bad omens

A banda de metalcore Bad Omens aposta em fortes influências do industrial em novo disco

 

O terceiro disco do Bad Omens é “THE DEATH OF PEACE OF MIND”

A banda americana Bad Omens lançou nesta sexta-feira (25) seu novo disco de estúdio “THE DEATH OF PEACE OF MIND“. O sucessor de “Finding God Before God Finds Me” (2019) traz uma vibe bem diferente dos seus últimos dois trabalhos, que se aproximavam mais ao metalcore da era Sempiternal do Bring Me The Horizon.

Em “THE DEATH OF PEACE OF MIND“, as influências do industrial, synthwave, do eletrônico, e até do pop moderno de The Weeknd, são muito presentes. Já adianto que o álbum não vai agradar todos os gostos, já que o seu ritmo é mais lento e a construção dessa nova sonoridade do grupo não se apressa, em alguns momentos até flertando com o experimental. Entretanto, essa construção lenta enfatiza os momentos mais marcantes do disco, aumentando a potência de faixas como “Artificial Suicide“, “Like A Villain” e “The Grey“.

A música que abre o álbum é “CONCRETE JUNGLE” e já estabelece o tom do disco. Vocais robotizados e elementos da eletrônica são aspectos bem marcantes na faixa. A canção vai em uma crescente, aumentando o hype para a sua porção final, que traz de volta o metalcore. “Nowhere To Go” é a faixa que sucede “CONCRETE JUNGLE” e traz influências de bandas como Bring Me The Horizon e Halestorm, flertando com um rock mais diretão. “Take Me Now” dá bastante destaque aos vocais de Noah Sebastian, que explora be; a sua extensão vocal, indo do agudo ao drive na mesma faixa. “The Death Of Peace Of Mind” é a música que leva o nome do disco e podemos considerá-la o carro-chefe do trabalho. Com fortes influências de The Plot In You, a faixa traz uma vibeJames Bond Goes Metal“, com bastante destaque aos vocais de Noah e um bom breakdown, se tornando um dos destaques do álbum.

 

What It Cost” é um interlúdio que introduz a faixa seguinte, o single “Like A Villain“, que com certeza é um dos pontos altos do disco. Noah explora muito bem os falsetes e um refrão chiclete, além de um riff contagiante.

“I know you tried your hardest

I know that you meant well, but you pushed me to the edge and I slipped and then I fell

I don’t know how long I’ll be holding on”

As coisas voltam a acalmar em “Bad Decisions” em uma faixa melancólica, com claras influências de artistas como The XX, The Weeknd e The Neighbourhood. “Just Pretend” traz um rock de arena muito bem feito com composição impactante e refrão chiclete.

“We’ll try again when we’re not so different

We will make amends, till’ then I’ll just pretend “

The Grey” é mais um single que, assim como “Like A Villain“, traz uma sonoridade mais próxima do metalcore, com um refrão cativante e um ótimo riff. A letra também se destaca, como no trecho abaixo:

“Gave you way too many chances you ran through em’ all

Got everything I could want but it wasn’t enough

Nobody left for me to talk to, nobody to call”

Em “Who Are You?”, o Bad Omens explora o eletrônico, com um vocal suave e sensual. Uma faixa que mostra muito a variedade sonora da banda. “Somebody Else” segue uma vibe similar, seguindo a estética dark e sexy proposta pelo disco. A a banda retoma o ritmo com a contagiante “IDWT$“, trazendo uma pegada moderna e com um show de produção. Essa faixa mostra, mais uma vez, o potencial do Bad Omens de se tornar uma banda gigante na cena do metalcore moderno.

O disco segue com a faixa “What do you want from me?“, que tem um pé forte no industrial, com claras influências da banda Health, e um drop absurdo. “ARTIFICIAL SUICIDE” é uma “Dethrone” parte 2, como já mencionamos aqui no site. É a música mais pesada do álbum, trazendo uma pegada de Slipknot, Bring Me The Horizon e até Korn. “Miracle” fecha “THE DEATH OF PEACE OF MIND”, fazendo um “build up” para um refrão chiclete e um riff pesado e poderoso. Os versos quase falados são um toque especial, que aumentam o impacto dos screams de Noah Sebastian e dos vocais robotizados.

Em suma, “THE DEATH OF PEACE OF MIND” é uma experiência altamente imersiva, rica em influências, e mostra a contínua evolução da cena do metalcore nessa nova década. Quem espera um disco de puro metalcore vai se decepcionar, pois a banda traz muito mais referências do que apenas este estilo e experimenta bastante em suas faixas. O Bad Omens não deixa a peteca cair, trazendo uma mistura interessante de gêneros, que promete muito em trabalhos futuros.

Mais notícias no Minuto Indie. Acompanhe nosso conteúdo em outras plataformas!

Autor

  • Juliana Guimarães

    Mestre em Microbiologia e doutoranda em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, que nas horas vagas escreve no Minuto Indie e joga videogame. Tem PhD em Emo e Metalcore, é fã de carteirinha do My Chemical Romance e ama musicais. Nunca foi vista sem delineador 🤫

Escrito por

Juliana Guimarães

Mestre em Microbiologia e doutoranda em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, que nas horas vagas escreve no Minuto Indie e joga videogame. Tem PhD em Emo e Metalcore, é fã de carteirinha do My Chemical Romance e ama musicais. Nunca foi vista sem delineador 🤫