“1686” é um álbum que apareceu no recomendado do YouTube, que as vezes, consegue trazer algumas joias raras. Após essa descoberta, lendo a biografia da banda no Spotify, descobri que são é uma banda de jazz fusion da Argentina, que provocações de lado, é um país que soube investir na cultura, mesmo tendo uma população e um PIB menor que do nosso tão amado Brasil.

Reprodução: Acervo/Instagram

De qualquer maneira, essa banda é um jazz fusion que é diferente do habitual que eu escuto normalmente. Devo ressaltar que essa mescla de jazz fusion, soul, funk e hip-hop é bem marcante, mesmo sendo um som mais minimalista, se for comparar com outras bandas do gênero.

“1686” traz canções, que me deixam o ouvinte, ouvir dias a fio, escutando enquanto faz os seus afazeres. É um som calmo, relaxante e contemplativo, especialmente na primeira faixa, “Lanchero”, que começa uma virada ao estilo breakcore, que depois vira para uma guitarra bem limpa, que para mim, é o charme dessa faixa. “Fiji” tem um aspecto mais hip-hop, seja pela bateria mais minimalista, que vai para uma linha mais confortável, sem ousar muito, mas tem os teclados e o saxofone que deixam o clima dessa faixa com mais cara de jazz fusion.

Fora isso, outras faixas como “Fruteira”, que tem um baixo gorduroso, que mostra um destaque em criar linhas confortáveis, sem apelar para o exibicionismo barato. “Kalua”, que lembra uma mescla de funk, jazz e música tropical, como bossa nova e cumbia. “Sin Hablar”, que é a faixa mais hip-hop, mas contém um suave toque grosseiro de soul music.

Enfim, “1686” não é um álbum que você escolhe, mas é ele que escolhe o ouvinte. É uma simbiose ouvir este álbum enquanto o ouvinte faz alguma tarefa, como lavar louça ou estudar.

 

Autor

Escrito por

Giovanni

Me considero um fã de prog, metal, jazz e indie.

@innnnavoig (Instagram)