Alguns sons recentes que você deveria estar ouvindo 

Nada como uma caixa de e-mail zerada e artistas novos na playlist, mas é ainda melhor quando os dois acontecem com uma tarefa só. Assim surge o “melhores do e-mail”, um post-do-instagram-que-virou-coluna-no-blog para compartilhar as músicas que chegam para a nossa equipe pelo blogminutoindie@gmail.com. Todas essas indicações também estarão compiladas em uma playlist no Spotify que será atualizada sempre que fizermos uma nova coluna. Segue a nossa lista de indicações da vez. 

Gabron e seu imersivo álbum “Fim de Tarde”

Com influências que passeiam entre Jorge Ben e Pink Floyd, o paulistano Gabron já poderia ganhar um prêmio por dar um nome tão adequado ao seu novo disco: Fim de Tarde. Disco bom pra sentir a brisa deitado em uma rede, ou pelo menos fechar os olhos e imaginar que está assim. É um trabalho que gira em torno da passagem do tempo – das horas, dos dias, dos anos. Para quem gosta de nomes como Cícero, Terno Rei e Clairo, esse disco vai cair bem. 

Ambivalente e seu single triste-mas-dreamy, “Verde”

Existem alguns sons que te fazem nostálgicos mesmo sendo novos, daquelas músicas que você clica para escutar mas acaba ouvindo cinco vezes seguidas e no final já sabe até cantar o refrão. É o caso do novo single “Verde” do Ambivalente, projeto de Rodolfo Ribeiro. Os vocais e a letra são dignos do melhor do emo brasileiro do final dos 2000, mas curiosamente se encaixa em 2021 com suas pitadas de MPB e elementos mais eletrônicos. Nostalgia recente para quem é da geração limbo entre Millenials e Z e quer sofrer um pouquinho. 

 

Giovanna Moraes e Gustavo Bertoni com seu viciante single “Como Queria Te Deixar Entrar”

Sabe quando você escuta uma música aí chega uma parte boa e sua única reação é soltar um “ui”? Pois bem, ui para este baixo, mas ui para outras partes também. Gustavo Bertoni sempre faz o português soar único e dessa vez a habilidade é acompanhada pela Giovanna, com um passeio breve para o inglês de forma tão natural que de primeira você pode nem perceber. A dança entre as vozes também são traduzidos para a melodia e instrumental, com aquele swing bom para balançar a cabeça e estalar os dedos acompanhando. 

 

Jun Alcan e seu single-solidão “Melhor Sozinho?” 

Se é ou não melhor ficar sozinho a gente não sabe, mas é surreal como essa faixa fica com você por um bom tempo depois de ouvir. Desafio ouvir e não ficar com o “aaaaaa” grudado na cabeça ou se pegar cantarolando por aí. Instigante? Algo nessa linha aí. O R&B alternativo desta faixa é uma parceria com o produtor Gui Nakata, da Nomade Orquestra, e é só o terceiro single do Jun Alcan. Curiosos para ver o que mais vem por aí.

 

Capim-Limão e seu ensolarado single “Olhar Maderia”

Se estivéssemos em época de MI de Verão (saudades), essa música provavelmente estaria em uma das nossas listas. Capim-Limão é uma banda recém nascida, formada já em um 2020 pandêmico em Curitiba, mas já chamou uma certa atenção nas playlists de indie por aí. Fãs de indie pop como Jovem Dionísio e os bedroom pop 2016 como Boy Pablo (com menos guitarrinha) podem cair nessa música e em outras da banda sem medo. 

 

CharlieEchoLimaTango e seu jazzado single “Cookies”

Música instrumental de vez em quando faz bem para a alma. Esse single antecede o lançamento do próximo EP do quarteto, com um jazz fusion groovadinho mas direto ao ponto. Para quem quer se aventurar nos sons instrumentais sem cair nos grandes devaneios e improvisos, talvez esta seja uma boa porta de entrada. Mas se você já curte artistas como Badbadnotgood e Toro y Moi, talvez seja legal ver que também tem gente fazendo som assim por aqui.

 

*O melhores do e-mail será atualizado mensalmente. Quer que seu som apareça aqui no melhores do e-mail? Mande-o pra gente através do endereço blogminutoindie@gmail.com

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Autor

Escrito por

Maria Luísa Rodrigues

mestranda em comunicação, midióloga de formação e jornalista de profissão. no Minuto Indie desde 2015 e em outros lugares nesse meio tempo.