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O Smashing Pumpkins está de volta! Depois da ópera-rock Atum, de 2023, a banda liderada por Billy Corgan retorna agora com com Aghori Mhori Mei, um álbum que mescla elementos de rock alternativo, eletrônico e psicodélico. Billy diz que AM é uma volta às origens do SP, mas será que é verdade? Já adiantamos que este álbum continua mantendo o espírito experimental da banda, mas com um toque mais moderno e sombrio. Com dez faixas que exploram diferentes atmosferas e emoções, o disco oferece uma experiência imersiva que, ao mesmo tempo, remete às raízes do grupo e aponta para novas direções sonoras.

A abertura fica por conta de  “Edin” e que é um dos grandes destaques. A música se desenrola lentamente, com uma introdução quase contemplativa, até que guitarras distorcidas entram com força, criando uma construção dramática e envolvente. Com mais de seis minutos, é uma faixa que apresenta uma jornada sonora completa, alternando momentos de introspecção com explosões intensas de energia, que mostram como a banda domina a arte de criar camadas instrumentais densas.

“Sighommi”, por outro lado, oferece um contraste interessante. Com menos de três minutos, essa faixa traz uma energia mais crua e direta, lembrando as raízes mais punk e grunge do Smashing Pumpkins. A guitarra pesada e a bateria acelerada criam um ritmo eletrizante, mostrando que o grupo ainda sabe fazer músicas rápidas e impactantes sem perder sua sofisticação.

Entre as faixas mais experimentais, “999” se destaca pela sua sonoridade eletrônica e atmosférica. A música utiliza sintetizadores e batidas repetitivas para criar uma sensação quase hipnótica, levando o ouvinte a uma viagem imersiva. É um momento de respiro no álbum, mas também de profundidade, onde a banda flerta com um lado mais introspectivo e psicodélico, sem deixar de lado sua identidade.

“Sicarus” marca o retorno ao peso característico da banda, com riffs marcantes e uma pegada mais agressiva. Aqui, o Smashing Pumpkins resgata elementos do rock alternativo noventista, mas com uma produção mais moderna e refinada. A faixa é enérgica e densa, mas mantém uma estrutura clara, tornando-se um ponto alto.

O álbum se encerra com “Murnau”, uma faixa de quase cinco minutos que começa de forma melódica e suave, mas gradualmente se transforma em uma explosão sonora. É uma conclusão épica para Aghori Mhori Mei, que resume bem a proposta do álbum: uma fusão de texturas e emoções que vai do sutil ao grandioso, sem perder a coesão e a robustez de um arroz e feijão muito bem feito.

Em Aghori Mhori Mei, o Smashing Pumpkins continua sua trajetória de reinvenção, mantendo a capacidade de criar músicas envolventes, experimentais e desafiadoras. O álbum equilibra momentos de peso com faixas mais experimentais e atmosféricas, como nas menções honrosas como “Pentagrams”“Pentecost”, “Goeth the Fall”, que continuam a oferecer uma experiência rica, diversificada e que é uma carta de agradecimento (em especial) para os fãs de longa data. Resumindo, é um álbum que soa mais como um come back de um Smashing Pumpkins mais rock do que experimental, algo que a banda fez, continua fazendo e que provavelmente continuará a fazer.

Devo ressaltar, capa estranha, bizarra, mas eu gostei.

 

Autor

Escrito por

Giovanni

Me considero um fã de prog, metal, jazz e indie.

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