Como prometido, The Neighbourhood voltou sem demora ao país para duas noites em São Paulo, seguindo para o Rio de Janeiro.
Após o grande sucesso nas primeiras apresentações da banda no Brasil em 2018, sendo o Lollapalooza o show com o maior público da carreira dos caras até agora, The Neighbourhood voltou para satisfazer os fieis fãs brasileiros. Nos últimos dias 13 e 14, quinta e sexta feira, o Tom Brasil foi tomado por jovens que sempre demonstram seu amor pela banda suplicando a vinda dos mesmos na internet. Não é atoa que a primeira data em São Paulo (14) foi esgotada em poucas horas, abrindo uma data extra (13) e evidenciando o sucesso do grupo.
A turnê que o The NBHD trouxe dessa vez é em divulgação de seu último álbum, “Hard To Imagine The Neighbourhood Ever Changing”, que basicamente é um projeto com a compilação de lançamentos feitos em um período de um ano. Sendo eles os EP’s “Hard” e “To Imagine”, o disco autointitulado “The Neighbourhood” e por fim o EP “Ever Changing”. Fazendo essa jogada com os nomes que são uma mensagem direta à crítica de que de fato eles sempre estão em constante mudança e evolução sonora, e é essa a verdadeira essência do grupo.
O SHOW
Abertura:
O show de abertura da turnê é por conta da banda de noise/electronic rock, HEALTH. A banda subiu ao palco para aquecer o público já trazendo muita energia com seu som pesado e estrondoso na dose certa. Abusando de sintetizadores e muitos jogos de luzes, os caras trouxeram ao palco um clima totalmente atmosférico do eletro barulhento que produzem, dando destaque à performance do baixista John Famiglietti, que visivelmente se entregava a cada canção.
Conheça o som nesse link: https://www.youtube.com/watch?v=b-4CljCTSYI
The NBHD:
As 21:30 os californianos tão aguardados subiram ao palco aos muitos gritos de fãs extremamente empolgados. O show começou com a ótima How, do primeiro álbum da banda, que já trouxe todo um clima do que estaria por vir no decorrer da próxima uma hora e meia de show. R.I.P 2 My Youth foi incorporada já na primeira canção, fazendo todos ali enlouquecerem com os ritmos marcantes, também sendo incorporado para a próxima canção, Dust, que definitivamente levantou o público e literalmente o frontman Jesse Rutherford, que se pendurou em seu microfone suspenso no palco.
Com as energias mais do que altas, o show foi seguido das canções Afraid, You Get Me So High, Cry Baby e Prey, todas cantadas aos gritos de todo o Tom Brasil, sendo essas algumas das mais queridinhas pelos fãs. Em seguida, com Beat Take 1, o vocalista colocou sua influência de hip hop para jogo, que mesmo com o público mais calmo, continuaram a acompanhar a letra. Ainda num ritmo mais calmo, ao som de Paradise, o show seguiu com Wiped Out, outra grande canção que dá destaque aos músicos Zach Abels, Brandon Fried, Jeremy Freedman, e Mikey Margott, que em um momento de groove hipnótico da música colocou todos para se sacudirem juntos aos rebolados desengonçados de Jesse.
Sem pausa
Sem tempo para interações com as clássicas saudações e o “Eu te amo Brasil” nos pequenos espaços entre uma música e outra, a faixa Daddy Issues começou levando as fãs ao delírio! Mantendo o ritmo entre um dos primeiros sucessos, entraram as mais recentes Void, Blue e Livin’In A Dream, essa última que enquanto todos cantavam em coro a base gravada, Jesse extremamente a vontade cantava as rimas intercaladas com a parte do rapper Nipsey Hussle, assassinado em março desse ano. Provavelmente uma forma de homenagem ao rapper na turnê.
Solo
Em pausa no ritmo contagiante e totalmente positivo, o vocalista começou a tocar Sadderdaze no violão, sendo esse provavelmente o momento mais emocionante da apresentação. Porém, estamos falando da turnê mais dançante que o The Neighbourhood já fez, então logo com Scary Love as emoções afloradas voltaram ao ápice (tendo até pedido de casamento), seguindo com Wires, Warm (única canção do terceiro álbum presente na setlist) e depois o tão aguardado mega hit, Sweater Weather, que absolutamente foi a música mais cantada de todo o show. Já no final, sem perceber que se tratava de fato do final, o público e a banda estavam todos na mesma vibe, ritmo e energia maravilhosa, sendo encerrado da melhor forma com a ótima e dançante Stuck With Me.
IMPRESSÕES FINAIS:
As duas apresentações da banda californiana em São Paulo foram extremamente contagiantes e energéticas, nada que o Neighbourhood já não tenha nos mostrado desde a sua última vinda. Na primeira noite (show extra) a banda demorou um pouco mais para se entregar no palco, talvez pelo cansaço da turnê. Mas de forma alguma deixaram de mostrar a qualidade que carregam. Já na segunda noite (sold out), aparentavam mais animados e com muito mais energia, evidenciando a satisfação de estar novamente em território Brasileiro.
De modo geral, os shows foram marcantes. Os caras subiram ao palco e nos deram uma experiência em que todos se divertiram, dançaram, cantaram e se emocionaram com as letras das canções pegajosas e envolventes. Tecnicamente falando, a banda toda foi impecável em seus arranjos e melodias. Zach, Brandon, Jeremy, e Mikey foram um show a parte. Sem contar com a presença de palco de Rutherford, que sabe exatamente como guiar seu público da melhor forma. Parece forçado dizer isso novamente já que eles nem saíram do país ainda, mas eles deixaram um gostinho de quero mais!
O The Neighbourhood soube mostrar com essa turnê a verdadeira cara pela qual eles querem ser reconhecidos. Uma banda essencialmente original que usa todas as influências sonoras que amam e se identificam, sem precisar mais ser taxado como “uma banda que busca por uma identidade”. Eles realmente não tem uma e nem fazem questão de ter. E convenhamos, esses artistas não são os únicos atualmente que partilham dessa mesma opinião. Música é paixão em produzir algo em que acredita e se sente a vontade, assim como o The Neighbourhood faz desde o seu início.
Confira o último vídeo do canal Minuto Indie:
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