Conversamos com o duo britânico que entregou show contagiante no Circo Voador, Lapa
Após passar aqui pelo Rock in Rio em 2015 e Lollapalooza em 2018, A banda Royal Blood retorna a terras brasileiras para duas apresentações solos. Colamos no show do dia 16 de abril no Circo Voador, no coração da Lapa. Para uma casa de show lotada e um público bem diversificado, A banda, formada pelo baixista e vocalista Mike Kerr com o baterista Ben Thatcher subiram ao palco e iniciaram a apresentação pouco depois das 21 h com um repertório que passeou bem entre todos os discos, incluindo o último Back to the Water Below lançado em 2023. A dupla abriu o show com “Boilermaker” e “Out of Black“, motivo de uma explosão de gritos e euforia por parte do público.
A banda ficou bem a vontade e nitidamente animada com a recepção calorosa, diversas vezes jogaram palhetas e baquetas para presentear os ouvintes, além disso, logo no início Ben saiu de sua bateria e se jogou nos braços da plateia. Entre as pausas das canções, Mike leu diversas placas e cartazes que o público levantava. A banda mostra ter uma grande sintonia com os fãs, tendo outro momento em que Ben sai novamente de sua bateria durante a apresentação de “Little Monster”, mas dessa vez indo ao centro da plateia abrindo um círculo e iniciando uma roda punk.
Como dito, é a primeira vez da banda aqui em terras latinas fora do circuito dos grandes festivais, conversamos um pouco com Ben sobre como foi essa vinda e como eles encaram essas diferenças de público e estrutura:
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Minuto Indie: Como vocês estão se sentindo em estar na America Latina mais uma vez, mas agora em shows de arena como artistas principais?
Ben: É incrível, nos sentimos muito felizes por estar aqui, temos muita sorte de podermos fazer isso, você sabe, estamos na banda há 10 anos e este foi nosso primeiro show principal aqui na América Latina e todos os shows foram tão emocionante e muito divertidos. Estamos nos divertindo muito aqui e é uma parte incrível do mundo para se estar.
Minuto Indie: E vocês como banda preferem se apresentar em festivais com grande público ou em shows de arena com os fãs mais proximos e fieis?
Ben: Eles são diferentes e ambos têm seus prós e contras. Eu acho que, idealmente, gostamos dos nossos próprios shows porque todos estão lá para se divertir juntos para ouvir a mesma música e todos são fãs da nossa banda, então, podemos fazer um show melhor, podemos tocar mais músicas, sim, e é um pouco mais confortável para nós. Mas festivais são divertidos, é bom ir e ver outras bandas também e tocar para um público que talvez normalmente não ouviria você. Mas eu acho que sim, idealmente são nossos próprios shows que amamos mais.
Minuto Indie: Qual é a sensação de voltar ao Brasil? Vocês têm boas lembranças do público daqui? Estão animados para isso?
Ben: Sim, eu me lembro de vir aqui para o Rock in Rio, nossa há muito tempo. E nós simplesmente estávamos aqui, foi uma loucura, nunca experimentamos nada parecido, conhecendo nossos fãs brasileiros, fizemos um ótimo show! Estávamos tocando com Mötley Crüe, Metallica… foi brilhante. E voltamos aqui alguns anos depois, foi em 2018, incrível, foi um bom momento e sim, estamos muito felizes por estar aqui novamente e fazer nossos próprios shows porque nunca estivemos em uma casa de show apenas com nossos fãs, você sabe, sempre foi um festival, então, sim, estamos muito animados.
Minuto Indie: Este ano marca o 10º aniversário do seu primeiro álbum. Como tem sido para vocês ver essa evolução e sucesso como artistas?
Ben: Sim, é incrível que façamos isso há 10 anos. Temos muita sorte e amamos fazer o que fazemos e isso depende dos fãs, você sabe, é deles que é por isso que fazemos esse tipo de coisa. Estamos fazendo alguns shows no Reino Unido e na Europa só para comemorar. Mas sim, isso será comemorado em todo o mundo, é uma grande marca para nós, os 10 anos desde o lançamento do primeiro disco, estamos muito entusiasmados com isso. Estaremos tocando muitas músicas de qualquer maneira. Aqui nos nossos shows já começamos tocando algumas das mais antigas e colocamos no set. Então não se preocupe, todas as melhores músicas estarão lá, eu prometo.
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Prometeu e cumpriu, Royal blood mostrou toda sua técnica e união nessa apresentação, mostrando que atualmente são uma das bandas de hard rock mais consolidadas do cenário, conseguindo passear dentro do ritmo, mudando a sonoridade e conseguindo manter e atrair mais ouvintes.
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