Turnê começa com show hoje no Z

Os alemães do Tusq começam hoje sua turnê no Brasil e antes do start, resolvemos bater um papo com a banda, confira:

MI – Percebemos pelas redes sociais que a banda ama o Brasil, como foi a sua primeira experiência em todo o país?

Tusq – Temos uma longa história vindo ao Brasil. A minha antiga banda, D-Sailors, esteve em turnê no Brasil três vezes e fiz muitos amigos. Sempre foi ótimo ver que os brasileiros gostam muito de músicas artesanais e bandas de rock. Então é um prazer tocar em shows ao vivo no Brasil e nos sentimos muito privilegiados por podermos voltar com a TUSQ pela terceira vez.

MI – A banda faz dez anos em 2019, o que você percebe de diferente nas melodias e letras dessa época até agora?

Tusq- Dez anos passaram muito rápido! Acho que ficamos bem fiéis às nossas primeiras músicas e álbuns. As letras basicamente permaneceram as mesmas: coisas pessoais, mas também letras políticas que lidam com os problemas do capitalismo tardio, digitalização, “tecnoloucura”. As melodias mudaram, é claro, o “Patience Camp” era bastante experimental, músicas pop, etc. “Hailuoto” era um pouco mais sombrio, mais melancólico. O novo álbum ficou mais pop novamente, músicas mais curtas. Quando eu olho para as trinta músicas que lançamos até agora, tenho orgulho de ter um conjunto tão versátil de canções. 😉

MI – Vocês lançaram um trabalho recente em 2018. Depois de cinco anos sem um álbum completo, como foi a composição desse disco? Como você se sentiu sobre o trabalho anterior?

Tusq – Um grande desafio foi que mudamos a formação da banda porque nossos antigos baterista e baixista nos deixaram. Com Micha, o novo baixista e Matthias, o novo baterista, encontramos realmente o momento perfeito em Berlim para escrever e gravar o novo álbum, “The Great Acceleration”. “Hailuoto” saiu bastante sombrio e melancólico, então queríamos contrapor essa atmosfera com músicas curtas e nítidas, estruturas claras, linhas de gancho e melodias pop. Na verdade, nós queríamos retornar ao novo som do nosso primeiro álbum “Patience Camp”. Mas é claro que no começo o maior desafio era integrar os novos membros da banda. Você precisa encontrar uma inspiração mútua, desenvolver o mesmo sentimento para se tornar uma unidade. Acho que conseguimos isso muito rápido e foi ótimo escrever e gravar essas músicas.

MI – Como foi trabalhar e escrever ao lado de Edgar Scandurra para o single “Different Planet” e o que representou para você ter o álbum “The Great Acceleration” produzido por Gordon Raphael, que veio de trabalhos anteriores com The Strokes?

Tusq – Na verdade nós não escrevemos exatamente junto com Edgard. A conexão começou em 2014, quando tocamos com o IRA! durante os festivais de Virada Cultural. Edgard é um fantástico guitarrista e quando escrevemos a música “Different Planet” nós pensamos que seria uma combinação perfeita ter ele tocando um solo. Nós pedimos e ele disse que sim! Estamos muito felizes com essa colaboração porque trouxe uma nova vibe para o final da música.

É uma das minhas favoritas do novo álbum. Trabalhar com Gordon Raphael foi apenas uma breve ideia no começo, porque não achamos que houvesse alguma chance de trabalhar com ele, mas, como ele mora em Berlim, era mais fácil do que pensávamos. Eu tinha um amigo que nos apresentou a ele e, de repente, ele estava em pé na nossa sala de ensaios, ouvindo nossas músicas. Ele trouxe sua personalidade radiante para as gravações e foi ótimo ter alguém com essa experiência no estúdio. Você pode conferir uma pequena entrevista onde ele está falando sobre as gravações.

MI – Você teve uma ideia de sonoridade durante a produção que estava sendo trabalhada pela banda ou desde o início foi o que vocês queriam?

Tusq – Isso é difícil de dizer, porque as músicas tiveram tantas reviravoltas durante o processo de escrita que eu realmente não consigo me lembrar do que esperávamos no começo. Tudo o que posso dizer é que estou muito feliz por termos terminado, lançado e que está disponível!

MI – Que mensagens a banda recebeu dos fãs brasileiros desde sua última turnê no Brasil?

Tusq – Muitas mensagens positivas! As pessoas estão sentindo a nossa falta e estão felizes que voltamos. 😉

MI – Nas duas primeiras turnês, quais foram os shows mais importantes para a banda?

Tusq – Em 2011, especialmente o show em Maringá foi ótimo, porque havia muita gente na plateia. Em 2014, o festival Virada Cultural se mostrou muito bom porque tocamos para muitas pessoas novamente e dividimos o palco com lendas brasileiras como IRA! e Titãs.

MI – O que vocês querem fazer a seguir? Vocês têm algum tipo de técnica ou sonoridade com a qual ainda não trabalharam, mas pretendem explorar no futuro?

Tusq – Nós não falamos sobre escrever novas músicas ainda, queremos fazer uma turnê primeiro para ter uma ideia de como as músicas do terceiro álbum evoluem no palco e depois decidir mais tarde.

MI – Se tivesse que definir o TUSQ em uma palavra ou frase, o que você diria? Qual imagem vocês querem ter com esse novo trabalho e o que querem passar para o público com ele?

Tusq – Se eu tivesse que definir o TUSQ em uma frase, gostaria de dizer: espero que possamos tornar este mundo um lugar melhor. Acreditamos em valores democráticos como liberdade de expressão e igualdade de todos os seres humanos. Ninguém deve ser oprimido por causa de sua origem, orientação sexual ou suas crenças. Nós desprezamos os movimentos de direita e os fascistas que estão surgindo em todo o mundo tentando tirar o poder das pessoas. Os fascistas estão apenas lutando por poder e dinheiro, eles não se importam com o povo ou o planeta. Seus ídolos estão dividindo a sociedade, eles constroem muros e colocam fogo em nossos corações. Precisamos de mais solidariedade, precisamos nos opor a isso. É nossa missão falar e fazer a diferença!

MI – A turnê brasileira tem muitas datas, o que você espera do público do país nesta terceira passagem?

Tusq – Isso é difícil. Todos os shows serão diferentes e especiais em si. O Festival de Rock de Araraquara será ótimo porque nos juntaremos ao palco com Chuck Hippolitho para algumas versões cover. Santo André no Rising Power Estudios será ótimo porque o lugar é de propriedade de Andre do Statues On Fire, que é um grande amigo nosso. Vai ser ótimo encontrar com ele e rever vários outros amigos. Mas também estou ansioso para Curitiba, Maringá e São Paulo, claro. No Largo Da Batata teremos uma apresentação especial com Edgard Scandurra, que tocou um solo em uma de nossas novas músicas do álbum, “Different Planet”.

Serviço:

#Budweiser apresenta Tusq (Alemanha) + Chuck & Os Crush no Z – Largo da Batata
Data: 05 de julho de 2019

Horários:
21h – DJ set Scream & Yell
23h – show Chuck & Os Crushs
00h – DJ set Scream & Yell
00h30 – show Tusq
01h30 – DJ set Scream & Yell

INGRESSOS:
Antecipado – R$20
Porta – R$25

VENDAS:
Online – ingresse.com/tusq-alemanha-chuck-os-crushs-no-z
Bilheteria do Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82 (seg a sex | 10h às 14h e 15h às 18h).

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 18 anos

Z – Largo da Batata
Av. Brigadeiro Faria Lima, 724 – Pinheiros – São Paulo/SP –
Fone: (11) 2936-0934
Cartões de crédito e débito: Elo, Visa, Mastercard, Diners e American Express (não aceitamos cheques)
Chapelaria: R$4,00
Capacidade: 250 pessoas
Possui área de fumantes e acesso a pessoas com deficiência.

Turnê brasileira:
5/7 – Z Carniceria – São Paulo/SP
6/7 – Tribo’s Bar – Maringá/PR
9/7 – Rising Power Estúdios – Santo André/SP
10/7 – Jokers – Curitiba/PR
11/7 – Araraquara Rock Festival – Araraquara/SP
12/7 – Casa do Mancha – São Paulo/SP

Tusq

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Autor

  • Eduardo da Costa

    Redator do site Minuto Indie. Graduado em jornalismo e pós-graduado em marketing digital e comunicação para redes sociais, amante de música, esportes, cinema e fotógrafo por hobby. Siga-me nas redes sociais: Facebook: duffnfedanfe; Instagram: nfedanfe; Twitter: _duffe; Last.Fm: duffhc3m; Pinterest: duffe_;

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Eduardo da Costa

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