O Motionless In White, banda de metalcore americana, lançou na última sexta-feira (10) o seu novo álbum de estúdio

Motionless In White
Scoring The End Of The World” é o novo disco do MIW.

O aguardado disco é parte da nova crescente que o metal vem tendo nos últimos anos. Bandas como o próprio MIW, Spiritbox, Bad Omens,  Lorna Shore, Beartooth e muitas outras, vêm ganhando espaço na cena do gênero e na música em um geral. “Scoring The End Of The World” já está em terceiro lugar em vendas no iTunes, perdendo apenas para Carie Underwood e BTS, o que mostra a força que o metalcore está ganhando nos últimos tempos.

Falando agora do trabalho em si, “Scoring The End Of The World” traz uma estética apocalíptica, com toques de horror e cyber, além de participações especiais como Bryan Garris, Mick Gordon, Caleb Shomo, e mais. O disco começou a ser divulgado com uma série de singles bem variados, mostrando diferentes influências da banda. O primeiro, “Cyberhex“, conta com uma estética cyberpunk e guest vocals de de Lindsay Schoolcraft (ex-vocalista do Cradle Of Filth), que contribuem com a vibe de urgência anunciando o fim dos tempos. O segundo single, “Masterpiece“, já soa quase como uma “Another Life” parte 2, com fortes influências de Breaking Benjamin e uma bela composição. O penúltimo, intitulado “Slaughterhouse“, conta com uma collab com Bryan Garris, vocalista do Knocked Loose, que é a faixa mais pesada do álbum e, de acordo com o vocalista Chris Motionless, a “possivelmente a música mais pesada da carreira do Motionless In White“. Além de pesada, a letra é ácida e política, criticando de forma bem clara o corporativismo e o capitalismo selvagem. O ciclo de singles se encerra com a faixa-título, com participação de Mick Gordon, compositor responsável pela trilha sonora jogos como DOOM e Wolfenstein. A faixa traz de volta elementos cyber e Mick abusa dos sintetizadores, trazendo uma atmosfera futurista e upbeat, o que é bem irônico se tratando de fim do mundo.

Os maiores destaques do disco vão para a música de abertura, “Meltdown” que conseguiu me deixar de queixo caído no breakdown inesperado aos 3:02 da faixa. Se você achou “Masterpiece” muito Breaking Benjamin, espere até você ouvir “Sign Of Life“. A música grita Breaking Benjamin do melhor jeito possível, a melodia fica na cabeça e com certeza é uma que seria uma delícia de ver ao vivo. Além de “Masterpiece“, outras faixas bem emotivas são “Porcelain” e “Cause Of Death“, que também ganham muito no refrão e composição potentes. O final de “Cause Of Death” se torna ainda mais impactante e catártico com o mix perfeito entre os vocais de Chris Motionless (vocalista) e Ricky Olson (guitarrista), os quais são introduzidos novamente no trabalho e funcionam muito bem em combinação com o vocal principal de Chris.

“Is it too late for us now?

(Agora já é muito tarde para nós?)

Could history be rewound?

(A história poderia ser rebobinada?)

Is there no chance to make amends?

(Não existe nenhuma chance de fazermos as pazes?)

And as this story unfolds

(E como a história se desenrola)

My book began where yours closed

(Meu livro começa quando o seu se fecha)

A sign of life in your cause of death

(Um sinal de vida em sua causa de morte)

I was your cause of death

(Eu fui a sua causa de morte)”

Ainda, “Burned At Both Ends II” também se destaca como sequência da música do disco “Infamous” (2012), que fala sobre libertação e tomar de volta o controle da sua vida. “B.F.B.T.G.: Corpse Nation” reincorpora de forma primorosa a temática do horror ao disco, fazendo referência ao trabalho anterior “Disguise” (2019).De todas as faixas, a que menos me cativou foi “Red, White & Boom”, que traz um feat com Caleb Shomo, vocalista do Beartooth. Na minha opinião ela é a música que menos surpreende, trazendo uma pegada de rock tiozão, mas que não deixa de ser legal. Entretanto, para mim, o grande trunfo de “Scoring The End Of The World” é a faixa “Werewolf” que traz uma pegada gótica divertidíssima, com referências a Michael Jackson, uma melodia viciante e muito chiclete. Mal posso esperar por um clipe!

Motionless In White

O Motionless In White é uma banda de metalcore de Scranton, Pensilvânia, que já conta com seis álbuns de estúdio. O MIW têm uma série de sucessos como “Imaculate Misconception“, “Abigail“, “Devil’s Night“, “America“, “Reincarnate“, “Voices“, “Eternally Yours“, “Another Life“, entre outros. O grupo está confirmado no Knotfest Brasil, que acontecerá no dia 18 de Dezembro de 2022, ao lado de bandas como Slipknot, Trivium e Bring Me The Horizon.

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Autor

  • Juliana Guimarães

    Mestre em Microbiologia e doutoranda em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, que nas horas vagas escreve no Minuto Indie e joga videogame. Tem PhD em Emo e Metalcore, é fã de carteirinha do My Chemical Romance e ama musicais. Nunca foi vista sem delineador 🤫

Escrito por

Juliana Guimarães

Mestre em Microbiologia e doutoranda em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, que nas horas vagas escreve no Minuto Indie e joga videogame. Tem PhD em Emo e Metalcore, é fã de carteirinha do My Chemical Romance e ama musicais. Nunca foi vista sem delineador 🤫