Da melancolia para um grito de esperança: lyric video de “It’s a new year and we’ve never been so old” foi divulgado na última sexta (28)
“Feliz ano novo” nunca fez tão pouco sentido como na entrada de 2019. Feliz para quem? O que deveria significar evolução e crescimento se transformou em um processo de desalinhamento e atraso. Entramos com o pé esquerdo em uma era de desalento que é palpável em todo o mundo. É um novo ano, mas nós nunca fomos tão velhos. É esse sentimento melancólico que marca o início do novo single de Thalles Cabral, It’s a new year and we’ve never been so old, lançado na última sexta-feira (28).
Sobre o single
Quantas vezes você já sentiu vontade de voar para outro planeta? Com arranjo psicodélico e órgão eletrônico, a canção apresenta uma narrativa introduzida pelo descontentamento e desejo de fuga da realidade, com vozes quase que não escutadas.
“Nós estamos vivendo uma época de retrocesso no mundo inteiro, com governos individualistas, discursos de ódio e a não aceitação da liberdade do próximo. Perdemos muita coisa como um efeito dominó”, conta Thalles. Composta pelo artista como um desabafo, o single também recebeu um lyric video realizado pelo artista Fabrício Lima. A capa do single ficou por conta de Gabriel Pardal.
Conforme a narrativa da canção se desenvolve, é possível notar o surgimento de uma ânsia pela mudança a partir de uma mensagem final de esperança. A fuga já não é mais uma solução, mas a luta sim. Com um coro infantil proferindo mensagens otimistas, a canção termina como um momento simbólico para mensagem transmitida. “No final do dia, o que nos resta? O amor, o afeto, a empatia. E é assim que a gente vai buscar a nossa evolução e lutar para que possamos, finalmente, ser ouvidos”, completa.
SOBRE THALLES
Com uma forte bagagem das artes cênicas, Thalles já mostra em sua música as influências do cinema, sempre trazendo doses de lirismo, dramas, paixões e personagens às canções. Seu primeiro álbum, Utopia, traz 11 faixas autorais divididas em dois atos: um mais solar e outro mais frio.
Seu rock alternativo ecoa com sons metalizados e elementos eletrônicos, com a presença de instrumentos como charango, viola violino, quarteto de cordas. Cada uma das músicas do disco formam uma história de um único universo narrativo, com clipes dirigidos pelo próprio Thalles.
Primeiro trabalho no Cinema
O primeiro trabalho de Thalles no cinema foi com o filme Yonlu, com direção de Hique Montanari, que resultou no prêmio de Melhor Ator pelo New Renaissance Film Festival de Amsterdam, além de Prêmio Humanidade pela mensagem social que o filme possui. Além disso, Yonlu também recebeu o prêmio Abraccine de “Melhor filme brasileiro de diretor estreante” na Mostra de São Paulo em 2017 e, recentemente, também recebeu indicação no Festival Internacional de Cinema de Madrid nas categorias de Melhor Filme e Melhor Ator. Thalles faz parte do elenco do filme O homem cordial, dirigido por Iberê Carvalho e estrelado por Paulo Miklos, que tem previsão de estreia para esse ano. Seu trabalho mais recente é o papel como protagonista no filme brasileiro Ecos do Silêncio, produzido pela Asacine, que se passa em três países: Brasil, Argentina e Índia.
Thalles
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