Entre a música, moda e dramaturgia, Grace Jones e suas inovações definiram boa parte da estética dos anos 80
Hoje em dia, ao pensarmos na música pop e suas divas, uma lista enorme vem em nossas cabeças: Lady Gaga, Madonna, Britney, Ariana, Lana… e vai seguindo. Realmente, o pop é um estilo muito diverso, com muitas vertentes, fases e especificidades, mas lá atrás, nos anos 70, creio que se iniciava a carreira de uma das maiores divas que marcaram a música no geral: Grace Jones. Mas vamos ver o porquê.
A cantora jamaicana – atualmente com mais de 70 anos – teve uma carreira polêmica, inovadora e bem diversa, sem falar que continua com tudo até hoje (!). Começou a chamar a atenção quando fez uns bicos de modelo, já morando nos EUA. Sua beleza e estilo chamou muito a atenção das agências, que procuravam algo além do convencional da época. Não deu outra: entre Paris, Nova York e Londres, a vibe andrógena de Grace caiu no gosto do povo e rendeu fama merecida à artista, bem jovem no momento.
Não muito tempo depois, resolveu se aventurar na música (glória glória aleluia) e lançou seu primeiro disco, Portfolio, cheio de energia, com o vocal que dispensa comentários, né gente. E mais, com o melhor cover de La Vie En Rose que já vi. Vale a pena escutar pra conhecer o talento dela e ver como já começou com o pé na porta.
A partir daí, Grace se consolidou como uma artista muito importante, principalmente para a cultura queer e os Ballrooms existentes na cultura urbana dos anos 80/90. Gosta de Pose, do Ryan Murphy? Rupaul’s Drag Race? As duas obras já homenagearam a cantora – seja através de sua própria música, ou ao tratá-la como figura fundamental.
Nem precisa pensar muito pra saber o motivo: toda a vibe que ela transmite é digna de parar para ser apreciada. Dá uma olhada nessa cena da série que citei ali em cima (a melhor do Ryan, ok?) e veja como o clima da cena e dos personagens casam super bem com a música I’ve Seen That Face Before (Libertango):
Grace ainda lançou muuuuuuitos hits com o passar dos anos, sendo Nightclubbing (1981) e Slave To The Rythm (1985) seus trabalhos mais celebrados. São dois álbuns maravilhosos, com muitas músicas que grudam na cabeça, bom pra quem curte aquele refrão chicletão (dê uma olhada na playlist lá embaixo se curtir). E ainda teve sua carreira dentro do cinema, provando que é uma ótima atriz. Seus papéis mais marcantes foram como a amazona Zula, em Conan, o Destruido“, e May Day, do 007: Na Mira dos Assassinos, sendo os dois lançados nos anos 80.
Só falta um show, né? A última vez que ela veio para a nossa terrinha foi em 2016, em uma turnê m a r a v i l h o s a, e com um pique bom demais. Sério, não podemos esquecer que ela já está na casa dos 70. Quem tem esse molejo nessa idade? Dá até gosto de ver. O que nos resta é esperar alguém trazê-la…. Rock In Rio? Lolla? Popload? Show solo? De qualquer forma, enquanto esperamos, toma aqui esse showzaaaaço dela em 2017. É a prova de que, até hoje, é a diva das divas pop. É um presente para os nossos olhos e ouvidos.
Se liga nessa playlist: