Edição celebra as produções dos artistas durante a pandemia
Nessa sexta-feira (13), a revista Rolling Stone revelou a capa da próxima edição do especial Musicians on Musicians com Taylor Swift e Paul McCartney. Recentemente trocando diversos elogios e inspirações, os artistas se reuniram em Londres para falar sobre música.
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Presos na quarentena e gravando álbuns, Taylor Swift e Paul McCartney tem um 2020 parecido. Ele gravou o McCartney III em sua casa, enquanto ela produziu um álbum simples, mas poderoso intitulado Folklore. A produção de Taylor é a mais vendida do ano e foi feita como uma nova exploração da versatilidade que a cantora possui e a capacidade de diversidade em produzir.
PAUL MCCARTNEY – MCCARTNEY III
Durante a conversa relatada na edição da Rolling Stone, Paul McCartney fala o processo de produção do seu álbum. No bate-papo, ele conta que teve a sorte de ter um estúdio ao lado de casa. Além disso, ele esteve ao lado da família, mais especificamente sua filha Mary e os netos, e também com o engenheiro de som Steve e o “cara dos equipamentos” Keith. O início de tudo foi uma “música para filme” que o cantor insistiu em criar, e a qual se tornou a primeira faixa do disco. A produção foi feita à base de piano ou guitarra com um pouco de bateria e baixo.
TAYLOR SWIFT – FOLKLORE
O ex–Beattle, então, questiona Taylor Swift sobre o processo dela. A composição das letras foi feita de uma forma que ela já conhecia, mas nunca havia tentado: à distância. Acostumada a compor lado a lado, verso a verso, pessoalmente, ela se viu na necessidade de trabalhar por e-mail, devido ao isolamento. E, para isso, ela convidou Aaron Dessner, da banda National, o qual foi o cara por trás da inspiração de trabalhar à distância.
“Eu sempre pensei: ‘Isso nunca vai tocar nas rádios pop’, mas quando eu estava fazendo ‘Folklore’, eu pensava: ‘Nada faz mais sentido. Se há caos em todos os lugares, por que não usar a maldita palavra que quero usar na música?”, comenta Taylor.
As considerações deram lugar às dicas sobre como produzir: “É mais música para você do que para apenas fazer um trabalho”. A industria não deve fazer seus artistas serem reféns, criarem algo “mais do mesmo” ou produzir música para o mainstream só para satisfazer buracos nos charts. Os artistas precisam ser livres para criar e, tanto Taylor Swift quanto Paul McCartney perceberam isso em seu isolamento e entregaram duas obras aclamadas por seu diferencial.
“Muitas vezes sinto que estou escrevendo para alguém que não está indo muito bem. Não de uma forma cruzada, mas estou tentando escrever canções que podem ajudar. Acho que esse é o ângulo que eu quero: aquela coisa inspiradora”, diz Paul.
O McCartney III chega às plataformas no próximo dia 11 de dezembro. A entrevista completa pode ser lida aqui.
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