Uma seleção com o que rolou de mais diverso e bacana na música gringa em 2023

Mais um ano se encerra, e mais uma lista com melhores álbuns internacionais é feita. Mesmo 2023 não tendo tantos discos gigantescos em questão hype, ainda assim é um ano que se encerra com algumas boas impressões: o rock volta novamente a parecer algo fresco e descolado, o rap parece buscar por  novas reinvenções, novos artistas vindos de fora do eixo América / Europa ganham cada vez mais terreno e espaço, bandas clássicas lançaram alguns dos seus melhores trabalhos em anos (talvez até em décadas) e alguns do trabalhos  mais significativos e interessantes, tem sido feito por mulheres e por membros da comunidade LGBTQIA+. A música respira e o público agradece. Sem mais delongas, nossos melhores 21 álbuns gringos de 2023:

100 Gecs
10.000 Gecs

“10.000 Gecs” é uma verdadeira montanha-russa sônica de caos digital. A devoção de Laura Les e Dylan Brady ao que era  feito nos anos 2000,  como  emo, pop punk, nu metal e o pop do período, mas a soma da estética quebrada e maluca do hyperpop / pc music, eleva à enésima potência a piração que já tínhamos ao ter ouvido o seu primeiro álbum – e o subsequente excelente disco remix. A todo momento somos desafiados a presenciar o colapso do que seriam as  normas  padrão  musicais,  e  a  linha  entre  bater cabeça cantando hinos nonsense ou achar que está tendo uma crise existencial, é extremamente tênue – e é exatamente aí que mora o brilhantismo da coisa toda.

ANOHNI and the Johnsons
My Back Was a Bridge for You to Cross

A nova colaboração de ANOHNI com os Johnsons – a primeira desde 2010 -, é um triunfo da união de sons e mensagens. “My Back Was a Bridge for You to Cross” mergulha nas raízes do soul clássico, ecoando Marvin Gaye e seu icônico  “What’s Going On” de 1971, criando um álbum que transcende gêneros. Com produção de Jimmy Hogarth (antigo colaborador de Amy Winehouse), as faixas são uma rica fusão de ritmos agridoces e nuances operísticas que tornam as  letras intensas que exploram temas como direitos civis, perda e ecocídio numa narrativa visceral e transcendente. Quase 20 anos após sua estreia, ANOHNI continua a revelar uma artista comprometida em enfrentar injustiças sociais e a brutalidade da transfobia, se consolidando como uma voz única e necessária na música contemporânea.

Arlo Parks
My Soft Machine

Se tem alguém que sabe passar uma vibe e ao mesmo tempo, criar um tipo de som que parece trancar momentaneamente todos os seus problemas para fora de sua mente, essa pessoa é Arlo Parks. E “My Soft Machine” com seus de  elementos  do  pop,  R&B  e  indie,  não  só  reafirma isso, como parece ter descoberto a fórmula certa para um disco simplesmente redondinho, sem gorduras, que te deixa ser embalado por um flow gostoso, harmonioso e relax, que quando termina a última faixa, a vontade é de voltar pro começo e ficar nesse loop sem fim. Com sua habilidade única de criar narrativas humanas que exploraram temas de autenticidade, auto aceitação e relacionamentos, usando de uma linguagem sensível, poética e íntima, Arlo conecta-se aos ouvintes como se cada um fosse um amigo de longa data dela, o que torna a experiência com esse álbum tão singela. Um disco pra aquecer seu coração nos dias mais frios – e te fazer ainda mais feliz, nos quentes.

boygenius
the  record

Eis um disco que podemos usar com tranquilidade a expressão, “nasce um clássico instantâneo”. Desde que tivemos um pequeno aperitivo do que poderia surgir da união entre Phoebe Bridgers, Julien Baker e Lucy Dacus com o EP autointitulado de 2018, além de ter visto as três se aperfeiçoando em seus estilos e alcançando popularidade ao longos dos últimos anos, era iminente o desejo do público por um novo trabalho do boygenius. Mesmo se identificando como “colaboração especial” e não como supergrupo (que de certa forma elas são), o que as três conseguem aqui é a ressignificação desse tipo de projeto, pois o que está em pauta, não é a multiplicação de sucesso e popularidade via a junção de seus nomes, mas sim a mais sincera expressão de camaradagem e amizade que poderia ser abordado através da música. A química é absurda, cada uma tem seu instante de brilho e usa o seu melhor para explorar as diversas formas de amor e relacionamento através de indie, folk, rock, grunge    e pop. Daqueles discos perfeitos que marcam uma geração.

Caroline Polachek
Desire, I Want to Turn Into You

Se tem alguém que está na vanguarda do pop atualmente, seu nome é Caroline Polachek e ‘Desire, I Want To Turn Into You’ é daqueles discos que vamos estar falando no final da década, como trabalhos que definiram um período e iriam a influenciar tudo que viria a seguir. Criado com o conceito de abordar  os  mais  diversos  aspectos  do desejo, a  ilha  sensorial  de  Polacheck  trás  guitarra espanhola, trip-hop, gaita de foles, UK garage, pop italiano dos anos 1960, coral infantil, Grimes e Dido numa mesma música… Este é um terreno fértil para a idealização de músicas que pareces abundantes, desgovernadas, repletas de imagens expressionistas e que tem um apetite voraz em moldar sons díspares em algo que é distintamente único. É basicamente o presente (e o futuro) da música pop sendo reescrito na nossa frente.

Code Orange
The Above

Depois de alguns álbuns se estabelecendo como uma força da natureza no metal moderno, o Code Orange resolve ir contra a maré e apostar em um som mais retrô… ainda que a partir dele, sua transmutação de gêneros continue a evoluir a toda velocidade! Do hardcore aos glitchs industriais, até passagens que flertam com alternativo dos anos 90 e sua devoção ao nu metal (e como podem fazer para tornar-lo fresco de novo), a massa insana de possibilidades que o Code  Orange  cria  para  explorar  e  criar  novas  matizes  de  peso, continua sensacional e como um plus, temos aqui suas letras mais frágeis, corrompidas e quebradas. E sem esquecer uma memorável participação de Billy Corgan do Smashing Pumpkins. “The Above” só confirma o óbvio: QUE BANDA MONUMENTAL É O CODE ORANGE 🤟🏻🤟🏻🤟🏻

Corinne Bailey Rae
Black Rainbows

Em seu novo álbum “Black Rainbows”, Corinne Bailey Rae mergulha de cabeça em uma metamorfose sonora, deixando para trás o pop tranquilo que a consagrou e explorando um universo visceral e crú, incorporando nuances de rock alternativo, indie e até mesmo elementos de shoegaze com soul, R&B e jazz, proporcionando uma experiência auditiva rica em texturas e contrastes. Inspirada por suas origens na música, quando ela participou de uma banda de rock na adolescência e passando pela que visita que fez ao Stony Island Arts Bank, uma instituição cultural localizada em Chicago relacionada à história e à cultura afro-americana, Corinne oferece uma energia feroz e confiança renovada para abordar temas de beleza e liberdade em um álbum que transcende suas próprias experiências. “Black Rainbows” não apenas abraça uma mudança radical, mas também serve como um testemunho da evolução artística de Corinne Bailey Rae. Sua habilidade em fundir elementos de diferentes estilos musicais enquanto mantém uma identidade coesa atesta sua maestria como uma inovadora incontestável no cenário musical contemporâneo.

Feli Colina
LXS INFERNALES (Del Valle Encantado)

A multifacetada e emergente cantora argentina Feli Colina mostra com esse EP, todo o potencial para virar uma das artistas latinas mais faladas dos próximos anos no mundo. Com uma junção de elementos que pega a cerne da música  regional  argentina  até  traços  mais  contemporâneos de R&B e eletrônica experimental, o resultado vira um grande caldeirão de Natalia Lafourcade, Bjork, Nathy Peluso, Feist e Rosália. De sonoridade única e difícil de classificar, mas que evoca as mais diversas sensações: do êxtase emocional ao quase poder ancestral, passando por pulsações selvagens que abraçam a catarse como um ritual xamânico, Feli Colina é o elo que liga nossas origens e tradições com as possibilidades de uma nova era de criatividade e expressão no mundo da música.

Foo Fighters
But Here We Are

Dave Grohl é a resiliência em pessoa. Como perdas e tragédias, moldaram sua trajetória de “baterista da maior banda do mundo” para “frontman de uma das bandas mais populares de todos os tempos”. Se num primeiro momento, a tragédia o fez usar um tempo de afastamento da música para aliviar a dor através de um novo projeto e passo musical, agora em dose dupla (a perda do melhor amigo / baterista e sua mãe e maior incentivadora) a dor da perda faz o Foo Fighters renascer novamente com seu disco mais pessoal, próximo de suas essências, mas ao invés de só repetir um som que deu certo, revitaliza ele criando camadas e abordagens nunca antes vistas no grupo. É uma jornada musical que se consolida como um dos melhores momentos do Foo Fighters e também uma imensa celebração a vida.

Gorillaz
Cracker Island

Desde “Humanz” de 2017, já são 4 novos discos do grupo de desenho animado concebido por Damon Albarn e pelo cartunista Jamie Hewlett. Só que só em “Song Machine…” que vimos o projeto voltar a mostrar o melhor de suas características: brincar com os mais diversos gêneros possíveis dando um coesão estética descolada e elegante; trazer os mais inesperados feats, não pelo que eles representam no universo musical, mas para também poder subverter o que esperaríamos deles e nos surpreendemos muito no processo; e criar uma música crocante e viciante atrás da outra, como se fossem uma infinita máquina de hits. Agora imagina compactar essa fórmula de “um projeto que parece uma playlist dos sonhos”, para “um álbum (meio) conceitual que traz uma seita oriunda de Los Angeles, que vai se relacionar com tecnologias, pandemia, culto a celebridades e nossa relação com o mundo online e fazer a pergunta: como passar ileso a vida moderna?”. Pois é isso que o Gorillaz faz aqui com algumas das melhores canções e feats de sua carreira, além de dar um up na Lore dos personagens de uma forma ainda mais profunda que o usual. Pô, difícil não amar um disco que o MC Bin Laden rouba a cena de gigantes como Thundercat, Tame Impala e Bad Bunny né?!

Jessie Ware
That! Feels Good

Jessie Ware continua a expandir seu legado de “Diva da Disco” da era moderna. Se em “What’s Your Pleasure” ela deu uma virada de 180° na carreira com um álbum que sintetizava plenamente o glamour, as luzes cintilantes, os clubes, a  vibe  dançante  noturna  em  um  bê-á-bá  de  vertentes  que  abraçaria  tanto  iniciados, quanto devotos da música dançante. Já em “That! Feels Good!” ela centraliza boa parte da audição na disco music, e ao se concentrar em um único estilo, ela pode se apegar ainda mais a detalhes e sutilezas – quase um estudo de possibilidades e qualidades para se criar os hinos disco mais embalantes desde seu auge em meados de 70, começo dos 80. E agora é ficar na espera para quais novas vertentes Jessie irá abrilhantar em próximos trabalhos.

Jpegmafia e Danny Brown
Scaring The Hoes

JPEGMafia e Danny Brown, dois atuais titãs do rap alternativo americano, adoram a anarquia e caos. E se sozinhos, já eram conhecidos pelo imprevisível, juntos em um álbum colaborativo criaram um dos trabalhos mais explosivos e selvagens dos últimos anos. “Scaring The Hoes” tem uma inventividade frenética, como se fosse um playground caótico onde ambos se divertem distorcendo as convenções do rap moderno. A produção caótica de Jpegmafia é uma pancada constante e a parceria com Danny Brown amplifica essa disrupção, criando uma simbiose de sons de um submundo sonoro. Não é apenas uma colaboração, é um diálogo entre dois mestres que desafiam os limites do gênero. “Scaring The Hoes”, não é apenas uma colaboração, é um diálogo entre dois mestres que desafiam o status quo musical.

Jungle
Volcano

Jungle desde seu primeiro álbum, nos proporcionou uma grande viagem no tempo com o melhor do disco e funk vintage, como estivéssemos presenciando um passado que nunca vivemos. E ainda digo que parte da grande é como eles muito sutilmente colocassem elementos eletrônicos, indies e swings modernos para música ter aquele gostinho retrô, mas sem amargo de uma naftalina vencida guardada no fundo armário. Só que desde seu debut sensacional, um disco deles não soava tão arrojado, bem estruturado, cativante do começo ao fim e com a sensação de exploração por outros âmbitos sonoros, mas que se encaixasse como uma luva no seu mundinho. “Volcano” é uma erupção de dança, ritmos e balanço, como poucas bandas podem desenvolver com tanta personalidade hoje em dia. Mais um trabalho fantástico de uma discografia até o momento impecável.

Lil Yatchy
Let’s Start Here

2023 foi um ano diferente para o rap, mas de certa forma, essencial. E “Let’s Start  Here”  é  bom  exemplo  disso.   Quem  imaginaria que uma experiência com cogumelos mágicos resultaria numa inesperada mudança em 180° do rap jocoso e galhofa de Yatchy, para um disco que flerta com rock psicodélico, emo e R&B? E que não só seria muito bem sucedida como ainda seria o pontapé inicial para um ano que o gênero teve diversos outros álbuns que seguiram experimentações similares (“Struggler” de Genesis Owusu, “Blanket” de Kevin Abstract e  “How  Do  You  Sleep  At   Night” de Teezo Touchdown são alguns exemplos)?!! Sem perder a irreverência como marca principal, mas adicionando estruturas sonoras mais ousadas para estabelecer suas piras, Lil Yatchy surge como uma bem vinda fagulha de ousadia para um gênero que começa a mostrar certa acomodação com o sucesso estrondoso.

Olivia Rodrigo
GUTS

GUTS” não apenas afirma a posição de Rodrigo como uma força musical a ser reconhecida, mas também chega para conquistar ouvintes das mais diferentes gerações. Depois de lançar uma promissora estreia atualizando convenções e clichês do mundinho pop adolescente, agora ela subverte seu próprio trabalho distanciando-se do drama que permeia essa fase da vida e adotando uma abordagem rebelde e sarcástica em relação ao romance, coração partido e às complexidades da juventude feminina. O álbum mergulha uma paleta sonora que evoca o rock alternativo dos anos 90, baladas sombrias e cortes pop-punk zombeteiros, além de precisão lírica afiada, o que confirma Rodrigo como uma das melhores compositoras pop de sua geração.

Paramore
This Is Why

Como o primeiro álbum nos 20 anos de carreira da banda feito com a mesma formação do anterior, foi o primeiro trabalho do Paramore que não exigiu que eles se reconstruíssem novamente. Dito isso, a banda está mais azeitada do que nunca, trazendo influências de pós-punk e indie dançante britânico como Bloc Party, Foals, Gang of Four e LCD Soundsystem para dar voz a sentimentos sufocantes e afiados ao tentar falar sobre ser a melhor versão de si mesmo, além de um melhor parceiro de banda, amante e defensor social exemplar. Uma banda que apesar dos percalços soube se manter relevante a cada novo disco e hoje pode se dizer que foi a banda emo que mais prosperou para além de seu nicho.

Psychedelic Porn Crumpets
Fronzoli

Em um universo musical onde a originalidade é a moeda mais valiosa, o Psychedelic Porn Crumpets não reinventam a roda com “Fronzoli”, mas ao menos torna a audição uma porradaria audaciosa dentro do que conhecemos na psicodelia moderna. As guitarras são hipnóticas, raivosas, fritantes. Os arranjos intrincados, as batidas explosões frenéticas. É como se pegasse o King Gizzard em seu modo mais stoner ou árido e somasse a vibração garageira do Tame  Impala  em  “Innerspeaker”,  além  de  colocar  umas  gotinhas de Wolfmother, Kadavar e The Sword. Temos então a fórmula para um dos discos de rock psicodélico mais bate cabeça que você pode ouvir nos últimos tempos e que serve como bom trabalho pra você mandar para aquele seu amigo que sempre fala que o “o rock morreu”. Pena só ter saido aos 45 do segundo tempo e pouca gente ter dado bola para esse tesourinho recente do gênero. 

Silica Gel
Machine Boy

Todo mundo ouve falar ou escuta algo do fenômeno k-pop atualmente. Mas e quanto a bandas de rock coreanas? Talvez pouco conhecidas ainda por aqui, mas presumo que esse será um equívoco que logo será reparado. Dito isso, se prepare para ficar de queixo arriado com a equação improvável de ideias que poderiam  facilmente  criar  um   desastre  e  felizmente  saiu  como  um  dos trabalhos mais vanguardistas de 2023 para o rock. Ou será pop? Ou qualquer outro gênero que você queira classificar. Com um entendimento para o que seria chiclete dentro de uma estética meio synthpop oitentista a la The 1975 (além  de  sua  aptidão  a  embarcar  estéticas  mais  modernas de um jeito experimental), só que tendo quebras bruscas de estilos sonoros como um Black Midi (uma hora a música dá um freio, para entrar um longo trecho de piano clássico, para depois se conectar a uma jam efusiva num estilo Polyphia ou Animals As Leaders). Se isso tudo já era soberbo no EP de abril, o disco completo que saiu a 11 dias de acabar 2023, só tornou mais urgente o recado: PELOAMORDEDEUS, ESCUTEM SILICA GEL 🤯🤯🤯

Troye Sivan
Something to Give Each Other

O aguardado retorno de Troye Sivan após cinco anos, destaca-se por não ter medo de ser provocante e por entregar uma jornada íntima sobre prazer, luxúria e trocas emocionais. Concebido nas ruínas de um relacionamento, “Something to Give Each Other” transcende os clichês de términos, oferecendo uma narrativa rica em nuances e nostalgia melancólica. Ao longo de faixas como “Rush”, “Honey” e “Got Me Started,” Sivan exibe uma maestria musical, combinando êxtase e graça, e influência cosmopolita é evidente, passando  por  synth-pop,  toques   franceses,  guitarra  espanhola,  2-step  e  UK  Garage. “Something to Give Each Other” é um retorno exuberante e a consolidação do amadurecimento pessoal e artístico de Troye Sivan.

yeule
softscars

Se esse ano tivemos o rap tentando se subverter para sair do marasmo, o mesmo pode ser dito do rock, conseguindo se reconectar com uma geração que pouco lembra (ou nem presenciou) seus tempos de glória. Coisa que yeule conseguiu de forma impressionante nesse seu “softscars”, onde a soma do dream-pop e grunge com elementos hyperpop e pc music, fazem uma alquimia  poderosa  ao  transpor  para  o  ouvinte  sentimentos  agridoces, melancólicos e eufóricos em uma fisgada digna de um viral do tiktok. yeule é um nome para definitivamente ficar de olho nos próximos anos. 

Yves Tumor
Praise a Lord Who Chews But Which Does Not Consume; (Or Simply, Hot Between Worlds)

Yves Tumor nasceu para ser uma estrela do rock. E a confirmação veio com seu quinto álbum, que de nome extravagante e complexo, traduz muito bem a sua sonoridade que aponta rumos promissores para o rock voltar a ser algo descolado, gigantesco e que dita regras. BritRock, shoegaze e dream pop a la Smashing Pumpkins, industrial que flerta com paisagens sonoras elétricas e fervilhantes que parecem a soma de Nine Inch Nails e o fase noventista de Bowie, que inclusive, também é o nome de batismo de Tumor. Um novo camaleão está surgindo, e assim como seu antecessor, também possui a mesma natureza vanguardista e irrequieta para expandir ao máximo os    limites da música como a conhecemos.

Mais notícias no Minuto Indie.

Siga nosso Instagram. Saiba mais em nosso Twitter. E fique ligado no nosso canal no YouTube.

Autor

Escrito por

Pery Andrade

Ex-estudante de Cinema, além de comunicador, nerdola da música e criador de conteúdo desde 2014 no Canal Musicalize.