares nesse meio tempo.