Confira as músicas que entraram para a playlist da equipe MI

Ah, Junho. Estamos oficialmente no meio do ano, ou seja, a hora das listas de melhores discos até aqui e a expectativa geral de previsões para quem vai seguir nelas até o fatídico dezembro. Dessa vez acabamos pulando essa lista aí, porém aqui vai mais um compilado com as músicas, filmes, séries ou coisas musicais da equipe do blog. Lembrando que todos os projetos e faixas mencionadas ficam guardados na nossa playlist no Spotify ou nos posts anteriores também. Esse mês teve muita coisa boa, então confere aí o pitching que cada um separou para defender sua escolha e te convencer que vale sua atenção.

“Kokomo, IN”, faixa do Japanese Breakfast, por Ana Luíza Portella

Aqui vai um Indie Rock gostosinho pra ser apreciado. Com certeza o que não tem saído dos meus fones foi o terceiro álbum do Japanese Breakfast, o Jubilee, que veio no iníciozinho desse mês. Mas a faixa ‘’Kokomo, IN’’ merece destaque aqui simplesmente por existir e por ser tão perfeitinha. Com certeza é uma das minhas preferidas de todo o álbum. Desde seu lançamento, tenho ouvido sempre durante meus passeios semanais de bicicleta pela orla da praia daqui perto de casa. Não fico surpresa quando mais uma do Japanese Breakfast começa a fazer parte de cada pôr do sol meu.

“MADLO: Influences”, novo EP de covers do Car Seat Headrest, por Augustto Guimarães

Rapidinho, 4 covers fofinhos que ficam a cara do Will, pra não tá ligado fica até dificil perceber que as faixas não são dele. E a melhor versão de Golden Years que já ouvi, só perde pra original, que é do Bowie.

“Futureproof” , single do Nothing But Thieves, por Bianca Tenório

A banda de rock alternativo havia lançado no último ano o seu terceiro disco “Moral Panic”, que explorou bastante seu lado mais ousado mantendo ainda assim sua identidade sonora. Esse mês, o Nothing But Thieves lançou um novo single podendo ser uma faixa extra do último álbum, que trouxe o melhor do que a banda carrega desde os primeiros singles bem sucedidos. Futureproof tem guitarras distorcidas, melodias sombrias e a potência de sempre que o conjunto da obra oferece. Nada menos Nothing But Thieves.

”Ekizikiza Mubwengula”, álbum de Don Zilla, por Binha

Don Zilla foi aquele achado precioso na internet. Ele é de Uganda e está há anos no rolê da música, sendo que atualmente ele se define como produtor e DJ, fazendo música ”multidimensional”. Agora em 2021 ele estreia com seu primeiro álbum: ”Ekizikiza Mubwengula”. É um lance eletrônico com percussão, oscilação, drone, industrial, grave, texturas e feito com a precisão de um artesão da música eletrônica. Quando descobri que ele iria lançar um álbum em junho achei massa, porque no momento tô buscando por uns sons assim para escutar. Recomendo para quem quer mergulhar de primeira e curtir uma maestria-eletrônica-experimental. Depois me fala no direct (@bzroveri) como foi sua experiência de escuta 🙂

“Kids of Summer”, single do Mayday Parade, por Eduardo da Costa

Essa é pros emos on-line. O jeito que essa banda consegue preencher o som e variar entre o dançante, potente e o melódico é incrível. Esse single é um daqueles que bate lá no fundo, pois tem trechos de construção, uma formação de clima que te prepara pro refrão e quando esse chega, te faz querer pular e dançar incansavelmente. Já o clipe lançado junto ao single, referenciando o nome da canção, é pura descontração, um verdadeiro clima de férias pra você que está ai no home office com má postura e maxilar apertado, poder relaxar e respirar um pouco (ou ficar com inveja).

“Contraband”, single do Make Them Suffer (feat. Courtney LaPlante), por Juliana Guimarães

Uma das melhores músicas de metal do ano. O Make Them Suffer traz suas influências do death metal, associados a um refrão melódico e chiclete. A participação de Courtney, do Spiritbox, é brilhante. Seu trecho em screams foge do esperado para a collab e funciona muito bem contrastando com os cleans da vocalista do MTS. E que breakdown maravilhoso! É pesado e os lows do vocalista são de cair o queixo. Vale o play para os fãs do gênero.

“Lipstick”, single da WILLOW, por Laís Jardim

Segundo single dessa nova era, Willow me deixou curiosa para o que teremos nesse novo álbum, Lately I Feel Everything, programado para sair em 16 de julho! O pop punk e emo estão aí de novo também com a pequena Smith. Eu só não coloco “transparent soul”, meu vício atual, afinal não foi lançado esse mês, né? Kkkk Mas não ia deixar de falar dela!

“CALL ME IF YOU GET LOST”, álbum do Tyler, The Creator, por Luan Gomes

Tyler no auge, dando continuidade na discografia da melhor forma! Esse talvez é o álbum dele que mais faz sentido com a maioria dos fãs, com referências ao começo da carreira, mas nessa pegada ambiciosa dos últimos álbuns. Adoro o jeito que ele monta essas histórias bizarras, colocando momentos dramáticos mais pessoais no meio. O som tá absurdo também, me lembrou uns lances meio Freddie Gibbs nesse gangsta rap com elementos lo-fi, mas com um direcionamento mais megalomaníaco e psicodélico, onde cabe desde R&B a reggae. Pra mim, já é um clássico. Essa sequência “Flower Boy/IGOR/CALL ME IF YOU GET LOST” vai ser lembrada como uma daquelas trilogias icônicas da história da música.

“Inside”, especial de comédia e álbum do Bo Burnham, por Maria Luísa Rodrigues

Como o Luan aí em cima já indicou o que seria minha escolha mais óbvia (CMIYGL foi meu primeiro 10 para um disco esse ano), eu vou fazer o sacrifício nada triste de comentar sobre a obra de arte Inside, o novo especial na Netflix e álbum do maior comediante do mundo de acordo comigo e a internet, Bo Burnham. Tecnicamente lançado em 30 de maio (roubando), ele foi gravado completamente por ele dentro de um único ambiente. O especial é basicamente musical e passa por diversões, como a poderia-ser-hit-pop “FaceTime With My Mom (Tonight)” e duas homenagens ao Jeff Bezos, e por tensões e tristezas como “All Eyes On Me” e “That Funny Feeling”. Quem consegue fazer piada sobre internet ser engraçada em 2021? Só ele. Se você quer sentir coisas, esse especial é o ideal para você.

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Autor

Escrito por

Maria Luísa Rodrigues

mestranda em comunicação, midióloga de formação e jornalista de profissão. no Minuto Indie desde 2015 e em outros lugares nesse meio tempo.