Confira os álbuns nacionais e internacionais de rap que se destacaram neste ano
O rap vem se destacando como um dos gêneros mais promissores e populares nos últimos anos, atraindo até mesmo quem ainda não gostava de ouvir – ou tinha puro preconceito musical com o ritmo. Em 2019 não foi diferente. Álbuns internacionais e nacionais se destacaram no mundo da música, e agora você pode conferir alguns deles. Os discos não seguem uma ordem, e para um estilo tão abrangente como o rap, é claro que não dá para falar de todos. Confira agora alguns dos melhores discos de rap de 2019!
Melhores discos de Rap 2019
IGOR – Tyler, the Creator
Lançado em maio, “IGOR”, o sexto álbum de estúdio do rapper Tyler, the Creator, reafirmou a potência lírica e a qualidade de produção de Tyler. Mas o que marca o disco é a capacidade artística do rapper de criar conceitos estéticos envolventes e alinhados a uma narrativa. Falando sobre amor, obsessão e por fim, a angústia e a decepção que envolve todo esse processo, Tyler nos atinge na alma e se fixa em nossos pensamentos com suas beats e versos elaborados. Todo o conjunto da obra leva a um resultado conciso, criativo e íntimo que se consolidou como um dos melhores discos de rap de 2019. Exemplo disso é a faixa “EARFQUAKE”, que fica na cabeça rodando junto com a pessoa amada por horas depois que você escuta apenas uma vez:
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Ladrão – Djonga
Abram alas pro Rei. O rapper mineiro Djonga lançou seu terceiro álbum, “Ladrão“, em março, e ele continua sendo um dos mais ouvidos do ano até agora. Isso porque Djonga desde o início mostrou que não veio pra brincadeira, e o seu trabalho só melhora cada vez mais. O disco traz história, ancestralidade, romance, e claro, a denúncia sobre o racismo e outros problemas sociais que envolvem diretamente a realidade brasileira. Com “Ladrão”, Djonga se consolida definitivamente na cena e se destaca como um dos melhores do ano e do Brasil.
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All My Heroes Are Cornballs – JPEGMAFIA
JPEGMAFIA chegou pesado com o seu terceiro disco, “All My Heroes Are Cornballs”, lançado em setembro. As beats mais impactantes do ano colam na cabeça e te faz pensar tudo fora da caixa. A produção impecável e as temáticas criaram uma esfera expansiva que quase frita o cérebro de tanta novidade. Com uma estética multifacetada e sonoridades interdimensionais, o disco se destaca como um dos melhores do ano.
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Músicas para Drift Vol. II – Yung Buda
Se esse não é o melhor trabalho de rap nacional experimental que você vai ouvir esse ano, não sei qual poderia estar em seu lugar. Autêntico, conceitual e impecável: isso é “Músicas para Drift Vol. II”. No mundo do rap, é difícil selecionar apenas discos, já que muitos EP’s e mixtapes se destacam ainda mais que álbuns. Exemplo disso é a última mixtape do rapper Yung Buda. Lançada em 1º de abril, até parece realmente ser mentira um trabalho com tanta potência. “Músicas para Drift Vol. II” não é apenas um dos melhores trabalhos de rap nacional, mas da música no geral. Não se encaixa apenas em um estilo e delineia diversas sonoridades com a produção toda feita pelo próprio Yung Buda. Samples inimagináveis para o rap trabalhados com um quê a mais de eletrônica e distorções sonoras que cativam qualquer ouvinte, além da lírica inconfundível do rapper, fazem da mixtape o maior destaque do rap nacional no ano de 2019. Pra quem conhece, fica ainda o recado: Rejeite Falsos Ícones.
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ZUU – Denzel Curry
O rapper Denzel Curry lançou seu quarto álbum, “ZUU”, no dia 31 de maio e desde então se destacou como um dos melhores trabalhos de 2019. Após o sucesso do disco anterior, “Ta13oo” (2018), Denzel chega mais atrelado à realidade, mostrando um lado mais íntimo no novo trabalho. O disco traz referências culturais do rapper e se desenvolve com uma nostalgia levada por beats bem produzidas e conceitos que fazem dele um dos melhores do ano.
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Lógos – niLL
O rapper niLL sempre surpreende com sua capacidade artística de apresentar algo novo com uma autenticidade ímpar. O segundo álbum, “Lógos”, foi lançado em agosto e traz melodias e lírica deliciosas. É como se a música que niLL faz realmente fosse para degustar, calmamente, para apreciar todas as suas qualidades e viajar nas sonoridades e conceitos. Do pensamento racional ao delírio itinerante, niLL se destaca com um dos melhores trabalhos de 2019.
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Eve – Rapsody
“Eve” é o terceiro álbum da rapper norte-americana Rapsody, que começou sua carreira ainda nos anos 2000. Lançado em agosto, o disco traz cada faixa nomeada em homenagem a uma mulher negra importante na vida de Rapsody, mas vai bem além disso. Os samples, as beats e a produção lembram o hip-hop da década de 90 e um pouco do estilo mais clássico de MC. A sonoridade carrega influências de Lauryn Hill, uma das maiores artistas de hip-hop do mundo. Em “Eve”, Rapsody conta a luta dos negros a partir de uma perspectiva totalmente feminina, o que, junto a toda a qualidade técnica, faz do disco um dos destaques de 2019.
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porque eu prefiro falar de amor – nabru
Após o sucesso do EP “Marquises e Jardins”, a MC mineira nabru lançou a mixtape “porque eu prefiro falar de amor” em agosto deste ano. Com a autenticidade que carrega em todos os seus trabalhos, nabru fala de tudo de forma rasgada, denuncia os problemas sociais e fala de si mesma em sua própria linguagem. A mixtape reúne vários fragmentos e conta com a participação de diferentes beatmakers, trazendo um projeto mais descompactado e livre. O novo trabalho trouxe outro lado de nabru e se destaca por representar uma artista original do hip-hop. Ela enfrenta um espaço majoritariamente ocupado por homens, mas bota a cara na rua para lutar e conquistar o que é seu por meio da arte.
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Jesus Is King – Kanye West
O rapper e produtor Kanye West lançou seu nono trabalho, “Jesus Is King”, em outubro deste ano. Para fãs do artista e propriamente de rap, o álbum não se destacou tanto quanto seus antecessores. No novo trabalho, Kanye explora o gospel, mas as temáticas tratam muito mais de sua própria fé do que de um discurso religioso pronto. Na realidade, tem mais a ver com seu novo modo de vida e a forma como isso atinge a sua saúde mental. De todo jeito, se destaca como um dos melhores do ano pela qualidade técnica e produção impecável, além da lírica que traz uma junção fiel do gospel ao rap – até porque no mundo do hip-hop os dois estilos não andam totalmente separados.
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Veterano – Nego Gallo
Um dos trabalhos mais impressionantes e originais de rap nacional do ano foi “Veterano”, do rapper cearense Nego Gallo, lançado em janeiro. Com um flow inigualável, lírica carregada de referências e situações que envolvem a capital Fortaleza, cidade onde vive, Nego Gallo trouxe um reflexo íntimo da realidade da favela, onde realmente nasce o underground no hip-hop. Misturando os ritmos cearenses como forró, brega e com fortes influências do reggae, “Veterano” é um retrato singular do rap nacional em ascensão.
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Fever – Megan Thee Stallion
Lançada em maio, a mixtape de estreia da rapper Megan Thee Stallion, “Fever”, é uma explosão artística que lembra as grandes ícones do rap feminino clássico norte-americano. Carregado de influências e um discurso feminista, “Fever” traz à tona a crítica à imagem das mulheres negras nos filmes e nos clipes de hip-hop, se colocando acima disso e impondo seus próprios desejos e pensamentos. O flow potente e as técnicas vocais e líricas de Megan, além do conceito empoderado e afirmativo, fazem de sua estreia um dos destaques de 2019.
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Grande! – Karol de Souza
A MC curitibana Karol de Souza lançou seu álbum de estreia, “Grande!”, em novembro e já se destacou na cena nacional. Com forte discurso sobre empoderamento, quebra de padrões estéticos e uso de rimas ácidas, Karol se mostra uma artista promissora. Qualidade vocal, flow, beats empolgantes e críticas sociais fazem do disco um dos destaques de 2019.
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Anger Management – Rico Nasty e Kenny Beats
O projeto da rapper Rico Nasty com o produtor Kenny Beats, “Anger Management”, foi lançado em abril de 2019 e trouxe uma escala multifacetada de sonoridades e temáticas subversivas. A inconfundível voz de Rico Nasty se expande e testa novos limites no projeto, alcançando tons que combinam com as batidas eletrizantes de Kenny Beats. As faixas são pesadas e trazem o melhor do rap contemporâneo, fazendo do EP um dos destaques do ano.
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Rap de Massagem – Hot e Oreia
Quando o assunto é humor, Hot e Oreia trazem sempre o melhor. O duo mineiro já consolidou a rima cômica no rap nacional, e com o disco “Rap de Massagem” não foi diferente. Lançado em julho, o álbum traz os rappers refinados, com lírica afiada e conceitos dinâmicos e extrovertidos. Mas se engana quem pensa que Hot e Oreia é só sobre humor. A qualidade e técnica do duo fazem do disco um dos destaques de 2019, não só no rap, mas na música nacional como um todo.
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Ignorance Is Bliss – Skepta
Skepta sempre impressiona pela qualidade em todos os níveis de produção e criação artística. O rapper lançou seu quinto álbum, “Ignorance Is Bliss”, em maio. O novo disco se destaca pelo uso de novas vertentes do rap, com um estilo inusitado e produções mais experimentais. O rapper britânico é famoso por ser um dos maiores destaques do Grime, um dos estilos do rap urbano mais explorados nos anos 2000. Mas em “Ignorance Is Bliss”, Skepta vai além, explora outras sonoridades e se destaca como um dos melhores do ano.
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O.N.F.K. – Amiri
O rapper Amiri se destaca em 2019 com o lançamento do álbum “O.N.F.K.”. Lançado em novembro, o disco traz um mergulho profundo na cultura e identidade negra, tratando sobre diversos aspectos da realidade que enfrenta no Brasil não só atual, mas desde o início da história. Rimas bem construídas e autênticas junto a uma mensagem impactante traçam as faixas desse trabalho que definitivamente marca a potência do rap nacional.
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U Know What I’m Sayin? – Danny Brown
Um dos melhores álbuns de rap internacional com certeza que é “U Know What I’m Saying?”, do rapper americano Danny Brown. Lançado em outubro, o disco traz rimas afiadas, beats bem trabalhadas e uma produção impecável, além de parcerias que contribuíram maravilhosamente para a qualidade do trabalho. Consistente e impressionante, o disco traz o rap cru balanceado com novas técnicas e um quê a mais de humor, o que gerou um resultado impressionante e marcou 2019.
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OITOOITO – Qua$imorto
O rap underground no Brasil é pouco aclamado para o tanto que acrescenta ao hip-hop nacional. O grupo Qua$imorto não poderia ficar de fora dos destaques do ano. O lançamento do disco de estreia, “OITOOITO” prova ser um dos trabalhos mais sólidos e incríveis da cena fora da curva do hype nacional. Líricas estrondosas, que racham a cabeça e trituram as noções de técnica e estilo, além de temáticas espinhosas e conceitos profundos, impulsionam cada faixa em uma batida energética e potente. O trabalho rasga a cena e triunfa com uma qualidade que deveria ser muito mais valorizada. Quando se trata de rap, o underground realmente predomina.
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Bandana – Freddie Gibbs e Madlib
Freddie Gibbs e Madlib são grandes nomes do hip-hop internacional e nos presentearam em 2019 com o disco “Bandana”, um projeto colaborativo imagético e dotado de experimentalismo, além de muito conceito e técnicas únicas de produção e criação artística. Os detalhes das faixas criam esferas interdimensionais que se transformam a cada nova sonoridade, fazendo do álbum um dos grandes destaques do ano.
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AmarElo – Emicida
Em seu terceiro disco, “AmarElo“, Emicida traz à tona um dos trabalhos mais marcantes da cena nacional em 2019. Sempre com muita verdade, história, qualidade e emoção, Emicida é uma das grandes referências nacionais do hip-hop, e consegue passar sua mensagem pela música e para além dela. Rimas e temáticas bem brasileiras elevam o rap nacional a outro patamar nas palavras e versos de Emicida, fazendo do disco um verdadeiro triunfo em um ano tão tumultuado e conturbado para o Brasil.
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Padrim – FBC
O mineiro e veterano FBC lançou a braba com o álbum “Padrim”, que chegou aos ouvintes em novembro. Grande destaque do trap nacional em 2019, o segundo álbum do rapper chegou explosivo, com rimas ainda mais potentes e sonoridades que não deixam ninguém parado. FBC já havia dado o recado com “S.C.A.” (2018), e agora se reafirma como um dos artistas mais importantes da cena nacional, com influência em uma geração de ouvintes que vem das comunidades e confiam na conquista de seus sonhos.
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Doka Language – Sidoka
O rapper mineiro Sidoka vem se destacando nacionalmente pela autenticidade e referências únicas. O disco “Doka Language”, lançado em julho, fez um rebuliço no trap nacional e traz literalmente uma linguagem própria de Sidoka. Lírica afiada e um toque de humor criativo e inconfundível, feats e produções impecáveis fizeram do álbum um dos grandes destaques do ano.
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Mundo Manicongo: Dramas, Danças e Afroreps – Rincon Sapiência
Rincon Sapiência retorna à cena reforçando seus conceitos e ampliando seu repertório com o lançamento de “Mundo Manicongo: Dramas, Danças e Afroreps”. Cravando novamente a cultura africana, dialogando com elementos de diversos estilos e fazendo músicas dançantes, Rincon Sapiência trouxe um dos melhores trabalhos do ano. Criatividade e versatilidade são as maiores marcas de seu trabalho e o enredo que perpassa o novo álbum confirma que o artista é um dos maiores representantes do resgate cultural africano na música nacional.
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Abaixo de Zero: Hello Hell – Black Alien
O terceiro álbum do rapper Black Alien foi lançado em abril, surpreendendo a todos que achavam que demoraria muito tempo para que o artista voltasse a fazer um novo trabalho. Pelo contrário, “Abaixo de Zero: Hello Hell” chegou como uma das principais obras de Black Alien. Criatividade e risco fizeram do disco um triunfo na cena nacional em 2019. O flow rápido e inconfundível unido a referências da longa experiência musical de Alien e a uma produção refinada fizeram do álbum um destaque do ano.
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Deathsound Vol. I – CARD
CARD chegou pesado em 2019 com o lançamento de “Deathsound Vol. 1”. A mixtape une versatilidade, beats eletrizantes e uma onda dark wave que só o seu estilo único proporciona de forma despojada. A forma como o rapper mineiro trabalha diversos estilos e se mantém original na lírica, flow e produção, além de uma visão artística à frente do que vem sendo produzido faz do trabalho um dos destaques de 2019.
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É claro que diversos nomes ficaram de fora, afinal não dá para falar de todos. Mas as listas funcionam muito mais para apresentar alguns destaques do ano a quem ainda não conhece ou explora do que para classificar o trabalho dos artistas. Afinal de contas, arte não foi feita para rankings, e o rap é bem maior que isso, principalmente em uma era de singles e clipes. O importante é sair da caixa e ouvir de tudo. O rap é um dos estilos mais importantes no Brasil e a tendência é crescer cada vez mais, você não pode ficar de fora disso.
Confira a nossa playlist dos melhores discos de Rap de 2019:
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