Tem algumas bandas que sempre temos uma pequena esperança de ver se apresentando no Brasil, e quando vem se torna um evento único, e dessa vez não é diferente. O lendário Quicksand desembarca por aqui para dois shows (São Paulo e Rio de Janeiro) e com um disco novo na bagagem depois de anos sem novo material.

E aproveitando essa passagem pelo país, o Minuto Indie junto com os amigos do PostHardcore BR fizeram uma entrevista conjunta com o Sergio Vega (Também integrante do Deftones), onde falamos sobre o novo disco, a passagem pelo brasil, e muito mais. Confiram!

MI/PHCBR: Entre “Maniac Compression” e “Interiors”, teve um vão de 23 anos. Qual foi o maior obstáculo para a banda na gravação do álbum?

Sergio Vega: Nós não colocamos muita pressão em nós mesmos, a princípio nós ficávamos fazendo jams nos ensaios e passagens de som. Quando aconteceu de gravarmos um novo álbum, nós sentimos que ia soar como algo característico da banda, mas como nós somos agora. Não seria como um terceiro álbum, mas sim como o que teríamos desenvolvido se continuássemos juntos.

MI/PHCBR: O “Interiors” soa bem diferente dos outros trabalhos da banda. Existe alguma razão especifica pra isso?

Sergio Vega: Apenas o fato de que evoluímos como músicos durante os anos que se passaram. Novas influências, novos interesses, novo equipamento. Nós não estávamos interessados em revisitar quem nós éramos, mas ainda assim queríamos que soasse como Quicksand, não como um projeto diferente.

MI/PHCBR: O produtor, Will Yip, produziu diversas bandas da nova geração, como Circa Survive e Superheaven. Tem alguma influência dele no novo CD?

Sergio Vega: O Will é um produtor fenomenal e uma excelente pessoa. Neste projeto, ele nos ajudou a personificar o que estávamos visando. Ele conseguiu tirar o melhor desempenho que era possível de nós. Ele nos ajudou com a timbragem e nos manteve super motivados. Ocasionalmente, ele pediu para estendermos algumas partes das músicas para desenvolvermos mais. Foi um ótimo período produzindo com ele.

MI/PHCBR: Qual a principal diferencia entre a cena atual e a cena dos anos 90?

Sergio Vega: Eu diria que, em maior parte, as mídias sociais. Na cena punk/hardcore, tínhamos fanzines quando éramos jovens, o que ainda existe, mas com as redes sociais as pessoas têm a chance de lançá-las sozinhas. Isso cria oportunidades que não existiam antes.

MI/PHCBR: Brasil não é novidade para os membros da banda, mesmo assim, é a primeira vez no país. Quais são as expectativas em relação ao público?

Sergio Vega: Estou feliz com a chance de tocar com o Quicksand no Brasil! Eu fiz shows incríveis no país e vai ser divertido ver o que acontece. Estou apreciando muito a oportunidade e serei grato com quem puder comparecer nos shows.

MI/PHCBR: Qual sua opinião sobre o impacto nas redes sociais quando a turnê foi anunciada?

Sergio Vega: Mídias sociais podem ser bem divertidas e efetivas.  Como eu disse antes, elas dão oportunidade das pessoas saírem mundo afora, e é ótimo ver que as pessoas estão animadas com a turnê.

MI/PHCBR: Quicksand é uma grande influência para diversas bandas. Podem nos dizer quais são as suas influências?

Sergio Vega: Muitas! My Bloody Valentine, Bad Brains, Sly & Robbie, Pink Floyd, Cro Mags, Lush, Biggie Smalls, e por aí vai

MI/PHCBR: Quais conselhos vocês podem dar para as bandas influenciadas pelos anos 90 e querem começar a tocar?

Sergio Vega: Divirtam-se! Pratiquem o tanto que puderem e façam músicas que para vocês sejam genuínas.

MI/PHCBR: Antes de terminarmos, deixem uma mensagem pros fãs brasileiros:

Sergio Vega: Ei! Vocês todos aí. Nos vemos em breve!

Entrevista: Eduardo da Costa/Thiagones/Equipe Post Hardcore BR

 

Autor

  • Eduardo da Costa

    Redator do site Minuto Indie. Graduado em jornalismo e pós-graduado em marketing digital e comunicação para redes sociais, amante de música, esportes, cinema e fotógrafo por hobby. Siga-me nas redes sociais: Facebook: duffnfedanfe; Instagram: nfedanfe; Twitter: _duffe; Last.Fm: duffhc3m; Pinterest: duffe_;

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Eduardo da Costa

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