Show da cantora lotou o Bar Opinião, em Porto Alegre
Porto Alegre foi palco de mais uma apresentação de Ana Frango Elétrico com a turnê Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua. Pela segunda vez no Opinião, a artista trouxe não apenas suas canções, mas um amadurecimento palpável – tanto dela quanto do público que lotou a casa. O sabor (delicioso) dessa apresentação foi diferente, mais íntimo e carregado de emoção, transformando a noite em uma celebração da música contemporânea.
O setlist passeou pelo disco que dá nome à turnê, mas, para a alegria das fãs, resgatou canções marcantes de álbuns anteriores como “Chocolate”, “Roxo” e “Mulher Homem Bicho”. Essas faixas, já clássicas para quem acompanha sua trajetória, foram entoadas em coro uníssono, evidenciando o quanto o público se sente conectado à artista. Essa conexão era palpável a cada interação. Ana, que oscilava entre uma postura tímida e uma entrega absoluta no palco, parecia criar um diálogo constante com os presentes, como se cada nota, olhar e sorriso fossem compartilhados em um espaço de absoluta cumplicidade.
Logo em frente ao palco, era impossível não notar as meninas de diferentes idades, jovens que se conectam profundamente com o jeito único e a musicalidade de Ana Frango Elétrico. O entusiasmo delas refletia um aspecto importante da obra da artista: sua capacidade de dialogar diretamente com uma nova geração que se reconhece na liberdade estética e emocional que sua música transmite.
Recém-chegada de turnês pela Europa, Ana Frango Elétrico trouxe ao palco um sopro de novidade e maturidade artística. Há algo inegavelmente sofisticado em sua performance, mas que não perde a leveza e o frescor de quem transita por diversos gêneros com a naturalidade de quem sabe exatamente onde quer chegar – ou, talvez, de quem simplesmente não se preocupa com isso. Suas melodias são um reflexo dessa geração liberta de amarras, cheia de personalidade e carregada de energia criativa.
O Opinião, que já presenciou tantos momentos emblemáticos da música brasileira, se tornou um espaço de celebração para uma artista que é símbolo dessa nova geração. Não foi apenas um show; foi uma experiência musical, um lembrete de como uma artista que sabe rir de si mesma, que se diverte, pode se conectar com um público de todas as idades.
Para quem esteve lá, ficará o sabor doce e envolvente de uma noite incrível de quem está apenas começando a solidificar seu nome entre os grandes da música. E, certamente, Porto Alegre deve estar na rota para as próximas celebrações. Esperamos que sim!