I Prevail

I Prevail lança seu novo disco, “TRUE POWER”, com influências do rap e trap

 

TRUE POWER - Album by I Prevail | Spotify
TRUE POWER” é o novo álbum do I Prevail.

A banda de metalcore I Prevail lançou na última sexta-feira (19) seu mais novo disco, intitulado “TRUE POWER“. O grupo americano é conhecido por misturar elementos do rap e trap ao metalcore, com riffs marcantes e refrões melódicos. Em “TRUE POWER“, essas influências ficam ainda mais evidentes, com escolhas rítmicas muito interessantes, muitas vezes subvertendo a expectativa do ouvinte. Eu já havia amado o trabalho anterior da banda, “TRAUMA“, mas acredito que neste novo álbum o I Prevail conseguiu se superar e trazer um conjunto bem redondinho nessas 15 faixas.

O disco começa misterioso, com uma abertura de 41 segundos, intitulada “0:00“, estabelecendo a ambientação, engatando em seguida em “There’s Fear Of Letting Go“, que traz uma tensão que vai se construindo até um refrão melódico e grandioso, e é essa construção que é o grande trunfo desta primeira música, mantendo o ouvinte curioso e interessado pelas faixas que estão por vir. O álbum segue com o single “Body Bag“, que é pesado, rápido e energético, sendo uma ótima adição às playlists de academia! A música consegue aumentar ainda mais o hype e com certeza deve ser divertidíssima ao vivo. A faixa seguinte é, o também single, “Self-Destruction“, que brinca muito com as nossas expectativas, principalmente com a mudança no pré-refrão e a forte influência do trap e do rap. Além disso, o switch que acontece em 1:50 da música me fez rir alto de surpresa. Simplesmente amei.

Depois de um começo frenético desses, o disco dá uma leve acalmada em “Bad Things“, que é um single super cativante, com uma melodia chiclete e letra forte. Porém, rapidamente o álbum volta a acelerar com “Fake“, “Judgement Day” e “FWYTYK“, voltando a acalmar em “Deep End“, trazendo um bom contraste ao trabalho, com uma vibe meio Bring Me The Horizon. “Long Live The King” traz de voltas as influências do rap e hip-hop, com referências como Linkin Park e Papa Roach. Mas agora vêm a grande carta na manga do I Prevail: “Choke“. Na minha opinião, uma das melhores faixas de “TRUE POWER“. “Choke” tem um dos melhores riffs do disco e com certeza vai ser absurda ao vivo. Mais uma vez, o grupo traz fortes influências do Linkin Park, desde o instrumental até a dinâmica dos dois vocalistas, o que é muito bem-vindo.

The Negative“, para mim, é a mais fraquinha do disco e acaba não se destacando em meio a outras tantas músicas acima da média. É divertida, mas acaba sendo apagada mesmo. “Closure” é uma bela balada, que, além de trazer mais contraste, expõe bem toda a versatilidade do I Prevail. Mais uma vez a banda brinca de montanha-russa e volta a pegar pesado em “Visceral“, que é um baita destaque de “TRUE POWER“, com um refrão poderoso e instrumental digno de shows de arena. Por fim, o grupo encerra o álbum com “Doomed”, mais uma balada. Não sei se foi a decisão mais acertada de terminar o disco com uma música lenta, pois eles já fizeram isso em “TRAUMA“, mas é uma faixa muito bonita.

Em um geral, o I Prevail faz um excelente trabalho de quebra de expectativas e construção de atmosfera e tensão. “TRUE POWER” é um dos melhores álbuns do gênero lançados no ano e com certeza será lembrado nas listas de fim de ano.

 

I Prevail

I Prevail é uma banda de metalcore americana, de Southfield, Michigan, formada em 2013, e ganharam popularidade ao lançar um cover de metal de “Blank Space” de Taylor Swift como single, que acabou sendo disco de platina nos EUA. Desde então, o grupo lançou três álbuns de estúdio, “Lifelines” (2016), “TRAUMA” (2019) e “TRUE POWER” (2022). A banda também obteve sucesso com os singles “Breaking Down” e “Hurricane“. O single “Bow Down” foi indicado ao Grammy de Melhor Performance de Metal em 2019, e “TRAUMA” foi indicado ao Grammy de Melhor Álbum de Rock no mesmo ano.

 

 

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Autor

  • Juliana Guimarães

    Mestre em Microbiologia e doutoranda em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, que nas horas vagas escreve no Minuto Indie e joga videogame. Tem PhD em Emo e Metalcore, é fã de carteirinha do My Chemical Romance e ama musicais. Nunca foi vista sem delineador 🤫

Escrito por

Juliana Guimarães

Mestre em Microbiologia e doutoranda em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, que nas horas vagas escreve no Minuto Indie e joga videogame. Tem PhD em Emo e Metalcore, é fã de carteirinha do My Chemical Romance e ama musicais. Nunca foi vista sem delineador 🤫