A cantora francesa Laure Briard bateu um papo com o Minuto Indie sobre seu novo disco, sobre sua experiência no Brasil e até arriscou um pouco de português. Confira abaixo!

 

MI: Primeiramente, o que chamou a sua atenção na música brasileira? Eu sei que você já trabalhou com o Boogarins antes, qual foi a influência deles no seu novo álbum?

LB: Eu sou louca por música brasileira há muito tempo! Comecei com música mais clássica, como Vinícius e Jobim. Então eu fui me aprofundando e me aprofundando, tentando descobrir ainda mais artistas. Voltar no tempo e explorar as coisas tradicionais. Eu li muito sobre música brasileira. Tem alguma coisa na vibe, na língua, que é única, e que me passa fortes emoções. Me comove. E sim, eu trabalhei com Boogarins. É o tipo de experiência que deixa uma marca para sempre. Uma experiência de vida enorme. Não tem nenhuma ligação com o meu novo álbum, porque quando eu estava gravando no Brasil eu já tinha quase todas as demos deste álbum prontas.

MI: Falando do seu novo álbum… Você lançou um novo álbum em Janeiro chamado Un peu plus d’amour s’il vous plaît (Um pouco mais de amor por favor). Sobre o que é?

LB: Eu vejo o título como um tipo de mantra. Na vida cotidiana, e especialmente hoje em dia, nós conseguimos realmente sentir esta falta de amor. Existem muitos significados para este título. Por exemplo, podemos pensar que eu sou uma pessoa que pede por mais amor para uma pessoa em especial ou para um público… Também posso pedir que me dêem mais amor… E mundialmente, posso pedir que cada ser humano ame mais uns aos outros. Ou talvez seja você pedindo. Eu acho que dependendo do dia e do humor você pode encontrar o seu próprio significado.

MI: Quais são as principais influências do seu novo álbum?

LB: Durante o processo eu escutei cantores turcos Selda e Kamuran Akkor. Eu tinha em mente as palavras de Vinicius de Moraes. E definitivamente Margo Guryan é uma grande fonte de inspiração para mim.

MI:  Você canta em francês, sua língua materna. Você acha importante disseminar seu idioma nativo? Se sim, porquê?

LB: O importante é fazer o que você quer fazer. O que te deixa mais confortável de fazer e de se expressar. Eu amo ter a possibilidade de passear entre o francês e o inglês, e, agora, o português. É um processo completamente diferente dependendo da língua. Eu gosto da ideia de cantar em francês, é uma língua linda, e de pessoas ao redor do mundo gostarem de escutar esse idioma.

MI: Como esta troca cultural com Brasil mudou sua percepção sobre o país? Mudou? Ou não?

LB: Passar um tempo em um país com os nativos, como eu fiz, muda a sua visão sobre certas coisas. É como um tipo de imersão, e a melhor coisa é ser consciente sobre o que acontece. Certas pessoas na França tem a imagem de Copacabana congelada na era de ouro da Bossa Nova na cabeça. Mas mesmo que tenha o Sol, Samba, caipirinhas, também existem favelas… Para mim é importante conhecer os nativos, conversar com eles e tentar entender.

MI: Você está estudando português? Se sim, como você esta se saindo? Está achando tão difícil quanto todo mundo fala?

LB: Não é difícil quando você realmente quer aprendê-lo!  Eu tenho um aplicativo no meu celular chamado duolinguo. Eu também sempre busco a tradução quando escuto música brasileira. Eu sou preguiçosa, mas eu melhoro no idioma com certeza, mas bem devagar…

MI: Por que você escolheu Kooky Sun e Marin Solitaire como singles?

LB: Eu e minha equipe sentimos que tinham que ser estas faixas.

MI: Você pretende voltar ao Brasil?

LB: Oh meu Deus siiimm [em português]!! Eu quero voltar de novo e de novo! Aquece o meu coração só de pensar sobre isso. Meu sonho é tocar e Salvador “de” Bahia [em português]!

 

Conheça o trabalho de Laure Briard:

 

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Autor

  • Juliana Guimarães

    Mestre em Microbiologia e doutoranda em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, que nas horas vagas escreve no Minuto Indie e joga videogame. Tem PhD em Emo e Metalcore, é fã de carteirinha do My Chemical Romance e ama musicais. Nunca foi vista sem delineador 🤫

Escrito por

Juliana Guimarães

Mestre em Microbiologia e doutoranda em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, que nas horas vagas escreve no Minuto Indie e joga videogame. Tem PhD em Emo e Metalcore, é fã de carteirinha do My Chemical Romance e ama musicais. Nunca foi vista sem delineador 🤫