Confira seleção de clipes, álbuns, EPs, versos e qualquer outro formato de lançamentos que viraram favoritos da nossa equipe no último mês
Geralmente agosto é um mês interminável, o que pra alguns causa certa angústia. Pra quem acompanha os lançamentos do mundo da música, essa demora significa mais tempo para sacar sons novos. Agosto de 2021 foi um mês que fez valer o tempo, com grandes lançamentos que vão desde álbuns de estreia icônicos à retornos de estrelas do pop. Deixou passar batido os lançamentos do mês passado? Se liga então nas indicações da equipe do Minuto Indie, pra sacar o quão bom foi esse período para lançamentos.
“ATG Tape”, álbum do MD Chefe. Indicação de Maria Luísa
Poderia ser o “Donda” nessa lista se o Kanye West não fosse o inimigo da felicidade com certos feats. Enquanto isso tem gente por aqui lançando de longe o som mais chique de 2021. O MD Chefe chega com sua voz grave e calminha para fazer um dos discos mais originais da cena nacional de trap em 2021 e o destaque, claro, vai pro single “Rei Lacoste”.
“Timebomb”, single de Motionless In White. Indicação de Juliana Guimarães
O Motionless In White fez a boa e lançou a sua primeira original do ano. “Timebomb” chega com uma estética biohazard/cybergoth trazendo o melhor do metalcore. A banda está confirmada no Knotfest Brasil 2022 e quem for tem que estar por dentro dessa porque vai ser bonito de ver a galera cantando!
“Por Supuesto”, música de Marina Sena. Indicação de Ana Luiza Portella
Minha escolha desse mês com certeza é Marina Sena, que lançou logo ”De Primeira” um álbum impecável e chiclete. É muito difícil escolher a faixa favorita no meio de tantas outras maravilhosas, mas ”Por Supuesto” tomou conta dos meus mais escutados de agosto. É a voz rouca que balança entre o grave e o suave misturado ao refrão super gritante ”Eu já deitei no seu sorriso, só você não sabe…” que te deixa mais apaixonado ainda pela musa mineira.
“Glow On”, álbum do Turnstile. Indicação de Eduardo da Costa
Um disco que superou as expectativas e é recheado de elementos musicais, desde sintetizadores, até alguns instrumentos de percussão. É um disco pesado, dançante, divertido e alucinante, mas que sabe variar no momento certo e trazer calmarias. O disco que chegou aos 45min do segundo tempo do mês interminável de agosto já está trazendo grandes resultados para os estadunidenses, pois já é perceptível o número de pessoas que não são tão próximas ao underground (mesmo que o disco tenha saído por um selo razoavelmente grande) conhecendo a banda, menos de uma semana após o seu lançamento.
“Saturday Night, Sunday Morning”, álbum do Jake Bugg. Indicação de Bianca Tenório
Depois de parecer meio perdido e aventureiro nos últimos álbuns, Jake lançou seu quinto trabalho de estúdio e confirmou o que os singles anteriormente lançados transpareceram: ele mergulhou no pop mais do que nunca. Há quem diga que isso é ruim e que ele continua perdido, mas pra quem o acompanha desde o começo, ouvir o álbum completo pode ser uma boa experiência pra curtir canções que nunca imaginamos sair do jovem que explodiu em meados de 2012 rs. Inclusive, a última faixa é um lembrete certeiro de que ele continua esse jovem apesar do pop mais presente agora. No geral há faixas que remetem as tantas fases que o cantor já passou até aqui, com uma boa produção diga-se de passagem. Destaque pras faixas “Lonely Hours”, que traz aquele gostinho direto de Shangri La (2013) e “Screaming”, que desperta a vontade de vê-la ao vivo na mesma hora.
“Solar Power”, álbum da Lorde. Indicação de Cleiton Lopes
Quando Lorde apareceu de novo de onde ela estava escondida a um tempo, todo mundo ficou surpreso com a onda “good vibes” que ela empregou com o clipe / música Solar Power. O tom contrastava drasticamente com o dos seus dois primeiros discos Pure Heroine (2013) e Melodrama (2017) e que tinham sido abraçados com muito entusiasmo por todo mundo. Porém, o terceiro, que também se chama Solar Power não foi recebido na mesma forma. As críticas ficaram bem divididas (inclusive nos bastidores daqui do Minuto Indie). Eu, fui um dos que gostou bastante do disco. Solar Power traz uma energia otimista bem parecida com os discos recentemente lançados Drama, de Rodrigo Amarante e Portas, de Marisa Monte que trazem uma boa dose de energia positiva, coisa rara em tempos tão obscuros como vivemos atualmente. Acho que foi exatamente por isso que me chamou tanta atenção assim o disco da moça. Estava precisando. Minha faixa predileta foi Stoned at the Nail Salon, que tem uma vibe meio melancólica, bem próxima a de Melodrama, mas mesmo assim, sem deixar de ser acolhedora. Tocou (e ainda continua) repetidas vezes no meu player.
“Cinzas”, single da Turmallina. Indicação de Binha
Conhecia essa música ”versão show” e fiquei feliz quando descobri que ela ganharia sua versão estúdio – finalmente!. Para quem ama conhecer uma banda nova mais pro shoegaze e dream pop, porém brasileira, aqui temos a Turmallina. Eles são de SP e estão para lançar seu EP de estreia. ”Cinzas” é o 1º single e é uma música embebida no tom grave de voz da Rose (que amo!) sobre uma letra angustiante e cortante. E destaque também para capa, o qual traz uns ”cinzas” muito do bonito.
“Screen Violence”, álbum do CHVRCHES. Indicação de Luan Gomes
Esse álbum funcionou muito bem, tanto em som quanto em estética. O som é um synthpop mais puxado pro r&b, mas tbm com uma pegada meio Paramore na fase indie. E a estética é como se fosse um ‘After Hours’ (do The Weeknd) emo hahahahah. Nas letras a Lauren Mayberry ainda traz muito da ‘desmistificação’ de inseguranças e outros rolês aos lidar com machismo, mas agora numa temática mais cinematográfica. Enfim, Adorei a pegada horror pop no geral.
Ouça a nossa playlist com as indicações, qual atualizamos a cada mês:
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