Hoje (04) é o lançamento oficial do EP “Sessões da Casa Aberta”, do artista Santos. Você pode conferir todas as faixas pelo site BandCamp. Além, disso o cantor está cheio de novidades para o mês de Julho. Mais especificamente sobre a divulgação do novo trabalho.
O blog Minuto Indie conversou por alguns instantes com Santos sobre o início do projeto, shows que já realizou, o trabalho com o Felipe Aguiar do Gordutrans, etc. E você pode conferir a entrevista na integra.
Entrevista com Lucas Santos
Minuto Indie: Qual foi o momento em que você decidiu iniciar esse projeto sozinho?
Santos: Eu já tive bandas na adolescência, pelos idos de 2010 a 2012, mas todas eram escolares e acabaram muito rápido. Eu voltei a pensar em fazer música depois de começar o projeto Subsolo com uns amigos, que divulga música independente com audiovisual. Daí foi no fim de 2015 que comecei a escrever algumas coisas, conheci a galera da Lixo Records, selo que lançou muita coisa em 2016 aqui no Rio. E aí comecei a gravar os primeiros materiais.
Minuto Indie: Qual foi o shows mais marcante que você fez até o momento? Por que?
Santos: O show mais marcante que fiz até hoje foi do projeto Dogma, onde faço um noise de improviso ao vivo. Foi num dia onde eu não lembro muito bem o que falei, fiquei uns 15 minutos tocando e falando tanta coisa que eu nem estava chapado, mas pareceu. Música é realmente uma droga do bem. Com o projeto Santos, foi a última apresentação na turnê da galera da Geração Perdida de MG. Foi um rolê onde vi vários caras que eu sou fã me ouvindo tocar, isso é sempre irado.
Minuto Indie: Como foi sua parceria com o Felipe Aguiar (Gorduratrans) na gravação de “Suor”?
Santos: O Felipe me emprestou a guitarra dele – que meio que não é dele hahahahaha. E depois masterizou tudo que eu fiz de curioso. Eu lembro que gravei as vozes com um celular positivo, a guitarra foi numa interface que estava com uns ruídos estranhos. Para consertar tudo coloquei até simulador de distorção na voz. O Felipe teve a paciência de masterizar tudo, o cara é mesmo foda. Acho que o novo lançamento do Gordura mostra o quanto ele e o Luiz são bons no que fazem.
O Novo Trabalho
Minuto Indie: Você informou que duas das músicas que irão compor o novo EP são inéditas. O que você estava ouvindo que te deu a inspiração para criá-las?
Santos: Sim, são Ímpar e Nós. A primeira foi a última música que escrevi e decidi colocar no set do próximo disco. Ela é meio uma colagem de várias experiências. Em cima de uma certeza que eu tenho, de que não somos tão importantes assim quando achamos que somos. A galera do rolê de música independente às vezes se acha muito superior. Se coloca nessa posição de artista, rola uma soberba por parte de muitos e no fim das contas a gente esquece coisas fundamentais, como família, amigos, o sofrimento de pessoas à volta, etc. “Nós” já é uma música de amor, como vai ser o disco, que é oferecido à Danielle, companheira de vida minha. Muita coisa do próximo álbum é dedicada a ela por vários motivos. Essa música conta um pouco dos motivos.
Minuto Indie: Há algum show agendado para a divulgação do novo EP?
Santos: Esses EPs live foram uma forma de lançar materiais ainda sem serem trabalhados em estúdios. Apresentando assim um avanço nas apresentações ao vivo. Cada um ficou com um timbre diferente, arranjos variaram, sempre em um espaço diferente. Foi uma forma de mini documentar o que foi essa primeira parte desse ano. Além de agradecer pelas amizades, pelo apoio de algumas pessoas e algumas respostas que me deram.
Esse show na casa aberta foi o início de um evento que agora produzo mensalmente lá, chamando a galera da cena, podendo ajudar a casa a continuar sendo coletiva de fato, trazendo variedade, propostas diversas, etc. Os shows continuam, esse mês toco em um festival de cinema que vai rolar aqui no Rio, nesse semestre devo ir pra SP também. Ano que vem que vai rolar uma turnê do próximo álbum, a turnê do “Afeto”, já com uma formação de banda e algumas surpresas.
Confira o EP “Sessões da Casa Aberta” e outros lançamentos de Santos clicando aqui.
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