Com MUITA roda punk e crowd surfing, a banda de Hardcore lotou a Sacadura 154 em plena segunda-feira.

 

É estranho pensar que em pleno primeiro dia útil de uma semana sem feriado vá acontecer um show com a casa lotada, mas foi o que rolou com a banda norte-americana Turnstile no dia 15 de Abril aqui no centro do Rio de Janeiro. Antes mesmo da banda entrar no palco, o público já se mostrava agitado e ansioso com a vinda do grupo. Já era possível ver algumas movimentações de mosh-pit e crowd surfing tímidas comparadas com as que aconteceram no show e até uns passinhos de dança com as músicas que tocavam durante a montagem do palco para a banda, principalmente com “I Wanna Dance with Somebody”, da Whitney Houston, que tem sido frequentemente usada pela banda para abrir os shows de sua turnê.

Foto: João Pedro Cabral / Minuto Indie

Com um leve atraso por conta do público que ainda não tinha entrado por completo na casa de show, a banda, que conta com Brendan Yates (vocal e percussão), Daniel Fang (bateria), Franz Lyons (baixo) e Pat McCrory (guitarra principal) e Meg Mills (guitarra rítmica), sobe ao palco e o caos é plantado. Ao escutar a introdução e os primeiros riffs de guitarra da música “MYSTERY“, escolhida pela banda para abrir a turnê e o álbum “GLOW ON“, a casa se transformou numa gigantesca panela de pressão. Quando estamos no pitch de fotografia, é comum ver alguns objetos sendo atirados em direção ao palco para os integrantes notarem o público, mas essa foi a primeira vez que eu vi literalmente pessoas sendo lançadas em direção ao palco com o crowd surfing. Por precaução com os nossos equipamentos, a produção do show convidou os fotógrafos e jornalistas a ficarem nos mezaninos da Sacadura, pois nesse show estava fechado para o público (escolhi acreditar que estava fechado para as pessoas não se jogarem lá de cima na emoção das músicas).

O show foi bem constante, com a maioria das músicas sendo do último álbum “GLOW ON” e algumas outras dos discos anteriores. O público fez um verdadeiro show à parte, não descansando ou parando em nenhuma música, exceto nas mais calmas como “UNDERWATER BOI” e “ALIEN LOVE CALL”. A banda pareceu ter se divertindo bastante durante a apresentação, com todos correndo e ocupando todos os espaços possiveis do palco. Como carioca e flamenguista, não irei esquecer de mencionar que o Franz estava com uma camisa do Flamengo, o que ocasionou em pequenos coros de “Meeengo, Meeengo” do público (e algumas vaias dos rivais também…).

Foto: João Pedro Cabral / Minuto Indie

Turnstile é a prova viva que o gênero do rock e hardcore ainda pode ser (e muito) fluente no meio musical. É um show que é impossível te deixar parado ou entediado, por ser muita informação ao mesmo tempo e que, por ter sido numa segunda-feira, deu uma mega agitada para passar o resto da semana!

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Autor

Escrito por

João Pedro Cabral

Fotógrafo e estudante de Produção Cultural que só queria ser um dos strokes e coleciona uns discos que encontra por ai.