Yamí une Itália, Brasil e Camarões em seis minutos de arte
Yamí, projeto do violoncelista italiano Federico Puppi com o percussionista brasileiro Marco Lobo, lançou recentemente uma explosão cultural em forma de música. Intitulada Bah’li, a canção possui instrumentos orgânicos e eletrônicos e toda uma quebra de barreiras geográficas. O trabalho tem ainda a participação do camaronês Njamy Sitson.
OS ARTISTAS:
Federico Puppi é mais um italiano radicado presente na cena musical brasileira. Em 2018, lançou o álbum Marinheiro de Terra Firme, o sucessor de Canto da Madeira (2015). Como produtor, trabalhou no disco Guelã, da Maria Gadú, por exemplo.
Diferente de Puppi, Marco Lobo trabalha com percussão e tem três álbuns solo. Além disso, tem na bagagem trabalhos com Milton Nascimento, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros. No duo Yamí, a percussão de Lobo inclui, além dos atabaques, instrumentos como berimbau. Apresenta também pads eletrônicos e outros instrumentos experimentais como hang drum, tubos e sucatas.
Njamy Sitson é multi-instrumentista, compositor, musicoterapeuta, ator e possui dois álbuns, African Angel (2016) e Kulu (2012). Influente, ele integra as academias Classica Afrobeat Orchestra, Modern String Quartett, Quinten Quartett (Bamberger Symphonic Orchestra), entre outras. Njamy promove oficinas e seminários vocais em percussão africana, canto, polifonia vocal para universidades, corais e orquestras clássicas, e é também professor da Faculdade de Medicina de Hamburgo.
BAH’LI:
Bah’li faz parte do primeiro álbum de estúdio do duo Yamí e traz consigo a mistura das raízes brasileiras, africanas e europeias. Puppi explica que a canção e toda a estética que a envolve é inspirada, principalmente, em Camarões. O italiano ensina que “a palavra bah’li significa ‘casa’, o lugar onde você se sente confortável. A letra que ele escreveu fala sobre isso, então Bah’li ficou como título”. Isso explica a escolha de uma moradia para a capa do single, sendo esta o tipo de construção típica no país de Njamy. Além disso, ele canta em sua língua-mãe, a medumba.
Ouça:
FICHA TÉCNICA:
Federico Puppi – cello + eletrônica
Marco Lobo – percussão
Gravação: Federico Puppi e Marco Lobo no estúdio Ouvido em Pé (Rio de Janeiro)
Mix: Diogo Guedes
Mastering: Giovanni Versari – La Maestà Mastering (ITA)
Arte capa: Gualtiero Terrealte
Compositores: Federico Puppi, Marco Lobo, Njamy Sitson
Produção: Marco Lobo e Federico Puppi
Produção executiva: Casa de Fulô.
[Foto: Ana Migliari]
MI NO YOUTUBE:
Mais notícias no Minuto Indie.