Com Mineiros da Lua, a música é melhor em preto e branco… e vermelho
Mineiros da Lua embarcam em uma jornada teatralmente pós-moderna no disco ‘’Queda’’
Após a turbulência, vem a queda. E tudo se revela por cores e transgressões. Mas os Mineiros da Lua vão muito além disso. A banda belo horizontina é formada por Haroldo, Diego, Jovi e Elias. O grupo revela a jornada antropofágica que permeia o mergulho profundo em sua nova musicalidade com o primeiro disco cheio, “Queda”, lançado em 10 de junho. Ouça aqui.
Deixando a instrumentalidade marcada por influências estrangeiras do primeiro trabalho, o EP “Turbulência” (2017, La Femme Qui Roule), o grupo dá um passo a frente com o álbum “Queda”. Incorporando brasilidades, conceito e um processo de criação musical avassalador que remonta a teatralidade, mitos gregos e críticas à pós-modernidade e suas mazelas, o novo trabalho carrega referências nacionais em toda a sua composição. Letras inspiradas por João do Vale, Gonzaguinha e Nelson do Cavaquinho se unem à sonoridade mineira, com fortes influências do clube da esquina de Milton Nascimento, do rock progressivo de Marcus Viana e da visceralidade de Sepultura e Lupe de Lupe.
Nos palcos
Além disso, os Mineiros da Lua já dividiram palcos com suas principais influências nacionais, como os Boogarins, Mahmed e gorduratrans. Caminhando para a evolução artística que se materializou no “Queda”. Com o novo álbum, o grupo visa se consolidar na cena nacional por meio de uma narrativa metalinguística. Explorar a experiência de sair do mundo da lua, explorar os ardores da realidade e encarar a profundidade dos sentimentos sobre si mesmo.
O conceito, que explora um eu lírico que se vê inserido em um mundo que só quer ver sua queda, trabalha o processo de emancipação pessoal em um contexto pós-moderno no qual é extremamente difícil aceitar a realidade e seus devaneios existenciais.
A fim de explorar a veia artística que nutriu o processo de criação do disco, batemos um papo com a banda, que desde já nos cativa com o simbolismo de simultânea sensação de pertencimento e não pertencimento com o nome Mineiros da Lua.
Confira abaixo este incrível bate-papo descontraído:
MI – De onde surgiu a ideia de “Queda”? Foi depois das composições ou já tinham trabalhado o conceito anteriormente?
Diego: Foi uma coisa meio paralela. Quando a gente começou a juntar as composições começamos a pensar o que a gente queria falar com o álbum, qual seria o conceito, e começamos a pensar quais das músicas que a gente já tinha que iam entrar, quantas músicas a gente queria que tivesse e até onde a gente iria compor. Fomos fazendo isso de modo paralelo.
Elias: A gente tinha uma sementinha de ideia também, porque há muito tempo atrás, o Jovi comentou “Seria interessante o nosso próximo álbum chamar “Queda”, porque a gente fala muito dessa questão da turbulência e depois vem a queda”. Foi uma pré-concepção de uma ideia.
“Ato I” e “Ato II”
Jovi: É que, na verdade, “Ato I” e “Ato II” eram uma música só, chamava “Queda em Dois Atos”, e foi com essa música que a gente começou a perceber essa própria ideia de conceituar depois que a música já está pronta, presente em toda a nossa composição. É uma coisa que por ser nós quatro fazendo juntos, acaba que a gente vai sempre martelar em cima de pontos em comum, às vezes inconscientemente, e acabou saindo essa ideia inteira de “Queda” e depois a gente foi significar isso.
Como já tinha “Ato I” e “Ato II”, a gente foi sentindo a teatralidade das coisas e essa ideia grandiosa. A partir disso, pensamos em colocar essa estrutura de teatro clássico de três atos, cada ato com três músicas, então é muito difícil dizer se veio primeiro a música ou o álbum, a gente foi construindo junto. Na hora de compor as ideias vão vindo e a gente vai colocando, sem muito freio.
MI – Por que a banda quis trabalhar um pouco esse conceito de sair da lua, sofrer a queda e focar mais na realidade, mas ao mesmo tempo trabalhar com o lado lúdico e teatral?
Jovi: Foi inevitável, porque a gente vai extravasando as músicas sem pensar. O momento aqui pegou um contexto mais da vida adulta, vira um momento de extravasar, de pegar a real. O conceito do álbum veio depois para a gente trabalhar em cima e tem o quesito da gente, juntos, se redefinir.
Logo que pensei em utilizar a “A Jornada do Herói” do Joseph Campbell, quis ler o livro e pegar os conceitos como o de cisão perfeita. A cisão materna, onde meio que acaba o amor gratuito. Agora é assim, se você quiser ser amado, tem que pagar um preço, seja ele qual for. Eu acho que isso foi a grande real do álbum que acaba extravasando.
Ideias
A grande ideia do CD é se tornar um indivíduo para encontrar uma satisfação. Você tem que se individuar do mundo e ter essa cisão materna, que acontece na nossa vida e com o eu lírico. É uma cisão da necessidade de aprovação do mundo. Você não precisa que o meio Belo Horizonte – Minas Gerais te reconheça, por isso a gente fala da falta de noção comercial nesse sentido.
Não é preciso que a grande cena musical reconheça para fazer música porque o CD é uma coisa separada, ligada a esse processo da banda. O trabalho somos nós individuados e essa é a cisão materna que acontece e não precisa de aprovação.
Diego: E também tem a ideia de trabalhar essa coisa mais lúdica e ao mesmo tempo jogar a real. A ideia toda do CD é essa questão do contraste. A gente está inserido aqui no meio que a gente vive, não se sente 100% encaixado, mas ao mesmo tempo é aqui que a gente está, a gente gosta daqui. Então vamos trabalhar todas essas coisas que são extremamente dolorosas para a gente, mas ao mesmo tempo puxando para esse lado mais lúdico, que também é um facilitador da junção de todas essas coisas.
Elias: É meio que não gostar do lugar mas não querer ir embora.
MI – O que vocês ainda não tinham explorado em termos de sonoridade no EP “Turbulência”, mas já estava em mente que queriam nesse álbum?
Haroldo: A gente tinha pensado bastante em deixar o álbum mais agressivo que o trabalho anterior. O primeiro EP que a gente gravou foi em uma fase que nunca tínhamos feito um show como Mineiros da Lua. A gente sente que não conseguiu colocar tanto a nossa personalidade. O EP ficou bem mais chill do que realmente é, então pensamos em deixar essa agressividade clara no próximo álbum.
Elias: Foi meio que uma ponte. O EP eu encaro muito que era um momento nosso. A gente compunha e não fazia show, era muito aquela coisa da gente compondo, ouvindo as nossas músicas e só depois que elas foram finalizadas e gravadas que fizemos nosso primeiro show.
Jovi: Em termos objetivos de inspirações, acho que a gente também abriu mais os olhos para a música brasileira. No EP, estamos muito fechados ali nas músicas estrangeiras. Íamos para o estúdio querendo fazer música que nem o BadBadNotGood.
Diego: Foi o processo de se descobrir também. Pensar sobre o que a gente consegue fazer, o que a gente não consegue, o que a gente faz melhor, o que dá mais certo. Foi depois desse processo que começamos a puxar o brasileiro, e aí juntar com todo o conceito e o nome do álbum com essa ideia de mostrar a nova cara de Minas Gerais.
MI – Quais influências estrangeiras ainda estão presentes nesse álbum?
Jovi: Para mim, o Radiohead, que é a minha banda favorita. Em quase todas as nossas músicas eu consigo puxar uma coisa em cima da obra dos caras. Eu sou muito fã, então é a minha principal influência. Mas como eu estou na bateria, são influências que não são tão diretas. Ficam mais na estrutura das músicas e do álbum, são coisas mais conceituais. Porém, nesse disco eu consegui colocar muita coisa brasileira também, como ritmos de samba e bossa nova.
Elias: No meu caso, sempre gostei muito de jazz desde pequeno. Então eu sempre tento colocar. Em “Vaidade”, eu peguei influência da Ella Fitzgerald. É muito essa questão da progressão imprevisível, às vezes testar alguma coisa que não deveria estar ali. A gente testou isso no primeiro EP, mas nesse eu quis ir além.
Haroldo: BadBadNotGood continua sendo uma influência, e algumas pessoas já falaram sobre Explosions in the Sky também.
MI – A criação artística da banda parte muito mais de um processo autêntico do que de fazer alguma coisa que já existe na música?
Jovi: Hoje em dia, sim. Na hora de compor a música, a gente deixa todo mundo aberto para se divertir e comentar um em cima do outro, por isso que é muito difícil dizer qual é a maior influência da banda, porque todos opinam sobre o trabalho de todos e a gente constrói tudo juntos.
Do mesmo jeito que você cria um CNPJ para uma pessoa jurídica, a gente cria o nome da banda assim, abstendo da nossa personalidade para investir no nome da banda. É um som bem mais Mineiros da Lua do que um som Jovi, Haroldo, Diego, Elias. A ideia é construir uma identidade própria.
Diego: E é uma identidade própria que torna difícil falar sobre referência, porque a gente está fazendo um negócio que é bem novo, é um tipo de som que não vemos muito por aí. É uma mistura que não dá para definir. Tanto que a galera sempre pergunta “Qual é o estilo da sua banda?” e eu falo “Ah, eu não sei”. Porque não tem como, ainda mais nesse álbum que a gente varia muito, passa por muitos estilos diferentes.
Cada um tem uma influência meio inconsciente de tudo que escuta e vai colocando de forma natural no trabalho. A gente mistura as influências e sai uma coisa nova.
Elias: A gente se norteia muito pelo comentário de outras pessoas para definir gênero. Alguém fala “Parece com isso.” e eu respondo “Obrigado!”.
MI – Hoje em dia está bem comum explorar vários gêneros e criar uma sonoridade nova a partir disso, mas sempre tem os gêneros matrizes. Quais são os dos Mineiros da Lua?
Jovi: Eu diria o post-rock, por causa da estética da guitarra.
Diego: Querendo ou não a gente ainda tem as coisas do rock psicodélico e do indie também. E ainda tem aquelas coisas mais puxadas pro hip-hop, principalmente nos grooves e nos ritmos.
Jovi: O indie é um ponto de convergência na banda. Quando a gente começou, todo mundo adorava Arctic Monkeys e The Strokes, então acaba sendo um alicerce na criação das músicas.
Haroldo: Tem um pouco de samba e bossa nova também. Mas a estrutura principal, as quatro vidas do Mineiros da Lua são psicodélico, post-rock, progressivo e indie.
MI – O indie não é mais aquela coisa de curtir as bandas alternativas que marcaram os anos 2000 e se tornou um gênero totalmente variado. Qual foi a influência do indie no início e hoje o que ele representa para vocês?
Diego: No início, foi nosso ponto em comum. Era o que a gente mais ouvia na época e tem aquela coisa da adolescência de indie ser legal, mas acho que hoje já desvencilhou muito disso. O indie traz mais uma nostalgia, um saudosismo dessa época que mantém a nossa ligação forte.
Jovi: Acho que o que permaneceu do indie foi a ideia de estrutura do que uma música precisa ter e a independência, que ainda está bem presente.
Elias: Acho que uma coisa que ficou foi que, no início, a gente pegava e fazia, e, até hoje, a gente pega e faz. A gente gravou em um estúdio diferente, mas ao mesmo tempo, o Haroldo que organizou o show de lançamento e a partir disso a gente mesmo que está buscando as coisas.
Haroldo: No início, o indie para a gente era só uma sonoridade mesmo. O que era indie? Arctic Monkeys, The Strokes, Two Door Cinema Club. Mas eventualmente virou uma coisa muito maior, que é a questão do independente mesmo. Nossa trajetória toda foi nós por nossa conta própria.
O primeiro show que a gente fez em maio de 2017 foi uma produção nossa pelo selo Salitre junto com a Balaclava Records, de São Paulo. E os próximos shows foi a gente que produziu também. Quem levantou o nosso nome foram nós mesmos.
CAPA
Sobre o disco
Em um álbum tão denso e conceituado em apenas nove músicas e 32min, diversos aspectos chamam a atenção. A Mineiros da Lua explorou as cores em sua obra de forma que a música funciona bem mais que uma experiência sonora. Do preto e branco de “Turbulência” ao vermelho vivo de “Queda”. Vários arranjos, progressões e construções musicais se mesclam aos sentimentos despertados pelo grupo, ressignificando a música de modo que ela se torne uma inserção filosófica e construtiva de si mesmo.
É como se entrássemos na figura no eu lírico. Caminhássemos pela mesma jornada de um herói que sai de seu espaço comum. Adentra o espaço espacial, e retorna à realidade após resolver uma tensão que colocou em xeque todas as suas verdades.
Cores
Em um momento em que tudo se torna frágil e automaticamente supérfluo, ver a música por outras cores se torna um marco de atemporalidade e resgate onírico de uma geração que não se importa mais com o cenário ao seu redor se não envolver os seus próprios infortúnios. Com Mineiros da Lua, a música é melhor em preto e branco… e vermelho.
Ou seja lá qual for a cor que você ouve ao ser tocado em uníssono pelo bloco de composições transcendentes do novo disco.
Perguntamos um pouco mais sobre as cores e as visões da banda sobre seu próprio trabalho, aficando a reflexão artística existente no processo de criação musical de “Queda”.
MI – Por que a cor vermelha está tão presente nesse disco?
Diego: Na época que a gente tava desenvolvendo o conceito e as produções, a gente queria ser mais agressivo, e começamos a pensar que tinha que ter um conceito visual forte também, escolher uma cor principal. Decidimos em conjunto que seria o vermelho.
Jovi: O “Turbulência” tem uma capa preto e branco. A gente queria que existisse uma definição, uma distinção clara entre as épocas da banda. Queríamos marcar que acabou o “Turbulência” e começou uma nova fase. Antes, vestíamos de preto no palco e agora a gente vai de blusa vermelha e calça preta para os shows. É assim que o vermelho começa a fazer parte. E a ideia é que no próximo álbum seja outra composição de cores, para que fique essa distinção e o público possa identificar as fases do Mineiros da Lua a partir disso.
Eias: O CD ultrapassa as questões somente sonoras. Ele vai até as questões físicas e entra até um pouco em como agimos no palco. O conceito também tem a ver com os mitos gregos. Isso também é uma opção. A gente faz um conjunto de sentidos e tenta colocar da melhor forma possível.
MI – No geral, o que vocês querem com a música? E a partir de agora com esse disco?
Jovi: Quando você faz música pensando nos seus próprios sentimentos e emoções é um pouco egoísta, mas é uma forma de se conectar com as pessoas. Primeiro porque é um momento muito frágil em que você está expondo coisas íntimas suas para uma plateia.
O que a gente quer da música nesse sentido reflexivo é uma identificação com o público, uma forma de abrir uma via de comunicação. A gente faz um CD pouco comercial com ânimo por trás, porque a gente quer que seja uma via de diálogo mesmo. Tanto que as narrativas do álbum são todas em aberto, para que a pessoa que está ouvindo se identifique venha até a nossa música com outros olhos.
Diego: É juntar o que a gente tem em comum e expor para o mundo, esperar que alguém se identifique e ver o que as pessoas acham. É uma veia de comunicação, deixando a interpretação livre para não ser apenas expositivo.
MI – As pessoas vão ver “Mineiros da Lua: Queda”. Qual impressão vocês acham que isso vai trazer sobre a banda?
Jovi: Tudo da banda é dentro de casa. E tudo é feito com muito carinho, muita dedicação. O que eu queria é que pegassem o álbum, que não teve single, e observassem essa ideia de uma obra completa. Queria que uma pessoa externa ouvindo pela primeira vez percebesse o carinho e a dedicação do trabalho nas músicas, que é o que eu acho que a gente está fazendo de diferente, não é só fazer uma máquina de singles.
Diego: É o caminho contrário, porque agora as pessoas querem cada vez mais coisas rápidas e prontas, mais fáceis de digerir. É essa ideia de fazer um álbum completo, só que curto e fácil de escutar no sentido de que é pouco tempo. E isso é uma decisão consciente. A gente quer mostrar o que estamos vivendo nesse momento, o que é a Mineiros da Lua agora, de uma forma um pouco mais sucinta em um álbum fechado, rápido. Queríamos um álbum mais fiel ao que a gente coloca no palco, então ele tem um pouco desse estilo de gravação ao vivo.
MI – O que difere Mineiros da Lua das bandas que também estão explorando vários gêneros, tentando montar um conceito e ir nessa contramão?
Haroldo: Eu não vejo tantas bandas com um esmero tão grande assim. O cuidado de fazer um álbum realmente conceitual, fechado. A formação híbrida também. Não tem o compositor da banda, fazemos tudo juntos.
Jovi: Eu acho que tem essa questão de dar mais espaço para os instrumentos e tirar o foco dos vocais. Tanto que a banda não tem protagonista. São os quatro ao mesmo tempo, tudo os quatro. Eu acho que essa é a maior diferença. Não é chamar o baterista ou o baixista porque a gente precisa de uma linha de baixo seguindo a nota, porque não vemos os instrumentos apenas como apoio, mas parte de um todo.
MI – Se vocês fossem definir o Mineiros da Lua em uma palavra ou frase, para falar “Isso aqui é Mineiros da Lua.”, o que vocês falariam?
Jovi: Acho que “brincadeira”. A brincadeira tem que ter um pouco de verdade para ser engraçada, e acho que em parte é isso. Falar uma coisa real em meio a uma piada para a pessoa rir, mas você está falando a verdade do mesmo jeito.
Diego: Não “brincadeira” no sentido convencional da palavra. Isso envolve a parte de falar as coisas pesadas e reais de forma lúdica, teatral.
No show de estreia, Mineiros da Lua entregaram o trabalho fiel ao público, explorando a esfera conceitual do disco e investindo no audiovisual
O show de estreia de “Queda” foi realizado no dia 29 de junho na Autêntica, em Belo Horizonte. A performance seguiu fiel à potencialidade do trabalhado com um quê a mais de classe promovida pela teatralidade da apresentação junto à cenografia de Isabela de Moura.
A projeção interativa animou o público que se emocionou com o amadurecimento musical exposto com firmeza pela banda ao vivo. A turnê que também já passou por Mariana segue para São Paulo no próximo dia 14 de julho, com show no Estúdio Fiaca, e finaliza no Rio de Janeiro em 21 de julho na Audio Rebel.
Finalizando a entrevista, os Mineiros da Lua falaram sobre o que esperam do público e da repercussão da obra.
Haroldo: A gente está fazendo um álbum que é natural, assim como morrer. É como se fazer música fosse só mais uma coisa. Como a gente passa o nosso tempo até a gente morrer da mesma forma como é qualquer outra coisa. As pessoas vão ver a gente tocar e estarão vendo a gente morrer da maneira que a gente escolheu viver… e morrer.
Jovi: Se não tivesse ninguém mais no mundo eu faria música do mesmo jeito? É claro que sim. Estou fazendo porque quero fazer, é natural. Não quero forçar nada disso. Esse disco é um ato de renascença. Após a nossa queda, vamos nascer de novo. É o processo, mas isso nos abre para coisas novas.
Diego: A ideia é entrar pelado dentro do álbum, se jogar dentro dele, deixar aquilo entrar e tirar suas próprias conclusões. Se a pessoa começar a correr atrás dos conceitos, vai se relacionar a eles junto aos seus sentimentos, o que cria um caráter de intimidade. Não tem data, não acaba, se quiser explorar cada vez mais a fundo, vai ter coisa.
E foi com essa brincadeira de gente grande que encerramos a entrevista, contemplados por uma obra completa e ansiosos para percorrer toda a jornada que está por vir junto aos Mineiros da Lua.
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