Esther Building é o terceiro álbum dos irmãos André Faria e Murilo Faria. Ainda antes do lockdown, em 2020, eles alugaram um loft no edifício que dá nome ao trabalho e passaram dez dias compondo e produzindo as músicas. Poucos instrumentos, imersão total no processo e uma volta aos moldes da produção do primeiro álbum (como eles dizem “de uma maneira mais indie e desleixada”), foi o que eles buscaram pra não ter algo muito formal de um estúdio.
Tudo que está no álbum é o que eles gostariam de ouvir por aí, seja vindo deles ou de outros artistas. É a maneira espontânea como eles levaram esse trabalho, sem a pressão de querer agradar os outros. Com tudo isso temos uma mistura de synth, eletro e indie e uma pegada punk em alguns momentos.
Por conta da pandemia a turnê marcada na Europa foi cancelada e nesse meio tempo os irmãos se dedicaram apenas à trilhas para comerciais de TV , com sua produtora Evil Twin Music, produtora responsável também pela mixagem do álbum.
Mas pra quem possa lembrar, esse nem sempre foi o nome do projeto. Antes intitulado apenas como Aldo, em homenagem ao tio deles, agora com o falecimento do mesmo foi acrescentado o “St“. Quase dez anos atrás eles começaram a ter destaque na cena alternativa de São Paulo e chegaram a abrir show pro Radiohead (2018) e já tocaram em festivais internacionais como Primavera Sound, Canadian Music Week e Liverpool Sound City.
As músicas do Esther Building tem origens em cenas do cotidiano e na capital paulistana. Como a “Bell Jarr“, que abre o disco, inspirada em um totem de um café próximo à Praça da República. Mas também em amigos (Curly Mind), cachorro de estimação (Cashew Tree) e até na obsessão deles pela seita Heavens Gate (Comet Tail). Uma das mais bonitas é Golden Child, que é a faixa em homenagem ao tio Aldo. Destaque para Light Cracks, a mais animada do álbum, com beats contagiantes. É aquela que você vai compartilhar com os amigos pra conhecerem o som do duo.
Aproveita e já vai ouvir o álbum todo em um dos links abaixo!