Veja do que rolou de melhor durante o ano na música brasileira
Com o fim se aproximando, a equipe do MINUTO INDIE ranqueou os 25 melhores discos nacionais de 2018, um ano de muitas surpresas e novidades, que aponta um 2019 ainda mais frutífero. Confira:
Os 25 melhores discos nacionais de 2018
25. Silva – Brasileiro
Após seu último disco de inéditas, Júpiter (2015), Silva retorna abraçando sua brasilidade tanto em ritmos abrangidos quanto em letras. O resultado é o samba pop e suave de Brasileiro.
24. GARBO – jovens inseguros vivendo no futuro
A atmosfera é minimalista e hipnotizante. As letras jovens e contemporâneas do debute de Gabriel Soares criam um dos discos de pop alternativo mais gostosos de se ouvir na música nacional nesse ano.
23. Cordel do Fogo Encantado – Viagem ao Coração do Sol
Após 12 anos de hiato, Cordel do Fogo Encantado retorna com sua veia artística e poética mais vibrante que nunca. Com Viagem ao Coração do Sol, torna um degrau pontual e marcante na discografia do grupo.
22. Maria Beraldo – Cavala
No seu disco de estréia, a carioca Maria Beraldo nos apresenta a sua viciante nuvem experimental. Ela escreve sobre liberdade, sexualidade, aceitação e tudo que a cerca.
21. Rashid – Crise
No seu segundo disco de estúdio completo, o rapper Rashid trata, sobretudo, de problemas. Os mais diversos, nas suas mais diversas formas. E faz isso com maestria.
20. Mahmundi – Para Dias Ruins
Após o seu aclamado disco homônimo (2016), Mahmundi retorna com Para Dias Ruins. Mais uma vez tratando as vivências, casualidades e humanidades de forma sonoramente simples e descomplicada.
19. Gal Costa – A Pele Do Futuro
Gal Costa, que dispensa apresentações, abraça o futuro da música nacional que é agora, a partir de uma sonoridade do passado e o resultado é A Pele do Futuro.
18. Dingo Bells – Todo Mundo Vai Mudar
O ótimo segundo álbum do grupo Gaúcho Dingo Bells mostra que o indie rock ensolarado e acessível não necessariamente é descartável e efêmero. Ele pode também ser profundo e marcante.
17. Anelis Assumpção – Taurina
Com participações especialíssimas, Anelis Assumpção cria o universo de Taurina. Ao redor de ritmos nacionais mesclados, ao R&B e com letras sensuais e poderosas. O que acontece é um disco que de forma alguma passa despercebido.
16. menores atos – Lapso
Com seu segundo disco de estúdio, a banda carioca menores atos se consolida como uma das bandas mais interessantes do rock alternativo nacional. O grupo entrega mais um trabalho interessantíssimo.
15. Teto Preto – Pedra Preta
O debute do Teto Preto é de uma atmosfera densa, carregada e de uma força avassaladora, pronto para desarmar instantaneamente os ouvintes que adentrarem na viagem.
14. Pense – Realidade, Vida e Fé
O Pense trás em 2018, com seu Realidade, Vida e Fé, o melhor do hardcore, com muita força, com letras muito bonitas, bem escritas e uma sonoridade impressionantemente fluída.
13. El Efecto – Memórias do Fogo
O grandioso, plural, experimental e poético (em todos os aspectos) novo disco do El Efecto, Memórias do Fogo, não só é um dos melhores discos do ano, como trás um frescor novo para a música brasileira, apontando os caminhos futuros.
12. Marcelo D2 – Amar é Para os Fortes
Marcelo D2 nunca esteve tão envolvido em um projeto como está em Amor é Para os Fortes, seu álbum visual que por si só já é espetacular. Com participações de renome da música mundial, o disco é obrigatório para todos os tipos de ouvintes.
11. Duda Beat – Sinto Muito
Duda Beat faz parte dos novos artistas que abraçam a raiz e elementos brasileiros para criarem melodias pop. O seu disco de estréia veio em forma de Sinto Muito, um trabalho vigoroso, tonificante, cheio de vida e que pulsa musicalidade.
10. Pabllo Vittar – Não Para Não
Apesar de ignorada pelo público e pela maioria esmagadora de portais alternativos, foi Pabllo Vittar quem inaugurou o pop mainstream feito de elementos regionais nos dias de hoje. Com Não Para Não, a cantora trás uma enxurrada de hits instantâneos de um pop radiofônico da melhor qualidade.
9. Djonga – O Menino Que Queria Ser Deus
O Menino Que Queria Ser Deus é o segundo álbum de estúdio de Djonga, mas poderia ser muito bem um livro, um filme ou uma série acerca dessa persona. Para o rapper mineiro, a letra é usada muito mais que como um esqueleto para o seu rap, ele a usa para construir todo o universo imersivo da sua música.
8. Elza Soares – Deus é Mulher
A música de Elza Soares se tornou quase que mítica. Deus é Mulher, sucessor do mais mítico ainda A Mulher do Fim do Mundo (2015), é ambientado pelo samba envolto em elementos roqueiros e pitadas eletrônicas. Nele, o ouvinte se vê diante de uma obra grandiosa demais.
7. Rubel – Casas
Como a MPB soaria se o movimento ainda fosse tão forte no presente como foi no passado de grandes nomes? Rubel, ao mesmo tempo que responde essa pergunta com Casas, seu ótimo segundo disco, ainda trilha novos velhos caminhos na música nacional.
6. Carne Doce – Tônus
Princesa (2016) ainda não foi o álbum definitivo de Carne Doce, assim como Tônus também não é. Porém, enquanto desbravam novos sons e atmosferas, a banda goiana nos entrega discos com qualidade ímpar. As guitarras contornam Tônus, as letras e os vocais o preenchem, baixo e bateria vibram e a produção, que a partir daqui começa a arriscar, o colore e aponta, talvez, uma incursão futura em elementos eletrônicos.
5. Tuyo – Pra Curar
O debute do trio curitibano Tuyo é na verdade uma experiência. Enquanto se ouve, o disco cria-se dentro do ouvinte, num processo que remete muito a 22, A Million (2016) de Bon Iver. Pra Curar tem a produção mais perfeitamente detalhada do ano na música brasileira.
4. GUACHE – O Que Vem
O incrível disco de estréia do duo carioca GUACHE cria um universo pós-punk cinza, charmoso e cheio de nuance através das duas guitarras que conversam perfeitamente bem entre si. O Que Vem é um respiro de ar sombrio na música nacional de 2018.
3. Luiza Lian – Azul Moderno
Ninguém esperava que pouco mais de um ano de lançamento do diferente Oyá Tempo (2017), Luiza Lian viesse com um disco muito mais impactante que sua incursão no funk-vaporwave-espiritual. Azul Moderno chegou com as melhores letras, as melhores melodias e a melhor produção da carreira de Luíza e, por tanto, o terceiro melhor disco brasileiro do ano.
2. Mulamba – Mulamba
Nada foi mais punk em 2018 que a estréia das curitibanas do Mulamba com seu disco homônimo. Sonoramente, foi um dos discos que melhor mesclou elementos diversos de maneira fluida e natural, o que por isso só já o encabeça nos rankings. Liricamente, é como um soco certeiro, o que o torna ainda mais importante e o segundo melhor disco nacional do ano.
1. Baco Exu do Blues – Blvsman
Depois de Esú (2017), Baco Exu do Blues retorna com um disco mais consistente, com uma produção mais polida, letras carregadas e participações especiais fortíssimas. Além de um ótimo trabalho, Baco atinge o grande público como ninguém e por isso é eleito como o melhor disco nacional de 2018.
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