Atração do Festival 5 Bandas, Paira conta sobre o primeiro EP, projeções futuras e cena alternativa de MG.
No cenário musical de Minas Gerais, o duo cheio de talento surge como um dos projetos mais promissores da cena alternativa BR. Com talento em dose dupla, Paira chega com uma sonoridade bem diversa, carregada de drum n’bass, rock alternativo e synth pop, refletindo muito o que a nova geração mais gosta de ouvir: originalidade.
André Pádua e Clara Borges conversaram com a gente sobre suas inspirações musicais, a dinâmica da cena artística mineira e as expectativas para a sua participação no Festival 5 Bandas, que acontece no dia 31 de agosto, na Casa Rockambole. Selecionados através de edital, eles são aquela dupla de amigos super carismáticos que certamente você passaria horas e horas trocando uma ideia sobre música.
Confira esse bate-papo, acompanhe a banda nas redes sociais em @pairapairapaira e o festival em @5_bandas para não perder nenhuma novidade!
Minuto Indie: Como foi essa trajetória, sendo de Minas, para alcançar o reconhecimento na cena musical?
André Pádua: A gente é de BH e participa da cena de música há muitos anos. Eu já toquei com várias bandas e a Clara já tocou com o Wagner Almeida e o Fernando Motta [do coletivo mineiro Geração Perdida] que são amigos nossos. Dois anos atrás, começamos a Paira e conseguimos lançar nossas primeiras músicas junto com a Balaclava. Esse apoio do selo ajudou muito.
MI: Sendo um projeto fora do eixo Rio/SP, como vocês veem essa cena crescendo e quais são suas influências?
Clara: A cena de BH está crescendo muito. Temos artistas incríveis como Clara Bicho, Autoramas e Fábio de Carvalho. BH sempre teve uma cena artística inspiradora. Quando soubemos da Balaclava, parecia algo distante, mas agora está tudo acontecendo.
André: Nossas referências incluem a banda japonesa Number Girl, especialmente em nossas músicas mais pesadas. Também amamos artistas eletrônicos como Squarepusher e Four Tet. Além disso, temos influências de rock como o Charlie. Brown Jr. e até de artistas da MPB como o Djavan e o Clube da Esquina. Sepultura, sabe? Eu tocava em banda de hardcore. Eu acho que Paira é muito uma mistura de influências.
MI: Vocês fazem um som bem especial, refletem uma geração que não se limita a mais a um único estilo musical. Como vocês estão recebendo o feedback do público quanto essa mistura de influências?
Clara: A reação do público tem sido incrível. Recebemos mensagens de pessoas do mundo todo, até do Japão e Noruega. Nosso show no Bar Alto, em São Paulo, foi surreal. Ver o público cantando nossas músicas foi emocionante. Muito doido, na real. Tipo, a gente anda recebendo umas mensagens, a gente fica muito feliz.
André: E assim, a gente também não esperava que a gente ia receber isso. É muito carinho que está rolando e a gente acabou de receber uma mensagem de um cara da Noruega. Estamos com vários fãs japoneses também, tipo, muitos fãs japoneses! A galera no Japão tá pirando. Tá tocando na rádio lá.
MI: E quais são os próximos passos para a Paira? Vocês têm planos de lançar um álbum completo?
André: Estamos discutindo isso. Temos várias demos e estamos pensando em lançar mais singles antes de um álbum completo. Queremos fazer algo bem pensado e redondo.
Clara: Nosso processo criativo é bem orgânico. Gravamos tudo em casa, com guitarras e vocais. Foi um processo longo de dois anos, mas recompensador. A gente tem várias demos, assim, né? Tipo, a gente tem algumas coisas e a gente tá vendo o que a gente faz com elas.
André: É, eu acho que provavelmente vamos lançar um single. Pensar nesse álbum. Não sei, daqui a um tempinho. Mas vai rolar. A gente quer fazer uma coisa muito bem pensada.
MI: Como vocês veem a importância de festivais como o 5 Bandas para a visibilidade de artistas independentes?
André: Esses festivais são essenciais para dar visibilidade aos artistas independentes. É uma honra poder participar e mostrar nosso trabalho para novos públicos.
Clara: Eu acho muito foda esses eventos. Que tipo, dá pra galera ver de perto como é, e conhecer novas coisas. E tocar com gente é foda. E, assim, também é uma honra, né? Uma honra gigante.
MI: Poxa e vocês precisam fazer shows pelo Brasil, participar de festivais, ver o público de vocês por aí.
Clara: Muito massa. A gente quer muito ir!
MI: E quais os planos para esse ano?
André: A gente quer fazer uma turnê, muitos shows, viajar todo o Brasil tocando nossas músicas. Trabalhamos bastante para montar essa live e ficou bem legal! Estamos animados para mostrar para a galera!
Clara: Festivais como esse permitem que o público conheça novas bandas e artistas de perto. Estamos muito empolgados para tocar no Festival 5 Bandas e esperamos que o público curta muito o nosso show!
André: Ao vivo tem o nosse DJ, Gui Hope. Que fica lá comandando as pick-ups, soltando os beats. A gente tá meio que pegando o EP e dando uma expandida nele, assim, até porque ele só tem 16 minutos. Então pegamos essa sonoridade e damos essa expandida, assim, adicionando efeitos, e interlúdios, e estendendo partes. Aí ficam nós dois na guitarra e Gui comandando tudo.
MI: Bom pessoal, antes da gente terminar, deixem um convite aqui para a galera. Que vai ver vocês lá no Festiva 5 bandas?
André e Clara: A gente preparou um show muito especial! Vai ter muita bateção de cabeça e também momentos emocionantes, talvez. Vai ser foda, vai ser doido!
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Escute Paira aqui.
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