Descubra os lançamentos que marcaram o ano, do indie ao eletrônico, passando pelo pop e experimentações.
Os melhores álbuns de 2024 vieram para provar que a música está mais viva e diversa do que nunca! Chegar aos 40 os álbuns nacionais e internacionais que recomendamos não foi fácil, então aqui vai uma lista exclusiva com mais 20 álbuns de 2024com o nosso selo de qualidade.
Nesta lista, reunimos discos que acamparam no nosso last.fm e que traduzem o espírito do selo Minuto Indie de Qualidade: criatividade, autenticidade e impacto.
Pega o fone e venha descobrir mais 20 melhores álbuns que marcaram 2024 e você não pode deixar de escutar.
1686 – EKATHE
1686 é um álbum de jazz fusion argentino que combina elementos de soul, funk e hip-hop em uma sonoridade minimalista e marcante. Com faixas relaxantes e contemplativas, como “Lanchero”, que começa com uma virada ao estilo breakcore antes de evoluir para uma guitarra limpa e charmosa, o disco cria um ambiente perfeito para acompanhar tarefas cotidianas. – Giovanni
AAA – HYUKOH e Sunset Rollercoaster
A gente só perde quando não abre os ouvidos pra Ásia. Um dos melhores discos de indie do ano veio de um supergrupo formado pela Hyukoh, uma das principais bandas indies coreanas, e do Sunset Rollercoaster, uma das principais bandas alternativas taiwanesas. São 39 minutos pra viajar, que te tranquiliza até quando fala sobre a finitude da vida. É impressionante. Disco bonito e que tem tudo pra entrar em todas as listas de fim de ano. Grandioso sem intimidar. – Maria Luísa Rodrigues
Amor Delírio – Papisa
Esse é um disco sobre as fases da paixão, onde Papisa explora um lado mais carnal. Aqui todo mundo que ouviu atentamente se identificou horrores com alguma música, ou no pior dos casos, com todas. Fato é que esse disco engana! Sua sonoridade é delicada e leve, com suas nuances psicodélicas, mas entregando letras potentes. Essa junção costuma casar bem, e é o caso aqui. São histórias de romances que se desenrolam de suas formas. Fica o aviso para quem estiver vivendo isso no momento. – Bruno Santos
Assembling Symbols Into My Own Poetry – Alice Longyu Gao
Se você conhece a Alice Longyu Gao, provavelmente é do seu quase-hit “Come 2 Brazil”. Mas esse mini-álbum veio mostrar que ela é uma das mentes mais divertidas e abertas no pop. Ela começa o disco gritando com um porquinho, passa pela solidão da imigração, declara que ama mulheres coreanas e encerra acusando lésbicas de serem malucas. O arco narrativo perfeito. Um dos lançamentos mais criativos no pop alternativo este ano.– Maria Luísa Rodrigues
CACO/CONCHA – CACO/CONCHA
Uma das novidades da cena, Caco/Concha chega com um disco doideira e que realmente você deveria ouvir. É o disco de estreia deles que traz um mix de diversos gêneros musicais. É aquele disco que você consegue encontrar de funk à eletrônica e tudo mais um pouco. Aquele disco que vai muito além de só um primeiro disco e mostra para o que eles vieram. Som moderno que dialoga bastante com a geração de artistas que consegue fazer um som que mistura vários outros sons. Um disco potente, dançante, intrigante e que vai melhorando a cada faixa. Fiquem de olho, só foi o primeiro. – Alê Giglio
Caos – Alee
Uma das surpresas do ano pra mim foi o Alee. Eu não sou a pessoa mais ativa e que escuta a cena do trap. Mas esse disco me surpreendeu muito na questão criativa e como ele vai se desenvolvendo ao longo das faixas. É um disco que você vai ouvindo e cada faixa vai te colocando em diversos outros lugares, me lembrando bastante artistas como Lil Yatchy e até um pouco de Tyler, The Creator em alguns momentos. Fiquem de olho no Alee que vai vir com tudo. – Alê Giglio
EP01 – Paira
Provavelmente a maior revelação do indie brasileiro esse ano. Quem não se viciou em Paira curtindo breaks e guitarras, o que fez em 2024? Sejamos sinceros. Começando com a acelerada Música Lenta e terminando com a dolorida 19, o EP atravessa sentimento que só. Parece conter toda uma vida em menos de dezessete minutos. Sonzeira, ainda acompanhada de boas composições pra gritar junto de Clara e Dedeco ao vivo. – Maria Luísa Rodrigues
Escatologia – can sad
Escatologia, álbum de estreia do duo goiano Can Sad, é uma obra densa e provocativa que mergulha fundo nos meandros da saúde mental e da existência humana. O disco mistura rock industrial, math rock e rock instrumental com uma brasilidade sutil, criando uma sonoridade única e carregada de emoção. Cada faixa explora aspectos sombrios da mente, com camadas de distorção e ritmos intrincados que traduzem angústia, introspecção e momentos de libertação. É um trabalho que, no mínimo, pode ser corajoso. – Giovanni
Eu ainda tenho coração – Leall
Disco lançado depois que já tinha saído a lista do ano, entra na do próximo. Eia o Leall. Fazendo jus ao título do disco, o artista parece nos deixar entrar de verdade pela primeira vez. O rapper apareceu com o drill, mas aqui abre espaço também pras batidas e sentimentos menos apressados. Disco que convence logo de cara que ele é realmente um “menino predestinado”, com fala na ótima Besteiras. Samplear um Jorge Vercillo com moral e bom gosto pra falar de amor é pra poucos. Leall segue também com o título de melhor sotaque carioca na música, fácil. – Maria Luísa Rodrigues
FALA – Teto Preto
Mais uma doideira na lista é o novo disco do Teto Preto, que simplesmente mostra o quão foda eles ainda podem ser. O disco “Fala” traz discussões importantes sobre normas sociais e celebra a identidade LGBTQIAPN+. – Alê Giglio
Funeral for Justice – Mdou Moctar
Nosso Jimi Hendrix do Sahara está de volta com mais um disco pra explodir sua cabeça. Talvez você já tenha ouvido falar do Mdou Moctar, caso não, você precisa ouvir o trabalho dele pra sacar um pouco mais. Mdou é um artista da Níger e que vem conquistando o mundo com o seu som completamente dessa bolha industrial comercial. Além disso esse disco é soco na cara não só sonoramente mas como também na crítica política e social da relação colonial da França com o país. Esse disco é porrada pra todo lado. – Alê Giglio
Greatest Hits – Balming Tiger
Nessa lista, EP tá liberado. Ainda mais quando falamos de um EP que chega até a ser melhor que o álbum anterior do coletivo de K-Pop alternativo (e que entrou pra nossa lista do ano passado). O Balming Tiger voltou com o bom humor e os beats fortes, pontos que os diferenciavam desde a era no Soundcloud em 2018. Aqui, eles são ricos de espírito, amam bunda grande, questionam o capitalismo e se vangloriam de serem legais. São mesmo, não tem como negar. – Maria Luísa Rodrigues
Guabiraba Chicago – Paulete Lindacelva
Guabiraba Chicago pode até ser o EP de estreia de Paulete Lindacelva, mas ela já é estrela pra quem acompanha a cena eletrônica alternativa. Este trabalho é um resumo de vida e de influências. Como explícito no nome, é um house brasileiro que traça a ligação entre Guabiraba (bairro que nasceu em Recife) e Chicago. EP bom pra festa, pra varrer a casa, pra lavar a louça, pra ter força pro trabalho. Energia ele te dá. – Maria Luísa Rodrigues
Miniseries Vol. 2 – Slom e Sumin
Poucos fazem a bossa nova soar tão cool quanto Slom e Sumin. Isso ficou ainda mais claro com o single Spotlight, que antecipou o lançamento do Miniseries 2, sequência do extraordinário projeto de estreia da colaboração entre os produtores coreanos. Mas ficou tudo ainda mais cool com o disco inteiro. Voz e beats eletrônicos suaves o suficiente pra te fazer levitar mesmo enquanto a Sumin lamenta amores perdidos. – Maria Luísa Rodrigues
Noite de Lua Torta – Mundo Vídeo
Difícil definir esse disco e a proposta do Mundo Vídeo. O single O Que Nos Aproxima, por exemplo, soa tanto como sua próxima abertura de anime favorita quanto uma inspiração direta da geração mineira dos anos 1960. É, por muitas vezes, o eletrônico mais frito e indie rock mais introspectivo. Conseguindo colocar em palavras ou não, fato é que este é um disco pra renovar as esperança no indie carioca. – Maria Luísa Rodrigues
Ontem Eu Tinha Certeza (Hoje eu tenho mais) – Jovem Dionísio
Você já deve ter ouvido o “aaaaaaaaaa” do início de To Bem pela internet esse ano, mas a gente promete que tem mais de onde veio essa aí. A Jovem Dionísio lançou um álbum mais criativo e interessante que qualquer trabalho anterior da banda- sem abrir mão do humor que todo mundo sabe que eles têm. E tem potencial de conversão dos haters. Ouve a excelente “eu preciso te dizer que” e diz se essa não é uma das bandas que mais soam como ela mesma no Brasil. Beats excelentes – com dedo até de ex-integrante da banda Trombone de Frutas na produção, pra quem viveu – dignos de ter apenas uma versão instrumental do disco. Fica o pedido. – Maria Luísa Rodrigues
Outros Fios – Chico Bernardes
Chico Bernardes retorna após cinco anos com um trabalho que expande os limites de seu álbum de estreia, integrando sua base folk e acústica a elementos contemporâneos como sintetizadores vibrantes, percussões eletrônicas e arranjos mais elaborados. Reflexo de um período de aprendizado em produção e composição, o disco transita por temas confessionais e experimentais, misturando tristeza e esperança com uma sensibilidade artística ímpar. Inspirado por seu irmão Tim Bernardes, mas traçando seu próprio caminho, Chico oferece um álbum que é ao mesmo tempo inovador e próximo, apontando para uma contínua evolução no cenário da música brasileira. Outros Fios consolida Chico como um artista que sabe reinventar sua arte sem perder sua identidade. – Giovanni
Slow Burn – badbadnotgood e Baby Rose
Esse EP talvez não tenha sido tão falado por conta do ótimo álbum Mid Spiral. Mas é impossível passar para 2025 sem falar desse match que casou demais! Aliás, pega essa dica aqui: tire um tempo para colocar sua roupa mais elegante, pegue uma taça de vinho, acenda a luz baixa amarela e dê play em Slow Burn. É chique, delicado e com arranjos que arrepiam. A música “Caroline” é uma obra, e a que mais tem a cara do Badbadnotgood. É um EP curto, e o risco é ficar em loop eternamente. – Bruno Santos
The Last Will and Testament – Opeth
The Last Will and Testament é o décimo quarto álbum que consolida o Opeth como mestre do prog rock introspectivo. Com uma temática que explora a mortalidade, a ganância, o tempo e a aceitação do fim, o disco entrega uma sonoridade sofisticada, mesclando passagens acústicas melancólicas com arranjos elétricos intrincados. Liricamente e musicalmente, o álbum é um testamento à capacidade do Opeth de criar algo que é tão belo quanto sombrio.- Giovanni
Verde Limão – Monstro Bom
Uma das surpresas do ano foi a Monstro Bom, banda que tem apenas um EP e já mostrou suas caras na cena independente do Brasil. Aquele indie simples e bem feito sabe? Um EP direto que mostra o que a banda quer e pretende fazer nos próximos sons e discos. Você pode até associar a um som que já tenha ouvido, mas é algo muito bem feito, com pontos fortes nas suas músicas, riffs e letras bem cativantes que já fazem a galera cantar nos shows. – Alê Giglio
—
Participaram da seleção dos (extra) 20 álbuns de 2024: Alexandre Giglio, Bruno Santos, Giovanni e Maria Luísa Rodrigues
—
Mais notícias no Minuto Indie.
Siga nosso Instagram. Saiba mais em nosso Twitter. E fique ligado no nosso canal no YouTube.