IDLES retornou em fevereiro desse ano com seu quinto álbum de estúdio da banda britânica, TANGK, marca uma evolução sonora impulsionada pela colaboração com o renomado produtor Nigel Godrich, conhecido por seu trabalho com o Radiohead. Enquanto o vocalista Joe Talbot, vocalista e principal compositor do quinteto britânico, viveu uma montanha russa. Se casou, teve um filho e se divorciou. Esses eventos ocorreram entre CRAWLER (2021) a TANGK (2024), Joe descreve o álbum como ‘canções de amor’ e ‘um símbolo de viver no amor’, a instrumentalidade se revela a força motriz por trás desse sentimento, explorando diversos gêneros e novas texturas para a banda.
A faixa de abertura, “IDEA 01”, serve como uma introdução que define o clima do álbum. Climas introspectivos, mas cheios de camadas, SFX reverberados, guitarras distorcidas e percussivas criam uma atmosfera pulsante, preparando o terreno para a explosão de energia que segue. “Gift Horse” mantém a intensidade com riffs agressivos e baterias vigorosas, mas incorpora sintetizadores atmosféricos que adicionam uma nova dimensão sonora.
Em ”POP POP POP”, um território inesperado se desdobra. Baterias sincopadas e sintetizadores pulsantes flertam com o hip-hop, criando uma atmosfera moderna e dançante. Essa experimentação continua em ”Roy”, onde a banda incorpora elementos de música eletrônica, com pads atmosféricos e vocais distorcidos complementando a base rítmica sólida.
O lado experimental de TANGK não se limita aos sons eletrônicos. ”A Gospel” remete aos hinos tradicionais de gospel, com piano e órgão criando uma atmosfera solene, mas é atmosférica, causando um sentimento de introspecção. Em ”Dancer”, ironicamente a faixa mais dançante, eletrizante e caótica (no bom sentido) do álbum, uma colaboração com James Murphy e Nancy Whang, do LCD Soundsystem resulta em uma música dançante com grooves irresistíveis e sintetizadores hipnóticos.
”Grace”, por outro lado, apresenta uma faceta mais introspectiva. O piano melancólico e as baterias sutis criam uma atmosfera pensativa, em contraste com a energia das faixas anteriores. Em ”Hall & Oates”, a banda presta homenagem à dupla homônima com um toque de humor, usando sintetizadores vintage e grooves inconfundíveis.
A jornada sonora continua com ”Jungle”, uma faixa instrumental que começa de maneira despretensiosa, mas gradualmente se intensifica. As guitarras aumentam de forma constante, apoiadas por baterias dinâmicas, culminando em um clímax na metade da música. ‘‘Gratitude” traz de volta uma energia contagiante, com riffs poderosos e baterias enérgicas refletindo a gratidão expressa nas letras. O álbum conclui com ”Monolith”, uma curta explosão de guitarras distorcidas e baterias, deixando um gostinho de energia residual de Monster Energy.
TANGK marca uma virada instrumental para o IDLES. Ao explorar novos sons e texturas, a banda demonstra sua capacidade de se reinventar sem perder sua essência. A diversidade instrumental do álbum contribui para sua riqueza e profundidade, tornando-o uma jornada sonora memorável que certamente abrirá novos caminhos para a banda em seus próximos trabalhos.