Tá difícil a quarentena, né, minha filha? Mas, fica tranquilo, que o Minuto Indie vai hoje te levar para ver o céu — e as estrelas — com os últimos lançamentos e lives de Pink Floyd 

Alguém aí quer ver o que está do outro lado da parede? Um dos maiores expoentes do rock psicodélico e progressivo, a banda Pink Floyd — e claro, nós — iremos, hoje, te ajudar. Durante a quarentena, o grupo  — mesmo junto, mesmo separado — vêm unindo forças para trazer conforto ao lar de seus milhares de fãs que talvez estejam aflitos ou simplesmente entediados durante esses últimos dias, a partir de lives e novidades em suas redes sociais. 

O MI reuniu para você algumas das últimos atualizações do grupo. Vamos lá?

Roger Waters tranquilamente encostado na parede pensando consigo mesmo: “calma, guri, não tem nada do outro lado aí não. São só tijolos na parede”.

Uma das principais ferramentas de divulgação de Pink Floyd, atualmente, tem sido as redes sociais. Lá pelos tempos da banda, nos anos 60, a tecnologia ainda não era tão acessível quanto é hoje em dia. Bastava ligar o rádio – ou, ir lá fora, ver o show. Hoje, a ascensão de smartphones e mídias como Youtube tornam possível a conexão de milhares de pessoas ao redor do mundo, fornecendo a interação social necessária em tempos difíceis.

O mês de Maio para Pink Floyd começou com estilo

Pôster de divulgação de uma série de shows realizados por Pink Floyd no “Carnegie Hall”, em maio de 1972. Fonte: reprodução.

Lembrando os fãs todos os dias de permanecerem saudáveis, seguros e em casa, um dos principais lives que reuniu sua fanbase e contou com comentários ao vivo foi o concerto de “Pink Floyd Live At Pompeii”, que foi disponibilizado por 24 horas ininterruptas há poucos dias atrás, em 24 de fevereiro de 2020. “Uma ótima forma de começar o final de semana”, segundo a banda. 

Pink Floyd tocando e respeitando a distância social before it was cool. Fonte: reprodução.

Na sexta-feira da mesma semana, o grupo também disponibilizou “An Hour With Pink Floyd” — originalmente gravado em 1970, o upload no canal oficial do grupo se trata de uma campanha beneficente que pode ser assistida no link abaixo. O vídeo conta com a apresentação de músicas consideradas clássicas de Pink Floyd, como “Atom Heart Mother”, “Green is the Colour” e “Careful with that Axe Eugene”. 

https://www.youtube.com/watch?v=dWiOqclsTlE

Também disponível para iluminar seus dias em diversas plataformas de música como Deezer e Spotify, o compilado feito pela banda “The Later Years”, clicando aqui.

Ah, e tem uma filmagem reeditada de 90 minutos de um show realizado em 20 de outubro de 1994 no Earls Court, em Londres. A versão conta com a seguinte playlist:

0:00 Speak To Me
1:17 Breathe (In The Air)
4:00 On The Run
7:43 Time
14:23 The Great Gig In The Sky
19:34 Money
28:30 Us And Them
35:31 Any Colour You Like
38:48 Brain Damage
42:34 Eclipse
44:27 Sorrow
55:37 Keep Talking
1:03:13 High Hopes
1:11:20 Wish You Were Here
1:17:30 Comfortably Numb

Assista abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=hokGXqEsCXk

Cuidado com os porcos voadores…

Poster (an advert) para um dos shows de Pink Floyd realizados em 1997, na tour “In the Flesh” — o título da turnê, posteriormente, foi utilizado no “The Wall”. Fonte: reprodução.

CURIOSIDADES E BRINCADEIRAS

Além de shows, músicas e diversas reproduções ao redor do mundo, uma banda, para permanecer no topo, precisa ter jogo de cintura. E Pink Floyd, que iniciou lá, um pouquinho longe, com Rick Wright, Roger Waters, Nick Mason e, posteriormente, Syd Barrett e David Gilmour, tinha isso de sobra. 

A partir de experimentações sonoras e visuais, a banda se destacou na cena do underground e desde então não parou mais — começou como “Sigma 06” até visitarem o lado escuro da lua e se tornarem Pink Floyd. Seu primeiro álbum, “The Piper At The Gates Of Dawn” (1967) é considerado, majoritariamente, um clássico pelos fãs do grupo.

THE ONE AND ONLY: SYD BARRETT

Alguns já sabem, mas a denominação do grupo como “Pink Floyd” surgiu a partir do nome dos dois gatos de Syd Barrett. Imagem: reprodução.

O MUNDO DO CINEMA

Para quem curte Pink Floyd, a banda também deixou seu legado na sétima arte. Confira três filmes para assistir — ou, rever! — nessa quarentena: 

“Pink Floyd – The Wall” (1982)
O filme retrata a trajetória do astro de rock Pink lidando com suas paredes — internas e externas. A trama conta com controvérsias interpretações feitas pelos seus fãs, ora o protagonista sendo visto como Roger Waters, ora como Syd Barrett. Talvez, seja os dois. 

Filme “Pink Floyd – The Wall” de 1982

“Roger Waters – The Wall” (2014)
Desta vez, o filme-documentário conta com a trajetória de Roger Waters, escrito e dirigido por si mesmo e por Sean Evans. Mostra o que está por trás das paredes de suas concepções sociais, psicológicas — e, consequentemente, artísticas — unindo a experiência e vivência pessoal do músico com trechos de sua turnê mundial “The Wall”.  

“The Wall”, live on tour. “So ya, thought ya, might like to go to the show?”

“Roger Waters: Us + Them” (2019)
Lançado no ano passado, o documentário conta com a mesma direção anterior e trechos da polêmica tour que passou pelo Brasil, em tradução livre: “Nós + Eles”, também título de uma das canções do álbum “The Dark Side of the Moon” (1973) de Pink Floyd. 

Sua passagem pelo Brasil durante o período eleitoral causou barulho: Waters utilizou a hashtag “#EleNão” no telão durante os shows, além de colocar o até então candidato à presidência da república, Jair Bolsonaro, em uma lista de políticos neofascistas. Suas manifestações incomodaram Messias, que pediu ao TSE inelegibilidade de seu principal rival político, Fernando Haddad, apontando que a turnê se tratava de uma “campanha política financiada pela Lei Rouanet”.

Entre outros atos e entrevistas cedidas pelo artista, o inglês também homenageou figuras como Marielle Franco, Moa do Katendê e pediu resistência ao povo brasileiro. 

“Are there any queers in the theatre tonight? Get ‘em up against the wall! Now that one in the spotlight, he don’t look right to me, get him up against the wall!” – “In the Flesh”, Pink Floyd

“Eu tenho algumas más notícias para você, querido! Pink não está bem, ele permaneceu no hotel. Nos enviaram como uma banda substituta e vamos descobrir onde vocês, fãs, realmente estão […] quem deixou toda essa escória entrar? […] se isso fosse do meu jeito, eu fuzilaria todos vocês!” (trecho em tradução livre de “In the Flesh”, do álbum “The Wall”).

“Diga-me, algo está iludindo você, querido? Não é isso que você esperava ver?”

Acompanhe a música “In The Flesh?” abaixo, legendada em português:

[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=zjI_I2daiv8[/embedyt]

Ah, claro, o mundo dos seriados televisivos também bebem na mesma fonte do grupo. Nos últimos dias, o final da terceira temporada de “Westworld” contou com “Brain Damage/Eclipse”, de Pink Floyd, como trilha-sonora. Na trama, o cenário é distópico e retrata uma realidade que muitas vezes não queremos encarar — sem mais spoilers, adiantamos que o elenco é de peso e se equilibra com atores como Anthony Hopkins, conhecido por interpretar papéis como Hannibal, no cinema, e Evan Rachel Wood, como uma das protagonistas, a doce e amarga Dolores. Ah, claro, até nosso ator brasileiro Rodrigo Santoro está por lá! 

Evan Rachel Wood como “Dolores Abernathy” na série “Westworld”. Imagem: reprodução

Leia também – Roger Waters anuncia nova turnê: “This is not a Drill”

Apenas sorria e acene…

David Gilmour e seu bom humor em uma das exposições de Pink Floyd, “Their Mortal Remains”. Na foto, uma camiseta amarela com os dizeres “eu odeio Pink Floyd”. Fonte: reprodução.

As ruas falam – escute:

Uma mensagem de Pink Floyd

“Nestes tempos difíceis, gostaríamos de desejar a você todo o melhor e esperamos que você e sua família permaneçam bem e em segurança”

Pink Floyd, “Atom Heart Mother” – também conhecido como “aquele álbum da vaquinha”. Fonte: reprodução.

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Breathe, breathe in the air
Don’t be afraid to care

Leave, but don’t leave me
Look around, choose your own ground

For long you’ll live and high you’ll fly
And smiles you’ll give and tears you’ll cry

And all you touch and all you see
Is all your life will ever be

R E S I S T N E O – F A S C I S M 

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