No dia 7 de Novembro, o cantor francês e baterista do Tame Impala, Julien Barbagallo, concedeu ao Minuto Indie uma entrevista por telefone, falando da sua carreira solo. O cantor estará no Brasil neste mês para 3 shows.
Com apoio do Bureau Export, Consulado Geral da França e Institut Français o cantor e compositor Barbagallo chega ao Brasil em novembro para três shows: nos festivais Se Rasgum (02/11), em Belém; Balaclava Fest (04/11), em São Paulo; e na edição de 15 anos do TNT Energy Drink Apresenta: No Ar Coquetel Molotov (17/11), promovendo seu novo álbum Danse Dans Les Ailleurs.
MI: Você virá ao Brasil para 3 shows: Belém, São Paulo e Recife. Quais são as expectativas para as apresentações? Você já esteve nestas cidades?
Barbagallo: Bom, são 3 cidades, 2 delas eu não conheço. Belém e Recife serão a primeira vez para mim. Eu já estive em São Paulo com o Tame Impala. Logo, eu tive uma experiência muito boa lá. Em Belém tudo ocorreu muito muito bem, foi uma bela surpresa o festival e o público também. O festival Se Rasgum se decorreu muito bem, foi muito interessante como organizaram a programação e no que se propuseram. Recife é a última data da nossa turnê Sul-americana, então será um momento especial. Espero que termine de forma bela.
MI: Enquanto o Tame Impala não lança um novo disco, você lançou 3 álbuns solo. Como é a experiência de sair em turnê solo e conduzir sua própria carreira solo?
Barbagallo: Sim, é completamente diferente. É um projeto em que eu tomo qualquer decisão. É diferente da minha experiência com o Tame Impala, em que sou apenas um baterista e tenho menos responsabilidades. E solo consigo explorar todas as minhas ideias, todos os meus desejos musicais. Logo, consigo equilibrar minha experiência musical como baterista, com a de compositor e explorar todas as minhas facetas musicais.
MI: Sua função, então, passa a ser mais próxima da de Kevin Parker no Tame Impala, correto?
Barbagallo: Sim, é verdade. É como Kevin Parker no Tame Impala. Ele tem um projeto e precisa de outros músicos para apresentá-lo para o público.
MI – Quais são as suas principais influências? O Tame Impala é uma delas?
Barbagallo: Bom, menos o Tame Impala… Eu, quando era muito jovem, escutava muito música anglo-saxônica, da Inglaterra e dos Estados Unidos, como The Beatles, também grupos dos anos 90, como Belle & Sebastian, de música americana eu escuto muito The Flaming Lips, coisas mais folks como Neil Young. É muito uma mistura de todas estas influências.
MI: Como você é parte de uma banda muito famosa, você poderia cantar em inglês muito bem. Por que você escolheu retornar às origens e cantar em francês, além de ser sua língua materna?
Barbagallo: Na verdade, quando comecei a escrever minhas canções solo, eu comecei a compor em inglês. Por alguns anos cantei em inglês, mas eu fazia shows somente na França, então havia um problema de comunicação porque nem todos falam inglês, então não havia uma conexão. Então comecei cantando em inglês no meu próprio país e aos poucos fui migrando para o francês, que é uma língua literária, que traz novas possibilidades. Além de ser minha língua materna, que e dá mais possibilidades de expandir minhas ideias e fazer textos mais originais e aventurosos. Coisas que não posso fazer em inglês, que não é minha língua materna, não posso experimentar tanto.
MI: Seu novo disco se chama Danse Dans Les Ailleurs. Você pode falar um pouco do álbum? E qual é a principal diferença entre este trabalho e os anteriores?
Barbagallo: Posso dizer que a principal diferença é que eu fiz os meus primeiros dois discos de uma forma meio “DIY” (Do It Yourself) em casa, então eu gravava quando eu podia, depois de terminar turnê com o Tame Impala, e até mesmo enquanto estava em turnê com o Tame Impala. Já neste terceiro álbum, eu gravei de uma forma mais tradicional, em um estúdio no sul da França, com todo o equipamento necessário para a gravação e todos os instrumentos. Passei 10 dias com o meu amigo Angy Laperdrix e ficamos em um estúdio de um artista francês, que já faleceu, que é muito famoso, que foi muito importante na música francesa, e trouxe muita energia boa para o nosso trabalho, o que foi muito positivo para a gravação. Para as letras, eu escrevi coisas mais abstratas, que ficassem mais na imaginação do ouvinte, como o sonho, por exemplo. Eu criei textos e imagens que fossem menos concretos que os meus outros álbuns.
MI: Com quem você gostaria de trabalhar? Um artista ou uma banda?
Barbagallo: Bem, é difícil. Eu já tive o privilégio de trabalhar com Kings of Convenience, que é um grupo que eu sempre admirei. Erik e Erland participam da canção “L’offrande” e foi um grande prazer poder fazer isto. É difícil escolher, porque já tive uma grande experiência.
MI: Você gosta de música brasileira? Se sim, qual é o seu artista preferido?
Barbagallo: Sim, eu amo a música brasileira, acho magnífica! Gosto muito de samba, como Os Afro-Samba, de Vinicius de Moraes. Recentemente, eu descobri Erasmos Carlos. Eu conheço pouco a cena brasileira contemporânea. Ouço mais artistas antigos, da década de 70. Esta semana conheci um grupo contemporâneo chamado Letrux, porque tocamos no mesmo festival.
O cantor francês ainda passa por Recife, no dia 17 de Novembro, no festival Coquetel Molotov.
SERVIÇO
Local: Caxanga Golf Country Club – Av. Caxangá, 5362 – Iputinga
Data: Sábado, 17 de novembro
Horário: A partir das 13h
Ingressos LIMITADOS: 2º Lote: R$55,00 (meia), R$110,00 (inteira) e R$80,00 (social – levar 1 kg de alimento não-perecível)
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Pontos de venda:
Redley (Shopping Recife) – terça a sábado, das 12h às 21h
Avesso (Avenida Rui Barbosa, 806) – seg a sexta, das 9h30 às 19h30 e sábado, das 9h às 18h.
Forma de pagamento no local: Dinheiro
Permitido para maiores de 18 anos
www.coquetelmolotov.com.br | www.facebook.com/noarcm
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