A trajetória do grupo começou em 2016, e desde então ele vem lançando um som sensível e de qualidade. Enfim, chegou a hora de ‘Hi, Everyone’, o primeiro disco da história do Whipallas!

Às vezes, tudo que a gente precisa é de uma boa música que faça o nosso corpo e nossa alma dançarem. Sim, tá tudo bem esquecer um pouquinho dos fatores externos e deixar a melancolia de lado, afinal, quem nós seremos se de nós só sobrar tristeza? E pra quem curte indie rock, a notícia é boa. O grupo carioca Whipallas se apresentou ao mundo com um “olá” especial: estamos falando do primeiro álbum cheio da banda, o ‘Hi, Everyone‘, e nós não poderíamos deixar esse lançamento passar sem indicá-lo a vocês.

Quando uma obra consegue nos provocar emoções, é sinal de que, graças a sua qualidade, ela alcançou o tão almejado objetivo. É assim com ‘Hi, Everyone‘. O disco é composto por 10 faixas vibrantes que nos transmitem bons sentimentos, da simples alegria até a vontade frenética de sair por aí balançando a cabeça no ritmo de cada uma delas.

Dessas 10 faixas, o público conheceu duas antes do lançamento completo, em formato de single. A homônima ‘Hi, Everyone‘ e a ‘Like a Birth‘ deram uma pista de tudo que estava por vir. E veio! Desde o dia 07 de agosto, o público pode contemplar o disco de estreia do Whipallas, sucessor dos EPs de 2016 e 2018, produzido com muito carinho e história pra contar.

“São tempos bem difíceis e complexos, mas fundamentais para a reflexão. E queremos que daí possa brotar muita atitude positiva para o mundo. Batizamos o disco com o título da música, ao mesmo tempo em que é um aceno da banda para público. No fim, o disco todo é uma mensagem de otimismo e atenção, sempre sob uma atmosfera solar” – Pedro Lenz, vocalista e guitarrista

O indie rock groovado e cheio de energia, construído por Pedro Lenz (vocais e guitarra), Luis Antônio Rodrigues (guitarra e teclado), Jayme Monsanto (baixo) e André Coelho (bateria), é inspirado em artistas e bandas como Metronomy, Portugal The Man, The Strokes, Beatles, Cage The Elephant, Alabama Shakes, Arctic Monkeys, Arcade Fire, David Bowie e Bee Gees. O estilo do Whipallas é mesmo construído no inglês, mas isso não quer dizer que suas influências sejam, exclusivamente, estrangeiras. Nomes da nossa MPB, como Gilberto Gil, Djavan e Raul Seixas também são referências importantes para a banda.

Tem de tudo em ‘Hi, Everyone‘. O disco começa com ‘Pirates‘, uma canção inspirada na arte da enigmática Joana Cesar — irmã do vocalista Lenz —, que estampou os muros do Rio com confissões íntimas na linguagem de um código que ela mesma criou. Na sequência, vem ‘Let’s do It‘, a faixa “reciclável” em todos os sentidos, tanto na letra quanto na sua concepção. Ela nasceu de um riff antigo, composto por Lenz em um tempo que ficou pra trás. Ele foi notado e restaurado pelos integrantes, ganhando uma vibe dançante, perfeita para compor o primeiro disco. “Assim nasceu ‘Let’s do It’, que fala um pouco sobre a duração das coisas, da vida. Que o que é material não é para sempre, mas a alma, a essência, sim, estão sempre se reciclando. O importante é fazer e refazer as coisas”, expressa Lenz.

A faixa intitulada ‘Talk About‘ é um rock’n’roll reflexivo e irônico sobre a mentira, grande instrumento do nosso sistema político. ‘Someone Else to Hear‘ vem suave, pra nos fazer ver poesia onde há tristeza e solidão. Como um carinho no coração, a canção nos lembra que, mesmo com a dificuldade em lidar com os conflitos internos, a gente precisa se acalmar e encontrar um porto seguro. O baterista André conta que ‘Big Star‘ é sobre “a força que as pessoas têm, no amor por aquilo que acreditam e que nunca é tarde para tentar“, tipo aquele empurrãozinho de ânimo pra gente conseguir superar as dificuldades pelo caminho, sabe?

‘This Time‘ nasceu através da base harmônica de Bernardo Massot, ex-tecladista e parceiro da banda, e ganhou forma completa graças ao baterista — e chef de cozinha — André. “Uma das primeiras músicas que começamos a trabalhar para este disco, ela fala da rotina de cada dia e das adversidades que ela nos impõe, todos os dias“, conta o baixista Jayme, sobre o processo de criação e a mensagem que ‘This Time‘ quer transmitir. A próxima, ‘Like a Birth‘, é sobre as relações familiares. Ela ganhou um clipe emocionante e cheio de afeto, o ingrediente especial que inspirou Pedro Lenz na hora da composição.

‘Riverside‘ foi criada quase toda em um ensaio do Whipallas. No entanto, a versão final e inteira do refrão só foi concebida meses depois, quando Lenz e Luis Antônio estavam juntos num bar e, em meio à curtição, foram compartilhando as ideias com os outros integrantes, em forma de áudio. “Quem sabe por isso a letra fale da importância de uma pessoa na vida da outra. Ninguém faz nada sozinho. Se você tiver que atravessar um rio, de fortes correntezas e belas cachoeiras, melhor que tenha alguém do seu lado para ajudar“, descreve Luis, guitarrista e tecladista.

A próxima é a homônima ‘Hi, Everyone‘, single que também ganhou clipe, antes mesmo do lançamento completo. O disco se fecha com ‘Next Plan‘, uma reflexão profunda e necessária — aquele tapa na cara de realidade — sobre o que seremos no futuro e o que podemos fazer por nós mesmos. “Temos um Plano B ou um Planet B? Não, sabemos que não temos. Já fomos longe demais com o planeta e suas reservas, chegou a hora de parar e gritar: ‘What a hell, folks?’. Precisamos cair na real que se não fizermos nada vamos acabar com tudo por aqui. Por isso, é uma música forte e até um pouco dramática. É agora ou nunca“, sentencia Lenz.

“Tudo isso bateu muito forte com a questão do isolamento e desse momento tão estranho e inédito. A gente precisa encarar o mundo e se encarar de frente. Acho que é um pouco isso, do que adianta viver num lugar lindo e maravilhoso se a gente não cuida do nosso lugar nele?”– André Coelho

Escute ‘Hi, Everyone’, o disco de estreia do Whipallas

Clique aqui para escutar ‘Hi, Everyone’, do Whipallas, no YouTube

Assista ao clipe de ‘Like a Birth’

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Assista ao clipe da homônima ‘Hi, Everyone’

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