Fizemos uma lista com 7 nomes do metal atual pra você prestar atenção. Algumas já estão há muito tempo na estrada, outras despontando, mas todas tem o seu valor e merecem o play.
Por mais que o metal tenha um histórico de ser uma indústria dominada por homens, as mulheres foram essenciais na fundamentação do gênero e vêm ganhando espaço e se mostrando o futuro do estilo nas últimas décadas. Você pode conhecer Lacuna Coil, Evanescence, Epica e Nightwish, mas será que você sabe quem está desbravando essas terras e inovando no metal em 2021?
Em Janeiro do ano passado, a Loudwire questionou a necessidade do rótulo “female-fronted band” (banda liderada por uma mulher, em tradução livre), o que é bem pertinente, já que bandas assim não são mais uma raridade ou exceção. No post, a revista aponta a necessidade de acabar com a rotularização de gênero no metal, que até hoje abriga um dos públicos mais machistas do mundo da música.
Recentemente, a Alternative Press, elegeu as 20 melhores mulheres do metal, e entre elas estão ícones como Lzzy Hale (da banda Halestorm), Taylor Momsen (do The Pretty Reckless), Tarja Turunen (ex-vocalista do Nightwish), Simone Simmons (da banda Epica), e, claro, a rainha Amy Lee (do Evanescence), que foi responsável trazer o metal sinfônico/gótico ao mainstream nos anos 2000.
Mas não foram só Amy Lee e Tarja Turunen que impactaram a indústria, cantoras sensacionais como Maria Brink (do In This Moment), Tatiana Shmayluk (do Jinjer) e Suzuka Nakamoto (do BABYMETAL) também estão na lista e são gigantes no atual cenário do metal.
Algumas musicistas importantíssimas foram deixadas de fora, como Courtney LaPlante, da banda Spiritbox e ex-integrante da iwrestlethebearonce, banda fundamental na difusão de mulheres screamers, e Reba Myers, guitarrista e vocalista do Code Orange, uma das principais bandas do metalcore atual, tendo lançado um dos melhores discos do gênero no ano passado.
Abaixo, fizemos uma lista com 7 nomes do metal atual pra você prestar atenção. Algumas já estão há muito tempo na estrada, outras despontando, mas todas tem o seu valor e merecem o play.
Maria Brink, do In This Moment
O In This Moment está na estrada desde 1995 e passou por diferentes fases sonoras. Atualmente, o grupo tem trazido atmosferas etéreas e elementos Wicca, exaltando a feminilidade. Seus últimos dois discos, Ritual (2017) e Mother (2020), mostram essa mudança de sonoridade, muito bem-vinda por sinal, já que a banda vinha se saturando nos dois discos anteriores, Black Widow (2014) e Blood (2012). A voz de Maria começou angelical, porém hoje já é uma das vozes mais potentes do metal, que ganhou uma rispidez inconfundível. Os shows do In This Moment são marcados por teatralidade, coreografias e cenários majestosos. A banda já teve colaborações de peso como Rob Halford, Lzzy Hale, Taylor Momsen e Joe Cotela.
Courtney LaPlante, do Spiritbox
A banda canadense Spiritbox (2017-presente) bebe muito do terror contemporâneo de “A Bruxa”, de Robert Eggers, “Hereditário” e “Midssommar”, de Ari Aster, na estética dos seus vídeos. Courtney traz uma clara transição entre o melódico e o gutural, mostrando toda a sua extensão vocal em faixas como Rule Of Nines e Blessed Be. Entretanto, os instrumentais são a cereja do bolo, são complexos e trazem um groove maravilhoso, com destaque às linhas de baixo que são de cair o queixo. As qualidades do instrumental ficam claras na faixa Holy Roller, uma música toda em screams, mas com um baixo dançante e energético. Uma curiosidade sobre esta canção é que o instrumental vai ficando mais grave a cada sessão da faixa. São os pequenos detalhes que tornam esta banda tão especial.
Tatiana Shmayluk, do Jinjer
A banda ucraniana Jinjer (2009-presente) tem sido uma das referências quando o assunto é screamer. Tatiana traz um gutural grave e pesado pra ninguém botar defeito. Um vídeo da banda que viralizou foi a versão ao vivo de Pisces, que acumula mais de 48 milhões de visualizações no YouTube. A gravação chocou os internautas ao mostrar Tatiana passeando do melódico aos mais graves dos guturais. Recentemente, Jinjer se tornou uma das bandas mais presentes em vídeos de react, já que os vocais de Shmayluk surpreendem pela sua versatilidade e força. O que é algo que precisa acabar. É necessário que a existência de mulheres screamers seja normalizada. O gutural não pode mais ser visto como algo masculino ou que diminua a feminilidade da mulher. Estamos em 2021 e ainda é muito “chocante” para o público geral mulheres que gritam, muitas vezes melhor do que muito homem por aí.
Reba Myers, do Code Orange
Reba Myers é vocalista e guitarrista da banda Code Orange, um dos principais nomes do metal atualmente. O grupo traz elementos do noise rock, industrial, math rock, hardcore punk e sludge metal, associados ao metalcore. O disco Underneath (2020) é inovador e traz um refresco ao gênero com todas estas influências misturadas. Reba não só é uma grande vocalista, mas um monstro na guitarra. Os riffs e distorções, brincadeiras com o tempo das faixas, tudo isso faz do Code Orange uma banda muito especial, e podem esperar que ainda vão surpreender muito.
Addie Nicole Amick, do Halocene
Addie e sua banda Halocene conquistaram a internet com os seus covers super bem produzidos e parcerias interessantes. Porém suas faixas autorais também merecem destaque. Addie e seu marido Brad têm uma dinâmica excelente alternando entre vocais melódicos e screams urgentes. Halocene traz elementos do pop, eletrônico e metal, com influências como Linkin Park e Paramore. Destaque para as faixas Devil Inside Me e Vita Nova.
Violet Orlandi, do She Won’t Live
Violet Orlandi é uma cantora brasileira que estourou no YouTube com o seu cover de Toss A Coin To Your Witcher, música da trilha sonora da série “The Witcher”, da Netflix. A versão de Orlandi já acumula mais de 6,6 milhões de visualizações no YouTube e não para por aí. Seus covers já receberam atenção internacional, tendo reposts de bandas como Disturbed e collabs com nomes como Ai Mori e Anthony Vincent (do canal Ten Second Songs). Atualmente Violet está em uma banda com os produtores Toby Wright (que já trabalhou com as bandas Korn, Metallica e Alice In Chains) e Brian Diemar (ex-integrante da banda Ministry). O trio tem apenas uma faixa lançada, intitulada Creatures, que traz influências do rock clássico e grunge. A voz de Violet é muitas vezes comparada a de Amy Lee, pela sua tonalidade lírica, e realmente há muitas semelhanças, mas a forma como Orlandi direciona as suas músicas autorais levam o She Won’t Live e sua carreira solo para caminhos muito diferentes do Evanescence.
Lauren Babic, de Red Handed Denial e CrazyEightyEight
Lauren Babic também é uma sensação do YouTube. A cantora canadense, conhecida pelos seus excelentes screams, tem vídeos bombados no seu canal como o cover de King For A Day, do Pierce The Veil feat. Kellin Quinn, que acumulam mais de 6,5 milhões de views no YouTube. Lauren já é conhecida na cena, já tendo colaborações com o guitarrista do Asking Alexandria, Ben Bruce, e uma banda com Patty Walters, o vocalista do As It Is, chamada CrazyEightyEight. Sua banda principal é Red Handed Denial, que tem apenas um disco lançado, Redeemer (2019).
Autor
Além do Babymetal o Japão tem uma cena mto boa de mulheres no metal.
Tanto idols como as do Passcode (Yuna que faz gutural é um diferencial desse grupo).
Mas também musicistas:
Cito a Nao Kawakita baterista do Maximum the Hormone, as duas leads do Lovebites (Midori e Miyako) que são muito talentosas em shred, solos muito impressionantes, e também a Misa do Band Maid que é monstruosa no baixo.